sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Resenha: “Quase um romance” (Megan Maxwell)


Tradução de: Lígia Azevedo

*Por Mary*: Preparadas para uma leitura bem amorzinho e uma resenha nada imparcial? Espero que sim!

Conforme vocês devem se lembrar da resenha de Os Príncipes Encantados Também Viram Sapo, meu último encontro com Megan não foi dos melhores. Mas, porém, contudo, todavia, entretanto, não obstante, uma história de amor assim como a nossa não poderia acabar dessa maneira – e ainda bem que não acabou!

Em Quase um romance, encontramos tudo o que melhor define Megan Maxwell: espanholadas, música, Madri, boys magya, romance e muuuuuuuuita sensualidade. Tudo da melhor qualidade.

E pra entrar bem no clima, aperta o play aí, migs:



Rebeca vê sua vida solitária ir embora com a chegada da cadelinha Pizza, sua grande companheira de vida, até que o destino coloca Paul Stone no meio do caminho. Com seu olhar penetrante e uma voz de derreter até gelo, o piloto de moto GP, não desistirá tão fácil daquela mulher implicante e espirituosa; e tem absoluta certeza de que ela é exatamente o que procurava. Com um empurrãozinho de sua filha Lorena e da cadelinha Pizza, Paul terá que lutar para ganhar a confiança de Rebeca, que não está disposta para se abrir a um novo relacionamento. Como, então, lidar com a proximidade desse homem gentil, companheiro e que faz seu coração bater mais rápido do que o velocímetro de sua moto?
- Você está sempre na defensiva. Só estou pedindo que jante comigo, nada mais. Não precisa dormir comigo. É só um jantar.
Ai que calor... que calooooooooor, pensou Rebeca, sua imaginação correndo ao ouvir aquilo. Mas não! Ela era uma boa garota, e boas garotas não pensavam naquelas coisas. Ou pensavam?
Paul cravou seu olhar inquietante nela. O que mais queria era conhecê-la a fundo e saber por que fugia dele. Algo nela indicava que deveria ir devagar, mais devagar do que estava acostumado. Rebeca era diferente das mulheres vazias e interesseiras que haviam cruzado a vida dele até então.
- Vamos ver, Paul – respondeu ela, com um sorriso. – Não estou preparada para sair com ninguém agora. Não quero ninguém forçando a barra, para complicar a vida. Entende?
Ele sorriu.
- Tudo bem. Desculpe ter insistido. – Levando as mãos à cabeça, completou: – Reparou quantas vezes já pedi desculpas a você hoje? [...]
 
Narrado em terceira pessoa, a autora nos leva a uma leitura frenética, que só se encerra à última página. Devo ter devorado este livro em dois ou três dias, comprometendo muitas de minhas obrigações no processo, mas não me arrependo nem um pouco!

Quase um romance traz um ritmo acelerado, que condiz perfeitamente com a profissão de Paul. Carregado de perigo e amor, esta obra aborda a vida da mulher moderna, que se divide em mil, trabalhando, cuidando da casa, da família e dos amigos; e que, ainda assim, não deixa a si mesma de lado e também quer para si uma história de princesa.

Além disso, temos o resgate de temas sérios e atuais, como a violência doméstica e o assédio moral no ambiente de trabalho; e o que mais me impressiona – e encanta – é o recorte utilizado pela escritora para não tirar a leveza da história, apesar das tramas densas. Tudo isso com o cuidado de não comprometer a seriedade destes assuntos. 
Sei que errei escondendo meus problemas e quero evitar que o mesmo aconteça com você. Eu amava muito Alfonso. Mais que minha própria vida. Ele não era o mesmo no começo e no fim do nosso relacionamento, mas, apesar de saber que ele me roubava e se drogava, eu o amava. Não queria aceitar o que estava acontecendo e continuava enganando a mim mesma.
Não é à toa que as fãs de Megan Maxwell se autodenominem Guerreras Maxwell, porque os livros escritos por Megan traçam bem esse perfil feminino: mulheres guerreiras, teimosas, determinadas e absolutamente autossuficientes. Lembrando sempre, claro, que autossuficiência não tem nada a ver com falta de interesse romântico. Muito pelo contrário, somos tão autossuficientes, que no fim do dia também queremos uma conchinha goxxxtosa pra chamar de nossa.

Penso que Quase um romance resgatou perfeitamente o que de melhor há nesta que é uma de minhas escritoras prediletas do gênero romântico.

Portanto, se você quer suspirar bastante, se divertir muito, ficar eletrizada com um enredo envolvente, se encantar com uma história bem escrita e terminar a leitura com aquele sorrisinho maroto no rosto, não deixe de ler Quase um romance. É hot, é amorzinho, tem selo Mary Leite de qualidade.

E antes que me esqueça, eu não poderia encerrar esta resenha sem fazer um elogio – merecidíssimo, diga-se de passagem – à equipe de produção da Editora Companhia das Letras, selo Suma das Letras. A edição está linda, diagramação bacana e a capa simplesmente MA-RA-VI-LHO-SA. Nota 10!
Kevin sentiu que estava sobrando ali. Tentando não fazer barulho, levantou-se, pegou a jaqueta e abriu a porta da cozinha para sair.
- Ei, amigo – chamou Paul, olhando para ele. – Tenho uma jaqueta igual a sua.
Com um sorriso afetuoso, Kevin olhou para o casalzinho reconciliado e disse:
- Então temos os dois muito bom gosto.
- Muito obrigado – disse Paul, abraçado a Rebeca.
Kevin assentiu, enfiou as mãos nos bolsos e saiu. Emocionado, Paul fechou os olhos. Sempre seria agradecido a Kevin. Uma vez só com Rebeca, voltou a beijá-la com suavidade e então a pegou em seus braços e a colocou no colo.
- Lembra o dia em que nos conhecemos naquela loja?
Ela assentiu, feliz e sentimental.
- Como esqueceria? – respondeu, cheia de amor. – Foi o dia em que, sem saber, me apaixonei por você.



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comentários

  1. Olá.
    Vi a foto do livro lá no seu insta e resolvi passar aqui para conferir sua opinião sobre o livro. Eu só tive três contatos com a escrita da Megan. Peça-me o que Quiser, que não gostei, Você se Lembra de Mim? que me conquistou e Desejo Concedido que fiquei no meio termo, por isso queria muito ler alguma resenha deste, para me decidir pela leitura. Acho que darei uma chance e espero gostar tanto quanto você. Bjus
    Lia Christo
    www.docesletras.com.br

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Ana Liberato