sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Resenha: “Muito Mais que 5inco Minutos” (Kéfera Buchmann)

Por Kleris: Após Bienal do Livro de 2015, se você não sabe quem é Kéfera, atualize-se e rápido. Ao contrário de críticas e polêmicas, Buchmann representou e muito no maior evento literário do país, reconheçamos. Quantos não leitores você já trouxe para a leitura só esse ano? Pois é, duvido chegar na marca dela.

Como foi comentado nesta matéria, sucessos do youtube são sucessos por alguma razão e mostrar a história dessas pessoas é como qualquer outra: ela está lá, independente do que é capturado pela câmera e do gosto geral das pessoas. Todos temos uma história – no caso de Kéfera, coloque aí uns causos. Mas deixemos essas questões de fenômenos de lado.

Em Muito Mais que 5inco Minutos temos um retrato do espírito zombeteiro e zoeira que é Kéfera. Ê menina peidada da cabeça! De ponta a ponta, o livro traz uma porção de causos, daqueles que todo mundo meio que coleciona na vida (inevitavelmente) – e diz que vai escrever em um livro – e, por ser tão comum, é fácil se identificar: ser criança, ser (ou não) criativo, ir pra escola e lá passar basicamente os piores momentos da sua vida, ficar perdido, ter inúmeras dúvidas, aprender no erro e etc, etc.

Não conheci Kéfera há muito tempo, e, como todo mundo, só aquelas histórias que ela conta em 5inco minutinhos. Toda aquela confiança, esperteza, loucura, hiperatividade, imaginava eu ser algo que fazia parte dela há muitos anos... E não, não é bem assim – e quando se trata de primeiras impressões, não é bem assim com quase ninguém. Nos cinco minutinhos que aqui se prolongam, Kéfera traz pontos comuns da vida jovem e não é tão nonsense quanto se costuma pensar. Na verdade, há muitos alertas e dicas, daqueles que gostaríamos de saber quando éramos crianças sem perspectivas. 
Não estou dizendo que a escola é uma coisa inútil. Muito pelo contrário. Lá você vai aprender lições importantes até mesmo para construção do seu caráter e da sua personalidade. Também pode, quem sabe, descobrir qual a sua vocação :) 
Lógico, tudo tem limites e, caso um dia esteja sendo julgada em um tribunal (o que não é exatamente o que espero pra mim, mas enfim...), não serei louca de mandar a juíza tomar lá naquele lugar. Acho que ninguém seria louco a esse ponto (pensando bem, algumas pessoas, não sei não...), mas o exemplo extremo é para deixar bem clara a diferença entre agir com originalidade e fazer a mesma coisa abandonando o bom senso.
Direta e indiretamente, ela faz colocações sobre os temas com que mais tem a ver, guardando sempre essa vibe transloucada, e ainda assim, consciente – e isso tanto para os assuntos sérios quanto para os menos sérios. Com certeza você encontra umas situações bem cotidianas, outras razoáveis, umas alarmantes e umas bem HAHAHA MEU DEUS, KÉFERA (vide últimos capítulos – ATENÇÃO NA PÁGINA 132).

Enfim, tem muita besteira, e besteira da boa, rondando basicamente dos 5 aos 20 anos da moça, antes de seu estrelato. A gente já acredita que a vida é uma saga, mas Kéfera, ela mostra como alguns clichês permanecem vivos por aí – e lascando com todo mundo. Buchmann agora é desinibida, então acho que há sempre a esperança de uma reviravolta por aí. Ninguém precisa ser sempre uma extraordinária, peculiar e super heroína pra uma grande realização. 
Não demorou muito para o pessoal da minha classe me escolher como objeto de zoeira. E em pouco tempo eu já odiava a escola inteira e vice-versa. Sempre fui o tipo de garota que atrai treta. Talvez fosse porque eu fazia muita besteira.
A edição também não fica atrás. Já conhecia o primor da Paralela e mais uma vez fizeram um ótimo trabalho – tem Vilma pra todo mundo! Mara para o fandom, mara para o jovem leitor. Vocês nem vão sentir o quanto as páginas vão passar rápido.




(clique em cima para melhor visualização)
Kéfera, com certeza, é produto do seu enorme talento e da capacidade inesgotável de criar. Sempre focada nas pessoas, em emoções, na ressonância de sua comunicação inteligente, dinâmica e atual, que tão bem reflete o estilo de ação no mundo da internet. (Prefácio fofo)

 
(clique em cima para melhor visualização)

E para os costumeiros haters - haters gonna hate, a melhor expressão para esse livro é aquela que o Chandler (Friends) fala em uma peça publicitária quando tenta vender um tênis/patins (S09xE15): Inadequado para adultos. Ou seja, se você não é um jovem dessa era de conteúdo, não vai curtir tanto quanto um.
  
P.S.: Vale MUITO esse vídeo sobre livros de youtubers e preconceitos envolvidos, do Cabine Literária.


Se já leu ou tem interesse, fala aí nos comentários o que você acha :) VLW, FLW.

Até a próxima! 




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Ana Liberato