segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Resenha: "A Essência do Dragão" (Andrés Carreiro)

Por Sheila: Olá pessoas! Como estão? Mais uma obra da Literatura Nacional, e estamos com muitas obras de literatura fantástica sendo publicada pelos nossos autores, hein? No livro de hoje, como já fica claro pelo título, os protagonistas serão os dragões, seres míticos que povoam a mente dos povos desde tempos remotíssimos.

No entanto, no livro de Andrés Carreiro, eles são muito mais que isso: são reais, um povo antiquíssimo esquecido pelos humanos e que ressurge na terra com uma missão muito especial, e um segredo que pode mudar para sempre a história da humanidade.

Tudo começa na Ásia, há 3000 anos. Logo no início do livro, somos apresentados ao Li-Seugs, povo que, conta a lenda, originou-se de um comerciante, motivo pelo qual tiveram no comércio sua principal atividade. No entanto, a ganância que tomou conta do povo fez com que estes acabassem se dividindo, fora que suas conquistas acabaram por chamar a atenção da avidez de outros povos, e as guerras se tornaram constantes.

Assim, um povo próspero, com milhares de integrantes, acabou virando um grupo nômade com algumas dezenas de pessoas lutando para sobreviver em meio a aridez das montanhas. Até que o chefe do bando, remexendo em escrituras antigas e em desuso, acha ditos que falam de uma terra longínqua, mas onde a escassez não é tanta, e o inverno não leva embora seu povo, nem pela fome, nem pelo frio.

Mas algo acontece em meio a jornada dos Li-Seugs: alguns de seus integrantes veem um curioso objeto cair do céu e, de dentro deste, uma estranha criatura surgir.
O local estava todo chamuscado, porém não havia mais nenhum vestígio de fogo nem um odor de queimado excessivo. O objeto estava no chão, intacto, sem movimento algum ...
- Será alguma coisa dos Deuses que caiu acidentalmente? - perguntou Ji a Shoi.
- Não sei.
- É melhor voltarmos - disse Zhi. (...)
Quando deram as costas para a flecha gigante dos deuses, um barulho saiu das entranhas daquilo...De repente, saiu uma criatura monstruosa, com três metros de altura.  
Assustados, os Li-Seugs percebem tratar-se de criatura algumas vezes descrita por seus ancestrais, mas é difícil para eles aceitarem o que estão vendo. No entanto, o livro interrompe este inusitado encontro entre seres, e passa a Hong Kong, 1985. Por incrível que pareça, a família Li-Seugs continua viva - e é como se não houvesse envelhecido um ano sequer. De volta ao comércio, são donos de uma das empresas mais lucrativas do mundo.

Por trás de tudo isso, um grande segredo. Quem eles terão encontrado, acerca de 3000 anos? O que sua vinda significou para a humanidade? Quais seus planos em relação à raça humana, e onde se enquadram os Li-Seugs neste plano? Algo que você, caro leitor, só saberá após ler as páginas do livro em questão! Não vou estragar a surpresa, lógico, mas como já li, vou dizer a vocês um pouquinho do que achei.

Pois bem, apesar de ser uma trama rica, muito bem elaborada, e que explora os dragões por um prisma totalmente diferente - realmente nunca havia me deparado com uma trama sequer remotamente parecida - eu não gostei muito não. Talvez por que eu não seja muito fã de dragões. Talvez por que o livro fugiu muito do convencional e eu seja antiquada, quem sabe?

Espero não estar sendo excessivamente crítica, mas é uma daquelas tramas que simplesmente não conseguiu me tocar. Não vibrei pelos personagens, não senti a emoção deles, não me senti ansiosa nem no desenrolar, nem ao fim da obra. Mas, como sempre costumo fazer ao fim das resenhas em que os livros não viram uma das minhas leituras preferidas, espero que você, caro leitor do blog, possa me ajudar a democratizar o espaço nos brindando com sua opinião. Abraços e até a próxima!

3 comentários

  1. Olá, Sheila.

    Tudo bem com você, :)

    Acho que você tocou, no seu comentário final, em pontos fundamentais do livro. Eu terminei de escrever A Essência do Dragão (primeira versão) em 2008 e de lá para cá mudei muito alguns conceitos que eu tinha em relação à literatura. Como obra de estreia ela certamente teve muitos pecados e aprendi muito com comentários sinceros, como o seu, dos leitores. No início eu ficava até aborrecido com alguma crítica, mas percebi a importância que é ouvir o leitor. Mais vale uma boa crítica que um elogio vazio e vice-versa, ;)

    Espero que em livros que eu publique no futuro, possa tê-la novamente como leitora e que você encontre aquilo que procura em um bom livro.

    Forte abraço,

    Andrés.

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  2. Sheila,

    quando vi a resenha que era sobre dragões, amei! Sou louca por esse seres.
    Que pena que não tenha gostado desse, algum dia quero ler para ver como é. Já comecei livros sobre dragões e depois me deparei com pornografia total. Um pouco decepcionante.
    Quando puder quero ler esse livro para ver como é.
    Ah, agora, acima fiquei surpresa com a resposta do autor... um dos poucos que aceitam alguma crítica. Isso me fez duplamente querer ler livros dele.
    Obrigada pela resenha gostei muito.

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  3. Não faz meu tipo, mas a resenha ficou bem legal e sincera!

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Ana Liberato