quarta-feira, 24 de junho de 2015

Resenha: “#GirlBoss” (Sophia Amoruso)

Tradução de Ludimila Hashimoto

Por Kleris: #Girlboss é daqueles livros que a gente costuma passar por ele na livraria e ele some no borrão das novidades. Mas se a gente vira um segundo para olhar e lê-lo, percebemos, é daqueles que conserva a história única de uma pessoa (que podíamos nunca nem saber o nome) e que a gente agradece à editora por trazer esse livro tão bacana. 
Eu nunca pretendi ser um exemplo, mas há partes da minha história – e as lições que aprendi com ela –, que eu quero compartilhar. [...] [Este livro] vai ajudá-la a identificar as suas fraquezas e usar os seus pontos fortes. Vai mostrar que a vida tem uma certa ironia.

Sophia é hoje uma executiva, CEO do site Nasty Gal, um negócio de roupas que iniciou numa pequena lojinha do eBay (algo como um mercado livre da vida lá fora – embora tenhamos um eBay Brasil, empresa de mercado eletrônico). Foi um negócio arriscado, mas um no qual Sophia apostou e seu trabalho cresceu por “naturalidade” do varejo.

Foi algo do tipo instintivo, já que não teve muita orientação, e vale milhões. Sophia, no entanto, não vê como algo a se iniciar procurando fama. Ela só queria vender roupas pela internet e se comprometeu em atender bem as clientes, que é o que importa, e por essa filosofia que o Nasty Gal chegou aonde chegou. Amoruso, uma dessas pessoas que parece nada promissora, foi quem conquistou isso, pouco a pouco, e aos trancos e barrancos se necessário. Erros também geram lucros se formos espertos. 
Pela segunda vez, nos vimos na beira da estrada, sem nada além de canivetes, mochilas e uma lanterna. Eram três da madrugada e estávamos paradas no acostamento de uma rodovia [...] Sugeri que a nossa opção mais segura seria abrir os nossos sacos de dormir na floresta até o amanhecer, mas, idiota que ela era, rejeitou a ideia, explicando que tinha “medo de animais”. Medo de fazer massagem nas costas de um maluco gigante ela não tinha, agora de um cervo bebê encostar o focinho nela, parecia que sim.

Em uma conversa animada, Sophia conta fatos de sua vida que ela hoje acredita ter lhe ajudado nesse caminho torto, mas de sucesso. Pelos breves capítulos, acompanhamos de tudo um pouco entre loucuras e dedicação. Amoruso nos afirma por todo o livro que sucesso não é fama e é preciso foco. Melhor, comprometimento, responsabilidade e muito trabalho pesado. Quando nos dedicamos, coisas acontecem. Talvez não as melhores, ou as que queremos, mas coisas acontecem mesmo e você pode sempre virar o jogo. Uma #girlboss (ou #dudeboss) pode dar conta. 
O sucesso da Nasty Gal tem sido uma viagem louca e veloz, e eu não vou mentir: houve momentos em que essa viagem foi absolutamente assustadora. [...] Toda vez que eu me levantava de manhã em vez de dizer “dane-se” e voltar a dormir, toda vez que eu gastava uns minutos a mais na descrição de um produto para que ficasse perfeita, eu estava escolhendo meu destino e plantando sementes do meu futuro. É muito difícil traçar o caminho que veio dar aqui, mas aconteceu e fui eu que o criei.

Sophie também reforça sobre a ideia do homeoffice e bastidores de um business. Independente de ser pequeno ou não, não é bem colorido como se imagina e a cabeça (pessoa) de um empreendimento tem que estar acima de muitos interesses – alguém, afinal, tem que pensar e fazer a parte chata. Não é algo para levianos.

#Girlboss é mais que roupas (vintage), look e moda – na verdade Sophia pouco toca nesse assunto – ele é indicado a quem se interessa por empreendorismo, mídia e comércio alternativo, business e bastidores de pequenas empresas. Faço uma indicação especial para blogueiros e leitores que pretendem expandir projetos com pequenos negócios. Temos visto muito no nosso meio vendas de camisetas, marcadores, chaveiros, bijus, bonequinhos e afins, temáticos de livros e leituras, ou mesmo alguma prestação de serviço, e às vezes a gente só precisa ouvir/ler uma história parecida com a nossa – principalmente quando o assunto é se resolver com os ditos metadatados! 
Eu não percebia na época, mas o que eu estava fazendo incluía duas técnicas para administrar um negócio bem-sucedido: identificando o público-alvo e sabendo como fazer marketing de graça.

Naquela época eu comia, dormia, bebia e imaginava termos de busca. Eu acordava com os lençóis e cobertores numa bagunça suada e emaranhada à minha volta, praticamente gritando “cocktail dress de lantejoula dos anos 80!” na escuridão.

Se você ainda hesita em começar alguma pesquisa no assunto, vale dar uma oportunidade ao que aqui Sophia relata e te intera. A #girlboss une o útil ao agradável e te manda a real sem toda aquela dureza didática ou metodológica de empreendimentos. É uma introdução àquele negócio que já anda na sua cabeça. 
Começamos comprando lotes de seis, experimentando para ver o que vendia e o que não vendia. Se vendesse, aprendíamos. Se não vendesse, aprendíamos. E continuamos aprendendo.

Preciso dizer? Recomendadíiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiissimo!





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Ana Liberato