quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Resenha: "Como matar seu marido – e outras utilidades domésticas" (Kathy Lette)

Por Sheila: Oi todo mundo! Hoje uma resenha de um livro que, em minha opinião, traz uma visão diferente (e ao mesmo tempo igual) engraçada (e ao mesmo tempo trágica) divertida (e ao mesmo tempo, tensa) de um tema que já nem é tão inédito assim – mas que foi retratado neste livro de uma forma deliciosamente sádica: o casamento.

Contra-indicações: quem estiver em um relacionamento e sentir que o mesmo ultimamente encontra-se um pouco abalado; quem for muito influenciável, ou muito ciumento e desconfiado NÃO LEIA ESTE LIVRO. Ele é recheado de mentiras, traições, sabotagens, casos extraconjugais, e idéias macabras de como acabar com seu parceiro ...

Acreditam que podem continuar? Ok, então basicamente este é um livro que fala não sobre casamento, mas casamentos, com s, no plural. Do casamento de Jazz Jardine com o Dr David Studlands; da artista e dona de galeria Hannah, casada com o também artista Pascal. E de Cassie O’ Carrol e seu marido veterinário Rory.

As três são grandes amigas, desde a faculdade, e tudo começa quando Jazz entra em contato com Cassie para que esta a ajude. Ela foi presa, acusada de ter matado seu marido David. Primeiramente dado como desaparecido, enquanto mergulhavam, em suas últimas férias na Austrália, a polícia passa a desconfiar que Jazz tenha tramado seu assassinato junto com um ex-amante, que inclusive teria confessado sua participação no crime.
“Fui presa por matar meu marido”  eram palavras que eu nunca imaginaria ouvir da minha amiga Jasmine Jardine. “Vou ter um filho bastardo do George Clooney”, talvez, ou “E se TPM for lenda e eu for simplesmente uma megera?”. Mas definitivamente não aquilo.
Quando finalmente consigo responder, parece que estou dublando um filme.
- O quê?
- Assassinato... Aqueles policiais imbecis acham que matei Studz, a fiança foi negada!
- ASSASSINATO? – repito.
Sim, foi por assassinato. E agora, Jazz, quer que  Cassie procure sua advogada e a tire dessa enrascada, contando tudo – mas tudo mesmo – que vem acontecendo em suas vidas e casamentos. Mas será que isso vai ajudar? Afinal, Jazz andou falando um pouquinho demais ...
- Você pode não ter notado  em todos os anos que me conhece, Cassandra, mas aparentemente eu não nasci com muito dos essenciais talentos necessários para ser bem sucedida como um  gênio do crime. – Existe um tom de histeria em sua voz que atrai mais uma vez a atenção da guarda. A cadeira faz barulho enquanto ela remexe seu peso para mirar na nossa direção – Como pode pensar uma coisa dessas?
- Bom, me desculpe – respondo num sussurro. – Quantas vezes testemunhei você fazendo piada desse tipo? Que “o casamento é um hobby divertido e frívolo, só que ocasionalmente resulta em morte” ou “Se existe um testamento, quero estar nele”, ou aquele “Nem todos os homens são canalhas, alguns já morreram”.
Apesar de sua relutância inicial, Cassie começa a formular um escrito para a advogada de Jazz em que narra como as três amigas estavam lidando com as venturas – e muitas desventuras -  da vida a dois.

O livro tem capítulos nomeados de forma muito divertida, mas com um humor cáustico, como “Se ele quer café na cama, mande-o dormir na cozinha” ou “O  motivo de eu não avisar quando vou gozar é porque você nunca chega perto”. Mas a minha preferida é “Estou naqueles dias, portanto legalmente posso te matar”.

É um livro divertido, mas que de forma alguma deve ser utilizado como ferramenta para se lidar com a realidade e o dia-a-dia, afinal a abordagem dos relacionamentos aqui narrados é um tanto clichê – os homens são canalhas sem-vergonha e as mulheres pobres donas de casas desesperadas – mas como estória de ficção, foi muito bem escrita e prendeu minha atenção até o fim.

Afinal Jazz matou ou não o marido? Leiam e confiram!

3 comentários

  1. Gostei dessa do “Nem todos os homens são canalhas, alguns já morreram” XD O tom da escrita me parece bom. Fujo de mistérios estilo romance policial pq parecem que não acontece nada do começo ao meio, mas esse me chamou atenção por cobrir um pouco o que seria a parte vaga, com diálogos interessantes. Adicionado!

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    1. Tô lendo esse livro... só dá muita raiva... se quer cometer um assassinato ao primeiro homem que aparecer na sua frente pode ler... dá mais raiva ainda das mulheres, submissas, passivas e que praticamente tentam defender seus maridos e algumas vezes até engolem suas desculpas sem pirar .... maridos imbecis... quero ler o final só para ver se terão pelo menos um castigo digno de todas as barbaridades que cometem com elas...

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  2. Esse livro deve ser super engraçado! Mas, não seria o tipo de livro que leria.

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Ana Liberato