segunda-feira, 14 de abril de 2014

Resenha: "Cidade da Meia-Noite" (J.Barton Mitchell)

Por Sheila: Oi pessoas! Hoje a resenha vai ser um pouco diferente por que, na verdade, não li o livro, mas uma prova do novo lançamento da  editora Jangada: "Cidade da Meia-Noite", primeiro volume da Saga da Terra conquistada.

Nesta trama de ficção científica repleta de tecnologia avançada, encontraremos não só um vocabulário científico, mas também artefatos das Terras Estranhas, que são objetos que possuem propriedades especiais, e que fazem com que a estória tenha ares de fantasia científica.

No início, não sabemos muito. Somos apresentados à Holt, e ele esta fugindo do Bando - mas não nos é contado por que. Apenas sabemos que Holt é um sobrevivente, o que ele não cansa de repetir para si mesmo, enquanto percorre um mundo desolado junto com seu único amigo, Max, um cão pastor de pelagem acinzentada.

No desenrolar da trama, descobrimos que Holt Hawkins é um dos poucos Imunes que resta sobre a Terra. Isso quer dizer que a Estática - algo que deixa os olhos dos outros (crianças e adolescentes) com quem divide este mundo devastado, cheio de ramificações negras, como teias - não pode atingi-lo. Pena que isso não se aplique às pessoas que ele já amou.
Holt detestava lugares como aquele. Eram cicatrizes. Cicatrizes na superfície do planeta, e o mundo estava cheio delas agora. Ele os odiava pelas lembranças que traziam de volta, as imagens antigas que o forçavam a ver novamente.
Imagens dela. (...)
A sobrevivência era um fator importante em cada decisão que Holt tomava. Era como ele vivia, e significava muitas coisas. Uma delas, era descobrir o que tinha valor. Se você tivesse coisas de valor, poderia sobreviver.
A Estática, é o legado deixado pelos Confederados, alienígenas que invadiram o planeta e dominaram todas as formas de resistência a partir de um sinal telepático com o poder de controlar as mentes, que era muito eficiente em adultos, em torno de 20 anos. Antes disso, o único sinal da iminência da contaminação são as manchas negras nos olhos dos condenados, que estão caminhando todos, inexoravelmente, para a submissão absoluta.
Os garotos o arrastaram do veículo destruído e o jogaram com força contra a porta enferrujada.
Eles eram mais novos que Holt, mas nem tanto. Dezessete ou dezoito anos, ele deduziu, vendo os veios negros se alastrando pelos olhos deles, o sinal que denunciava a Estática. Eles já estavam bem entranhados; e isso significava que o tempo deles estava acabando.
Logo, as crianças e adolescentes restantes começam a tentar sobreviver da forma que podem. Holt, se torna um caçador de recompensas. E é assim que sua estrada acaba por cruzar com a de Mira Toombs, já que há uma recompensa por sua captura na Cidade da Meia Noite. Holt pretende capturá-la pela recompensa, mas descobrirá que isto se mostrará muito mais difícil do que parecera a princípio ...
Algo arrancou Holt e Max do chão como se eles não pesassem nada.
Eles foram içados e começaram a flutuar em pleno ar, sem peso, os pés fora do chão, girando sem controle. Em choque, Holt tentou alcançar a parede, o teto ou qualuqer coisa em que se apoiar, mas não havia nada por perto. Ele estava preso, pairando inutilmente no espaço sobre o chão daquele banheiro em ruínas.
A garota riu com aquela cena.
Acontece que se Holt era um caçador, Mira Toombs é uma Bucaneira: alguém que visita com regularidade as Terras Estranhas atrás de artefatos como o que foi lançado contra Holt, excluindo sua gravidade e fazendo-o perder sua presa. Mas Mira também está em sua própria busca, apesar de que seu tempo está acabando: os ruídos da Estática parecem estar cada vez maiores e mais difíceis de ignorar.
Um som estridente preencheu a mente de Mira de repente.
Era como estática, como um rádio fora de sintonia no último volume. O choque fez com que seus joelhos se dobrassem e ela mal conseguiu evitar a queda quando foi atingida.
Durou apenas um instante... e então retornou para onde tinha vindo, para o fundo de seu inconsciente. Ainda estava lá, como sempre, o pulso estridente de estática que ela podia ouvir nas profundezas de sua mente. O sempre presente efeito da Estática, o presentinho que os Confederados tinham dado à humanidade.
Mas tudo pode mudar quando encontram Zoey presa em uma das naves dos Confederados. Aliás, eles estão com um comportamento cada vez mais estranho, suas grandes máquinas de metal enfrentando-se, pintadas com cores diferentes, como se brigassem por algo. E o que estaria fazendo esta menininha, que não lembra quem é, dentro de uma nave?
- Você pode andar - Holte perguntou à Zoey. Ela assentiu, mantendo os olhos nos dele. - Se eles vierem em peso, vamos ter de continuar seguindo em frente. Você consegue? Andar e não parar?
- Consigo.  - respondeu a menina. - Obrigada Holt. (...)
Foi só algumas horas mais tarde, quando o som das máquinas e das pernas dos caminhantes desaparecia atrás dele e a sirene do alarme que vinha do leste finalmente silenciara, que ele se deu conta que a menininha o chamara pelo nome, no local do acidente.
Ela dissera seu nome ... mas Holt não tinha dito a ela qual era.
O primeiro livro da Saga da Terra Conquistada é uma mistura na dose certa de ação, aventura, suspense, ficção científica e fantasia. Consegue ser emocionante, e ao mesmo tempo ter um humor ácido em situações inusitadas que conseguem desviar a atenção para o fato de que a Terra foi tomada e que, afinal de contas, todos os que sobraram eram crianças quando isto aconteceu. 

 A forma como a estória é narrada também é um elemento a ressaltar, já que vamos descobrindo, as vezes junto com os personagens, as vezes através deles, tudo o que aconteceu com a humanidade, e como eles conseguiram sobreviver desde então. Não temos nenhuma informação em "primeira mão" do autor, e temos de tatear às cegas, junto com Mira, Holt e Zoey, a partir do desenrolar da trama, o que não só aguça a curiosidade, como faz deste um livro de tirar o fôlego. 

Ok, eu AMEI  o livro #prontofalei. Foi um dos melhores livros de ficção/fantasia que tive em mãos em muito tempo. Afinal de contas, o tema "invasão alienígena" já foi excessivamente explorado, principalmente pela mídia televisiva, por todos os ângulos - do trágico ao cômico. E é justamente aí que reside a maestria da escrita de J. B Mitchell: ele consegue transformar o óbvio em algo instigante e diferente, ao focar mais nos personagens e nas consequências da invasão em suas vidas, do que na invasão em si.

Fora que além da escrita bem construída, sem nenhuma ponta solta, há um mistério envolvendo Zoey e os objetivos da invasão dos confederados à nossa querida Terra. Conclusão? Mega ansiosa pela continuação, roendo as unhas para saber o que vai acontecer (autores de sagas e trilogias, amo e odeio todos vocês!) Abraços a todos e todas e leiam o livro para nos dizerem o que acharam!


3 comentários

  1. Oi Sheila!

    Estou muito ansiosa com esse lançamento da Jangada mas sei que vou demorar um pouco pra comprar um exemplar porque a Editora tem um preço salgadinho e pra uma desempregada não é fácil HUAEHUAEHUAEHAUEAHUE
    Ótimo saber que o autor soube fazer as invasões alienígenas terem um ar de novidade!

    Beijos,

    ~NATHÁLIA NOVIKOVAS
    WWW.LIVROTERAPIAS.COM

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  2. Poxa, não fazia IDEIA que o livro era tão bom assim! Já li alguns outros livros de invasão alienígena, mas nada muito nessa pegada que essa obra possui. Estou agora m-o-r-r-e-n-d-o de vontade de ler esse livro, espero (para o próprio bem do meu coração) que eu consiga fazer isso em breve *---*
    Beijinhos

    Brunna Carolinne - My Favorite Book - @MFBook
    myfavoritebook-mfb.blogspot.com.br

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  3. Eu não gostei desse livro, mas, livro é gosto pessoal, eu respeito a opinião de todos.

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Ana Liberato