quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Resenha: "O Natal de Poirot" (Agatha Christie)


Por Gabi: Nesta semana especial de Natal não poderia faltar aqui um grande clássico que abordasse um Natal bem ao estilo de Agatha Christie, a digníssima Rainha do Crime.
Você queria um 'assassinato dos bons, violento e cheio de sangue'. Pois esta é a história que escrevi especialmente para você. 
É com essa dedicatória de Agatha a seu cunhado James, que mais parece algo escrito para cado um de nós leitores,  que começamos a sentir o espírito e o clima misterioso dessa obra. 

A estória começa e ser narrada no dia 22 de dezembro onde somos introduzidos aos personagens e suas peculiaridades.

Em um trem vagando pelas paisagens frias e nubladas do inverno britânico, Stephen Farr, um inglês apaixonado pela África do Sul e filho de Ebenezar Farr, amigo de longas datas de Simeon Lee se encontra com Pilar Estravados, a bela e ambiciosa espanhola neta de Simeon Lee. Em meio a uma conversa casual, eles acabam descobrindo um pouco mais a respeito um do outro. 
- Você tem inimigos, Señorita?
Pilar sacudiu a cabeça. [...]
- Se eu tivesse um inimigo - disse Pilar em tom grave -, se alguém me odiasse e eu também odiasse essa pessoa... acho que lhe cortaria o pescoço, assim...
Fez um gesto significativo.
Foi um gesto tão rápido e tão real que Stephen Farr foi tomado de surpresa.
Enquanto os dois convidados surpresa estão a caminho da mansão Gorston Hall em Longdale, Addlesfield, os filhos do patriarca Simeon Lee vão recebendo seus convites e se preparando para um natal em família. Sr. Lee sabe como essa comemoração será constrangedora já que os irmãos são pouco próximos e o laço mais aparente que os liga ao pai é o dinheiro. Entretanto, Simeon não se sente abatido com isso, pelo contrário, ele se diverte com a situação. 
Estou velho, dizem, e doente, mas ainda não estou acabado! Este velho cão ainda está cheio de vida. E ainda há prazer a retirar da vida. Ainda há prazer...
Ao longo dos dias 22 e 23 de dezembro, Alfred Lee e sua esposa Lydia, que já moram na mansão, vão recebendo os convidados. Ele, um homem terno, de meia idade e muito tranquilo; ela, uma bela mulher, esperta e enérgica que diz claramente não gostar do velho Lee vivem em uma eterna submissão a Simeon.

Seu irmão mais novo, David Lee, guarda uma mágoa de seu pai por ter feito sua mãe Adelaide sofrer tanto. Sendo assim, ele saiu de casa cedo e foi estudar pintura, não seguindo os negócios da família. Ele é casado com Hilda, uma bela e decidida mulher, 20 anos mais jovem que ele. 
"Hilda, foi terrível... horrível! Que desolação! Ela ainda era muito jovem, não precisava ter morrido. Ele a matou... meu pai! Foi ele o responsável por sua morte. Partiu-lhe o coração. Decidi, então, que não continuaria a viver sob o mesmo teto que ele e me afastei de tudo aquilo."
George Lee, um ilustre membro do Parlamento Inlgês é o mais sovina dos irmãos. É casado com a linda e loura Magdalane. Por último há Harry, o errado da família. Sua filosofia de vida é usufruir da liberdade, conhecer o mundo. 

Com toda a família reunida, eis que chega o dia 24 de dezembro. Logo após um jantar em família, acontece o que ninguém esperava: Simeon Lee é brutalmente assassinado em seu quarto!
Foi então que ouviu pela primeira vez o ruído vindo de cima: um som de louça quebrada, móveis derrubados, uma série de estalidos e baques. E depois, num som alto e claro, veio um grito, um grito horrível, sofrido, que terminou sufocado e engasgado. 
Nitidamente, acontecera ali uma luta terrível. Mobílias pesadas estavam derrubadas. Vasos de louça estilhaçados no chão. No meio do tapete, diante do fogo ardente da lareira, jazia Simeon Lee numa grande poça de sangue... Havia sangue espalhado por todos os lados. O quarto parecia um matadouro. 
As circunstâncias do crime foram bem atípicas: o quarto estava trancado por dentro, não foi achada nenhuma arma que indicasse o suicídio e as paredes externas da casa eram lisas, impedindo que alguém as escalasse. 

Depois desse inesperado acontecimento, um clima tenso e de desconfiança toma conta da mansão. O Superintendente Sugden e o Coronel Jhonson contam com a ajuda do perspicaz e inteligentíssimo detetive belga Hercule Poirot para solucionar esse caso. 


Nessa investigação são feitos muito mais que simples interrogatórios. Poirot analisa as características psicológicas de cada pessoa e além de tudo, como ele é muito observador, nenhum gesto passa despercebido. E isso faz com que desconfiemos a cada momento de alguém.  

- Mon cher, há no homem toda espécie de instintos profundos que ele mesmo desconhece. O desejo de sangue, a necessidade do sacrifício!

Agatha mais uma vez me surpreendeu nesse livro. Uma obra cheia de mistérios e um final repleto de surpresas. Só descobri quem era o assassino nas revelações finais de Poirot. Incrível!!

É uma leitura que recomendo aos apreciadores de bons livros de um belo romance policial e amantes da indescritível Agatha Christie. Tenho mais a dizer: Agatha é a romancista mais vendida de todos os tempos, escreveu cerca de 80 romances policiais e coleções e foi traduzida para mais línguas do que Shakespeare. 

Feliz Natal e VIVA A LEITURA!! *-*

13 comentários

  1. Esse é um dos meus livros favoritos da Agatha. Os livros dela são demais!!( Até hoje não consegui descobrir 'um' culpado.rs Apenas consigo deduzir algumas coisinhas. )
    É sem dúvida, um livro excelente!

    Eu amei essa dedicatória!! Bem criativa, e inusitada.

    Agatha é diva!! Sou fã dela!

    Essa é uma ótima recomendação.
    Gostei da resenha. =)

    Beeijo. =*

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  2. Gente eu tenho este livro é super shoooow!!!!

    Logo quando eu vi a dedicatoria eu disse, pronto!Esse eu vou amar! kkkkk

    Beijos @ju_juf

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  3. Eu comprei 3 livros dela semana passada, mas não esse!!! Se ele lembrar só um pouco essa resenha eu já ficarei muito feliz!!!
    Gostei demais!!

    Bkjasssss

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  4. parece muito interessante!
    --
    equipe @zumblorg

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  5. Oba!! Adorei a dica :D Livros com temáticas natalinas são sempre muito bem-vindas em minha estante, rsrs
    Eu nunca li nada da Agatha Christie, mas vontade não me falta. Ainda mais depois de ter lido essa resenha (e os comentários acima)*-*

    Vou ler, com certeza! Ótima dica ~

    Abraços,
    http://leitorasanonimas.com

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  6. Adorei a resenha, me deixou muita curiosa em relação ao crime, Agatha Christie é diva! E Gabi agora arrazando com resenha tbm! ^^

    Estou ansiosa para ler esse livro, o meu chegou ontem! E pensando seriamente em passa-lo na frente na fila de leitura!

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  7. Este livrinho da AC eu ainda não li, mas claro que vou ler, afinal sou fã dela. Bjs, Rose.

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  8. Oi!
    Adoro ver resenhas da Agatha nos blogs. ^^
    Esse eu ainda não li, mas tenho uma super vontade, assim como todas as obras que ainda não li da autora.
    A trama de O Natal de Poirot parece mais uma obra ecelente da autora.
    Adoro livros natalinos e ainda mais e tem o Poirot no meio. Adoro esse personagem. ^^
    Ótima dica Dear Book! :)
    Beijos.

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  9. Eu nunca li esse livro,na verdade eu nunca li nenhum livro da Agatha Christie,mas eu achei bem legal a resenha e vou procurar esse por aqui.

    Beijos *-*

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  10. Um dos meus favoritos da Agatha! Adorei sua resenha, fiquei feliz de ver um classico aqui, dividindo espaço entre os lançamentos, temos que valorizar os livros bons!!

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  11. Esse é um livro que eu li há muitos anos (mais de 10, provavelmente), então já não lembro muito dos detalhes da trama, mas lembro que gostei muito.
    Eu sou super fã da Agatha. Adoro ela. Inclusive no meu blog ta rolando uma promoção valendo um dos livros dela. Se quiser, confere lá.
    www.alemdacontracapa.blogspot.com

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  12. Este livro faz parte do primeiro lote de livros que li de Agatha Christie. Amei como sempre! Sou muito fã dela, adoro a maneira que os fatos são expostos e toda a habilidade de Hercule Poirot.

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  13. Este é de longe um dos melhores livros que já tive o prazer de ler. Agatha me surpreendeu muito com o final da história. Eu nunca iria imaginar aquele desfecho. Simplesmente genial!!! Digno da RAINHA DO CRIME.


    Beijos!

    http://ymaia.blogspot.com.br/

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Ana Liberato