segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Resenha "Época de Morangos" (Rafaella Vieira)



Por Gabi: Oi gente linda! Como vão vocês? Antes que se perguntem "Quem é essa louca que resolveu escrever uma resenha aqui hoje?" ou "Gabi tá viva ainda", eu vos respondo: SIIIMMM!! TÔ VIVA E VOLTEI! hahhahha Mas enfim, vamos bater um papo mais legal lá na Happy Hour, porque hoje eu vim trazer um livro que curti demais da pernambucana Rafaella Vieira. Bora?

Baseado nas lembranças da autora e, claro, das anotações de seu diário, temos aqui um romance super leve e gostoso ambientado no (lindo) Nordeste brasileiro, principalmente em Recife contado por  Jordana, ou apenas Jojô, ao longo de 10 anos de sua vida...  Seus pais se separaram quando ela tinha 6 anos e ela e o irmão foram morar com o pai. Seu irmão é um nerdzão que não curte muito relações sociais, seu pai é um cara do bem, mas meio "caretão", ao contrário da mãe, com quem ela não tem uma relação muito próxima. 

A vida de Jordana seguia muito bem entre o colégio, os gatinhos e as diversões com a prima-gêmea, Jaque, que são unha-e-carne. Sabe aquele papo de "separadas na maternidade"? Então. Até que em uma das férias a avó materna a convida para ir à Disney. E é nessa viagem que tudo muda e ela encontra seu Príncipe Encantado, como ela mesma diz:
Ele passou por mim me encarando, e eu sabia que não era aquele tipo de olhar, assim, por estar achando esquisito meu moletom verde-abacate.
A viagem foi super bacana, ela aproveitou e se divertiu muito. Ao voltar para o colégio ela descobre que o seu príncipe encantado não só se chama Edgar, como também estuda ali! Gente, a partir desse momento Jordana pira! Não só pelo fato de eles estudarem no mesmo lugar, mas também porque ela descobre que ele tem 12 anos, enquanto ela, 13, o que nessa idade é um abismo de diferença. Eles se tornaram grandes amigos e passavam cada vez mais tempo juntos... no intervalo quando ele disse que o cabelo dela cheirava morangos, mas era só seu Bubbaloo. E aí quase rolou o primeiro beijo, nas festinhas, lá no Damata, na patinação... enquanto isso ela só pensava se perder em beijos e amassos com o dono daqueles incríveis olhos azuis...
Crescer era muito complicado, ainda mais quando o garoto que eu tanto amava, parecia que nunca amadureceria.
A partir daí acompanhamos o desenrolar da vida da garota no ensino fundamental e como é difícil mudar de colégio no último ano e deixar o Edgar para trás. Aí vem a época de ensino médio vestibular e a universidade (ê tempos bons!), muitas festas... A autora conduz a narrativa em primeira pessoa de um modo muito leve e parece até que Jordana está sentada no sofá da sua casa e relembrando todos aqueles momentos com você... 

Um dos pontos altos do livro é que vamos conhecendo vários pontos de Recife, de cidades e estados vizinhos, bem como um pouco da cultura e do sotaque nordestino (como não amar?) e também o que há de referências musicais e artísticas bacanas... é de cantar lendo as letras de música! Mas o que mais me agradou foi o quanto eu me identifiquei com a expressão época de morangos, afinal, quem não tem aquele período da sua vida em que tudo é tão doce que só de lembrar já te faz voltar os cheiros, paisagens, sabores e risadas? Rafa, obrigada por compartilhar suas lembranças comigo e me trazer uma nostalgia doce de ótimos momentos...
fagulhas, pontas de agulhas
brilham estrelas de são joão
babados, xotes e xaxados,
segura as pontas, meu coração...

Os postes decorados por balões, o céu iluminado pelas estrelas, as pessoas vestidas com roupas juninas, as pintinhas no rosto e os chapéus de palha. Tudo era festivo e envolventes. Tudo era alegre. O clima era contagiante. 



2 comentários

  1. O florescer do amor e sempre grande descoberta de emoções na vida dos adolescentes ,

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Ana Liberato