segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Resenha: “Aconteceu em Veneza” (Molly Hopkins)

*Por Mary*: Segurem os forninhos! Não desmaia, Juliana! Sama o Xamu! Ninguém sai, que tem resenha da sequência baphônyca do meu grego magya de “Aconteceu em Paris”.

Em Aconteceu em Veneza, sequência de Aconteceu em Paris – cuja resenha você encontra aqui – temos nossa protagonista trambiqueira Evie (que continua trambiqueira), seguindo em frente após perdoar o “deslize” do seu namorado Rob; ela aceita o seu pedido de casamento e está completamente decidida a deixar tudo para trás. Sem erros, rancores ou mágoas. Sem chance. Em dez dias, ela só o chama de “cafajeste” onze vezes (um grande avanço, acreditem).

Ai, que difícil não soltar spoilers! Mas eu juro juradinho que não vou deixar escapar nenhum. Vai na fé!

Confesso que, ao terminar Aconteceu em Paris, fiquei um tanto desapontada, porque achei que alguns pontos importantes ficaram em aberto. E, quando soube que haveria uma continuação, fiquei dividida entre a alegria e a desconfiança. Alegria, por ter mais do universo da Evie, essa protagonista absolutamente verossímil e imperfeita que nos conquista sem percebermos; mas desconfiança, por temer quais surpresas me aguardavam nessa nova “etapa” da vida dela.

Na resenha passada, eu até comentei que esperava que a Molly Hopkins explorasse melhor tais pontos e ela não me decepcionou. Muito pelo contrário, a autora conseguiu mostrar a que veio com maestria. Acontece o seguinte: algumas coisas ficaram em aberto para que fossem exploradas – e melhor explicadas – em sua continuação; o que foi pari passu uma jogada original e perigosa.

Não obstante acompanharmos nos dois livros o crescimento gradual da personagem, algo interessante é que a essência da Evie se mantém. Ela continua irresponsável e trambiqueira, mas se torna uma pessoa mais madura. Além disso, o seu coração enorme se mantém, nos apresentando a Evie amiga, verdadeira e a adulta que aos poucos vai se moldando. 
“Me aproximei de alguns garotos do lado de fora do tatuador de henna com uma proposta... a proposta de lhes dar três sacos de balas de goma, e eles correram pelo mercado juntando tudo da lista. Resultado é que eu estava agora com a sacola de compras completa, apoiada no chão entre as minhas pernas, e admirava preguiçosamente o lindo ramo de flores se esgueirando pelo meu pulso. Adorei!” 
Comentei também na resenha anterior, que alguns personagens me incomodavam. Não posso falar muito do Rob, a fim de não correr o risco de deixar escapar algo indevido sobre ele. É suficiente dizer que, ao fim, compreendi os objetivos da Molly. Sabem quando parece que faltava uma pecinha de um quebra-cabeça para completar a imagem? Aí você encontra a peça, coloca no lugar e pronto! Tudo se encaixa perfeitamente e a imagem se torna clara. Daí depois tudo é arco íris, passarinhos cantarolando e um jardim florido. 
“Rob domina a arte da autoabsolvição como ninguém. Ele nunca está completamente errado, ele justifica seus erros ressaltando suas virtudes. Apesar de saber disso, eu estava me curvando.” 
A minha opinião só não mudou sobre as amigas da Evie – Lexy (irmã dela) e Lulu (colega de apartamento). A impressão que elas me passam é a de pessoas fúteis, narcisistas e egoístas. Não vou fingir que elas não ajudaram em alguns momentos importantes em que a Evie precisou. Contudo, em muitos outros momentos cruciais, as duas demonstraram total desinteresse e despreparo em cuidar da amiga.

Acho que é melhor não falar do Nikki também, senão me empolgo. #pirigueteliteráriafeelings

Mas não vou resistir em dizer que gosto muito da relação dos dois. Diferente do que faz com o Rob, a Evie enfrenta o Nikki, grita com ele e esbraveja. Enfim, ela é ela mesma quando está com ele e a relação que ela tem com a família do Nikki também é ótima, porque ela praticamente se torna uma local no meio dos gregos barulhentos; sem esquecer da mãe dele, que praticamente monta um fandom para ela. 
“- Como está, meu anjo, minha querida, o amor da minha vida, meu docinho?Virei para ele respirando fundo e o olhei desconfiada.- Por que está tão feliz? Fumou alguma coisa? – Perguntei.(...)- Na realidade, é que eu preciso que você faça uma coisa por mim. Um pequeno favor. – ele confessou, colocando o braço em volta do meu ombro.” 
(Quem nunca?!)

Para fechar, preciso comentar sobre o “Dicas úteis de viagem da Evie”, que é uma espécie de extra ao final do livro. É muito instrutivo engraçadíssimo!

Vai sem medo, que não tem spoiler!


Enfim, para quem gosta de uma boa comédia romântica, Aconteceu em Veneza é a pedida certa. Leve, divertido, fofo e com um grego lindo excelentes ambientações, você não vai conseguir largar até chegar à última página. 
“Sei que te amo porque você me irrita tanto que, se eu não te amasse, não me importaria o bastante para me deixar ser irritada. E eu penso em você em cada momento em que estou acordada, e você tem um cheiro gostoso, me faz sentir bem, e me faz rir, e você é inteligente, e... pode ser o chefe da casa quando eu estiver fora (...).” 

2 comentários

  1. Li a resenha do primeiro livro e me interessei por ele, agora vi essa segunda resenha e sei que devo ler esses livros em breve! Otima resenha, falou tudo sem exagerar, na medida certa!

    ResponderExcluir
  2. Obrigada, Little Júlia! Fico muito feliz que você tenha gostado. Super indico a leitura!

    Beijo!

    ResponderExcluir

Sua opinião é muito importante para nós! Pode parecer clichê, mas não é. Queremos muito saber o que achou do post, por isso deixe um comentário!

Além de nos dar um feedback sobre o conteúdo, contribui para melhorarmos sempre! ;D

Quer entrar em contato conosco? Nosso email é dear.book@hotmail.com

 
Ana Liberato