sexta-feira, 18 de julho de 2014

Resenha: "Jardim de Inverno" (Krinstin Hannah)

Por Sheila: Oi pessoas como vocês estão? Trago a vocês hoje resenha de mais uma autora best-seller do The New York Times (como será que se faz para ser considerado um autor best-seller? Por que eu já resenhei vários, mas não sei... alguém ai sabe?) Kristin Hannah (de quem eu também nunca tinha ouvido falar).

Bom se vocês forem se aventurar a ler este livro e gostarem de um bom drama, preparem seus lencinhos de papel. Vocês irão precisar. A contra-capa do livro diz que este é o romance mais bem escrito e comovente de Kristin, o que eu não posso avaliar já que não li os outros. Mas você com certeza vai se emocionar com a história destas três mulheres.

Meredith é a filha mais velha. Sempre cordata e obediente, fez o que todos esperavam dela: casou, teve filhos e, quando o pai ficou mais velho, assumiu o cuidado com o negócio da família: o pomar de macieiras Belye Nochi. Chegando aos 40, ela não sabe muito bem quando é que passou de senhorita para senhora.

Nina é a filha mais nova, uma fotógrafa impetuosa que viajou o mundo todo retratando dramas indizíveis, capturando momentos belíssimos e comoventes pelo olhar de sua lente. Nunca casou, e ter filhos é algo que não passa por sua cabeça de forma alguma.

Anya Withson era considerada uma mulher fria pelas filhas. Russa, sempre foi distante das filhas. Tanto a mãe, como as duas filhas, pareciam não ter absolutamente nada em comum. A única coisa que ainda fazia com que se sentissem uma família era o Sr Withson já que o pai, ao contrário de Anya, amava as filhas e se extremava nas demonstrações de carinho.

A única coisa que a mãe parecia fazer com as duas filhas era contar-lhes histórias – até isso acabou, quando Meredith tinha 12 anos e tentou encenar um dos contos de fadas para a mãe, durante uma festa natalina na casa em que moravam.
Meredith se virou, vendo a mãe no meio dos convidados, imóvel, o rosto pálido, os olhos azuis faiscando. Sangue escorria de sua mão. Ela havia quebrado o copo de coquetel e mesmo dali Meredith podia ver um caco de vidro fincado na mão dela.
- Chega – disse a mãe em tom ríspido. – Isso não é entretenimento para uma festa.
Os convidados não sabiam o que fazer; alguns levantaram, outros permaneceram sentados. A sala ficou em silêncio.
- Eu nunca deveria ter contado para vocês esses ridículos contos de fadas – Mamãe disse, o sotaque russo acentuado por causa da raiva. – Esqueci como meninas podem ser românticas e cabeça oca.
Desde este acontecimento da infância, Anya não contou mais histórias para as filhas, e estas simplesmente desistiram de ao menos tentar se aproximar da mãe. Só que agora, o pai das duas irmãs está morrendo e, em seu leito de morte, pede que as filhas se comprometam com ele, em um estranha promessa.
Ele segurou a mão dela e fitou os olhos marejados da filha.
- Importa sim – disse ele, os lábios tremendo, a voz tão fraca que ela mal conseguia ouvir. – Ela precisa de vocês... e vocês precisam dela. Prometa.
- Prometer o quê?
- Depois que eu me for. Conheça sua mãe.
- Como? - Ambos sabiam que não havia forma de se aproximar da mãe dela. – Eu tentei. Ela não fala conosco. Você sabe disso.
- Faça-a contar a história da camponesa e do príncipe. – Ao dizer isso, ele fechou os olhos novamente e sua respiração ficou ainda mais pesada. – Mas história inteira
Agora, Meredith e Nina terão que descobrir uma forma de se aproximarem – uma da outra e da mãe – enquanto esta última parece, gradativamente, perder a lucidez, e volta a lhes contar a história da camponesa, a mesma que sempre lhes contara quando eram pequenas – e que precipitou a desavença que pareceu fragmentar de forma tão permanente o relacionamento das três.

Só que as duas irmãs descobrirão que a mãe é uma mulher muito mais profunda do que imaginavam e que, por trás de seu semblante frio, carrega uma dor e tristeza que começarão a entender, quando descobrirem que a história da camponesa é muito mais do que uma forma que a mãe tinha de fazê-las dormir.

“Jardim de Inverno” é uma história belíssima e comovente, que vai falar sobre perdas devastadoras, mas também da possibilidade de superação e redenção. Sobre verdades escondidas por medo, mas também do amor incondicional que uma mãe pode ter por seus filhos – mesmo que estes venham a nunca ficar sabendo.

Agora só falta você comprar seu lencinho, e se aventurar pelas linhas lindamente traçadas por K. Hannah. Recomendadíssimo.

4 comentários

  1. Já fiquei com vontade de chorar só com a resenha.

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  2. Também não li nada da autora por enquanto, mas estou curiosíssima com esse livro.
    Uma amiga leu e me indicou dizendo que tinha chorado muito durante a leitura e que tinha amado a história.
    Sua resenha só vem reforçar o meu interesse!

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  3. Olha, só com a resenha eu já me emocionei!
    Comprei ele tem um tempinho já e tô criando coragem pra ler porque eu sofro demais com esse tipo de livro. Gosto demasiadamente, mas sofro na mesma proporção.
    Senti vontade de pegá-lo agora :))
    Bjs

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  4. Esse é um livro que li sem muitas expectativas e me surpreendi totalmente a cada capítulo lido...me apaixonei perdidamente pela trama e os personagens...Foi bem intenso e emocionante a história, mas valeu a pena ler ...Amei sua resenha..parabéns, vc arrasou..bjs

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Ana Liberato