quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Resenha: "Nem tudo será esquecido" (Wendy Walker)

Por Sheila: Oi pessoas! Como vão todos e tod@s? Trago a vocês hoje mais uma resenha de um Thriller psicológico que eu devorei em poucos dias! É uma temática que pode ser pesada para algumas pessoas: a protagonista é brutalmente estuprada, e algumas das cenas são registradas com riquezas de detalhes.

Então, se você não tem estomago forte para essas coisas ou, por razões pessoais, não se sente confortável com este tipo de leitura, não recomendo nem a leitura da resenha ou do livro.

Aos que decidiram prosseguir, vamos lá. O livro começa sendo narrado em primeira pessoa por alguém que só vai se identificar a certa altura da história. Esse alguém começará nos narrando exatamente o que aconteceu com Jenny Kramer naquela noite.

Ele a seguiu pela mata atrás da casa. O chão estava coberto de vestígios de inverno, folhas secas e galhos que tinham caído nos seis meses anteriores e se acumulado embaixo de uma cama de neve. Talvez ela tenha escutado ele se aproximar. Talvez ela tenha se virado e visto a mascara de la preta cujas fibras foram encontradas debaixo de suas unhas. Quando caiu de joelhos, o que tinha sobrado de galhos quebradiços estalou como ossos fracos e arranhou sua pele ... Seu cabelo estava molhado quando a encontraram.

Sim, Jenny Kramer foi brutalmente violentada enquanto participava do que deveria ser uma festa adolescente onde daria seu primeiro beijo. O incidente choca a pequena e pacífica cidade de Fairview, mas choca ainda mais seus pais. Jenny tem a combinação de uma mãe com passado e vida cheia de segredos, que vê no esquecimento uma benção;  e um pai submisso e extremamente emocional. Ambos não sabem como lidar com o que aconteceu com sua filha.

Assim, quando os médicos surgem com uma droga experimental, que promete fazer com que a filha esqueça por absoluto tudo o que aconteceu naquela noite - o que no livro é narrado com uma riqueza de detalhes que não me atrevo a reproduzir aqui - essa parece ser a solução perfeita. Mas, assim como nos diz o título do livro, "nem tudo será esquecido" - e é a partir das coisas não esquecidas que a história realmente começa.

O pai a encarou. Tenho quase certeza de que ele não percebia o que estava fazendo (...) Ela levantou o olhar para dar o que ele queria, um sorriso afável. Ele sorriu de volta e, quando fez isso, Jenny falou que via angústia nos olhos dele desde aquela noite na mata. Ela se perguntou se ele via a agonia dela também. Se ele via, ambos sorriam um para o outro e fingiam não enxergar.

Confesso que o início do livro foi um pouco cansativo, mas a trama acabou me "pegando" la pelas páginas cento e alguma coisa. Apesar de eu ã me identificar muito com a estilística de escrita da autora, ela consegue criar um clima de suspense de tirar o fôlego e faz com que as páginas praticamente se virem sozinhas.

É também aquele estilo de escrita que te "conta" parte da história de maneira antecipada, instigando a curiosidade e fazendo com que o leitor queira chegar logo no momento em que a cena acontece, e descobrir como a mesma vai se desenrolar.

Mas o final ... ah, que decepção. Depois de tanto mistério, depois de tanto suspense e tanta adrenalina achei o final tão (e aqui faço uma pausa na escrita tentando encontrar a palavra que defina o "bleee" que me vem a mente) fraco, que esse é um daqueles livros que me pergunto se realmente valeram a pena ser lidos.

Não é que o livro não tenha sido bem escrito. A historia foi bem construída. As passagens técnicas, para mim que sou da área, foram muito fidedignas. E o final foi muito bem explicado, sem pontas soltas. Acredito que eu só esperava algo mais contundente, talvez ao estilo Stephen King, depois de ler na contra capa do livro que o final era "surpreendente".

E vocês o que acharam? Comentem e façam uma resenhista feliz! 

Abraços e até a próxima.

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Ana Liberato