quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Resenha: "21.12" (Dustin Thomason)

Por Sheila: Oi pessoas! A resenha de hoje é sobre um livro que tem uma capa bem sugestiva ... mas para contar um pouco da estória teremos que ir atrás de um pouco de história. Numa outra resenha aqui do blog (2012 A História) falamos um pouco sobre as profecias Maias: Fim do mundo, apocalipse, nova era, fim de um calendário, etc.

No livro, será dado destaque a este momento particular - que aliás, está bem próximo! - e aos 2012s, grupo de pessoas que acredita que o mundo como conhecemos está prestes a acabar. Isso considerando-se a contagem da passagem do tempo maia, que teria o fim de seu último grande ciclo nesta data. 

Mas neste livro, o protagonista é o Dr Gabriel Stanton, um especialista em doenças priônicas. O livro irá explicar em minúcias, mas "trocando em miúdos" é um especialista na "doença da vaca louca" (essa vocês já devem ter ouvido falar, se não, só colocar no google). Acontece que casos dessa doença são raros, mas surge um que vai desafiar os conhecimento do Dr Stanton.  

No hospital Presbiteriano do Leste de Los Angeles, há um paciente com os sintomas típicos de doença priônica - entre eles alucinações provocadas pela total ausência de sono. A questão é que o paciente permanece incomunicável, e todas as tentativas de diálogo mostraram-se infrutíferas, já que ninguém parece saber em que língua ele tenta se comunicar.
Nos últimos três dias ele esteve agitado na maior parte do tempo. Fez bastante barulho aí dentro. Ainda fica falando vooge, vooge, vooge o tempo todo.
Falando o quê?, perguntou Stanton.
Parece vooge. Não tenho ideia do que significa, respondeu o guarda.
Digitei isso no google e não apareceu nenhuma resposta que fizesse sentido em nenhuma língua, disse Thane.
Marino puxou as cordas de sua máscara atrás das orelhas.
Ei doutor, se você é o especialista, posso fazer uma pergunta?
Stanton olhou para Thane.
Claro.
O que esse cara tem, perguntou o guarda, não é contagioso é?
Não, não se preocupe, disse Stanton, seguindo Thane para dentro do quarto.
Acontece que o Dr Stanton estava errado: a doença não só é transmissível, como se alastra rapidamente por Los Angeles e o resto do país, gerando pânico e desolação. Mas o mais intrigante, é o que se descobre junto à Dr Chel Manu, tradutora do primeiro caso: ele é descendente do povo Maia, e há um estranho pergaminho antigo ligado às primeiras vítimas.
Chel olhou para Gutierrez, sem acreditar: Onde você conseguiu isso?
Você sabe que não posso dizer.
A resposta óbvia era que tinha sido saqueado de alguma tumba nas ruínas maias, roubado, exatamente como aconteceu com as tumbas dos ancestrais de Chel.
Quem mais sabe que isto existe?, pressionou a pesquisadora.
Só minha fonte, respondeu Gutierrez. Mas agora você compreende seu valor?
Sim, Chel era uma pesquisadora talentosa e esforçada que conhecia bem a história do povo Maia. Só não sabia que aliada a descoberta deste fragmento, um Códex de valor incalculável, poderia estar o fim do mundo como o conhecia até então. Qual a causa das mortes, que começaram com os portadores do fragmento? Haveria um explicação científica? Ou seria, como diziam os 2012s, um sinal do fim dos tempos?

Agora, Chel e Stanton tentarão embarcar juntos em busca de verdades ocultas que abalarão seriamente as crenças de Chel em seu povo, e farão Stanton reavaliar todo seu trabalho e anos de pesquisas, a fim de conseguir descobrir a verdade por trás do mito. Ou seria o mito a verdade?

21.12 é um livro tenso e cheio de reviravoltas. Começa em ordem cronológica no dia 11 de dezembro, tendo o clímax da estória no fatídico dia 21. As nuances a respeito do povo Maia, sua cultura, seu estilo de vida, tudo é muito bem explicado pelo autor, não deixando nenhuma ponta solta.  Apesar disso, me parece que houve uma certa perda de foco nos personagens, que pareceram secundários em alguns momentos, como se não fossem importantes para a trama no contexto geral.

Enfim, um thriller com um começo empolgante, apesar de que o desfecho me pareceu um pouquinho forçado, mas vou deixar a quem mais tiver lido me ajudar a avaliar.  Com o fim do ano se aproximando, estamos mais perto da data apregoada como aquela em que o mundo acabaria, apesar de que as profecias que andei vendo pela internet afora falavam de colapsos bancários, terremotos, maremotos, e afins, que ainda não aconteceram. E vocês, pelo que esperam?

8 comentários

  1. Adorei a resenha, nossa fiquei com vontade de ler esse livro logo. Pena que há essa perda de foco com os personagens, mas o tema não deixa de ser empolgante. Adoro as sugestões de vocês.

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  2. Nossa, eu pensava em algo totalmente diferente do que você me passou pela resenha. Achava que não tinha nada a ver com doenças e esse tipo de coisa, mas parece ser interessante.
    Beijos.

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  3. Gizeli Regina Meisterquinta-feira, dezembro 13, 2012

    Eu não conhecia muito a estória desse livro, mas achei bem interessante, fiquei bem curiosa agora haha. Adorei a resenha.

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  4. Mais um livro tratando do fim do mundo. Esse tema está em alta. Por que será, né?
    Pela sua resenha parece um livro bem formulado, e tratando justamente do fim dos tempos é ótimo que ele seja assim.
    Vou ler quando tiver a oportunidade.
    Bjss!
    sete-viidas.blogspot.com

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  5. Fico imaginando: as pessoas não estão acreditando. E se acabar mesmo? HEUHEUHEUE
    Nunca li nenhum livro que se tratasse do fim do mundo. Não sei se já fizeram um post assim, mas podia rolar um especial de dicas sobre livros que retratam o tema.

    Gostei da dica porque, como disse, nunca li nada parecido.

    Beijos.

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  6. Apesar de já estar meio cansada de livros que abordam o fim do mundo de acordo com da data 21/12 e, consequentemente, com as profecias maias me parece interessante a maneira que o autor resolveu tratar o tema, através de uma doença, pois é uma nova forma de abordar todo o tema que está mexendo com a cabeça das pessoas (principalmente agora que estamos tão perto desta data).
    O fato de o autor ter introduzido um descendente Maia e um pergaminho desta civilização como o que irá desencadear a história foi outro aspecto que deu um "quê" a mais ao livro, com certeza fiquei com vontade de ler 21.12.

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  7. dia 22! e o mundo não acabou mesmo ... alguém duvidava?

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  8. Bom o livro, mas agora que não acabou, acho que vão cair as vendas e o interesse

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Ana Liberato