sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Retrospectiva Dear Book 2016 – Grupo Editorial Companhia das Letras (Parte 3)

Se você está procurando por um livro e não sabe bem qual adequar ao momento – ou mesmo está em dúvida sobre levar ou não um livro a mais no carrinho de compras numa promo, vamos destacar neste post livros e trechos de resenhas da nossa equipe, de 2016. Esperamos que isso ajude nossos caros leitores na hora da compra ;) Acompanhem as retrospectivas!

Obs: nem todos os livros são lançamentos de 2016.

EDITORA COMPANHIA DAS LETRAS

Selos: Seguinte, Paralela, Alfaguara, Boa Companhia, Companhia de Bolso, Companhia de Mesa, Companhia das Letrinhas, Quadrinhos da Companhia, Penguin, Objetiva, Suma de Letras, ClaroEnigma, Fontanar, Breve Companhia, Foglio, Panelinha, Ponto de Leitura.


Samba
Delphine Coulin
Resenha completa aqui

Este livro mesmo eu demorei muito para desandar, pois quando eu li o primeiro capítulo logo entendi o quanto mexeria com as minhas emoções. O quanto me faria pensar em coisas que eu não queria e a angústia que eu sentiria com a vida sofrida do personagem. Confesso, demorei pra retomar a leitura e quando o fiz, fui dormir com os pensamentos tumultuados, pois não conseguia deixar de pensar naquilo que tinha acabado de ler. [...] Como não torcer por um personagem que adota um novo país como a sua própria pátria. Como não torcer por um personagem forte que não quer apenas continuar vivo, mas que deseja VIVER uma vida normal em um lugar que ama tanto. O sonho de Samba é tão intenso que é impossível não se apegar ao personagem e esperar que a vida só lhe traga coisas boas.
Eu recomendo muito esta leitura, pois a história é simples, mas muito rica em detalhes. A tradução para o português ficou muito boa e muito agradável de ser lida. Apesar das partes tristes e chocantes, acredito que retrata muito bem como pode ser a vida de um imigrante.


Esta terra selvagem
Isabel Moustakas
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A narrativa não poupa o leitor dos detalhes violentos, muitas vezes de revirar o estômago. O suspense e o elemento surpresa nos prendem na história e são o principal trunfo do livro. 
Mas a partir de pouco mais da metade do livro a história começa a seguir um ritmo um tanto desconexo com o que foi apresentado até então. Os acontecimentos se desenrolam com uma rapidez que não se encaixa na história e da poucas chances de desenvolvimento dos personagens que vão surgindo e as relações entre eles. O desenrolar da narrativa acontece de supetão, não dá tempo ao leitor de absorver e se localizar na sequência.
Apesar do final acelerado, que confesso ter me decepcionado um pouco, a leitura flui bem. O livro é bem escrito e a história de ficção nos choca não apenas pela narrativa violenta mas também pela consciência de que grupos de radicais intolerantes existem e crimes como os descritos no livro já foram —e são— noticiados em muitas matérias do Fantástico e Jornal Nacional.


A coroa – série A seleção vol.5
Kiera Cass
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Em cada livro eu fui me apegando mais e mais. Neste livro eu dei uma emperrada no começo, mas depois a história começou a se desenvolver, acontecimentos que te deixam de boca aberta, segredos, amores, risos, sustos, decepções e muito mais sentimentos. Pena que será o ultimo livro da Seleção (choramos!), mas Kiera Cass fez o mundo de America ser o sonho de muitos, um conto fantástico misturando realidade e contos de fadas, porem sem perder a essência e sentido da história.


Uma história de solidão
John Boyne
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O livro critica fortemente a vista grossa que a igreja católica fez/faz pros casos de pedofilia e Odran é a personificação da negligencia cometida pela igreja.
É incômodo, e acho que essa foi a intenção do autor [...] Há uma crítica forte também, ainda que não tão descarada, em relação ao endeusamento que os fiéis da igreja católica atribuem? atribuíam aos padres. Como se estes fossem criaturas divinas enviadas diretamente dos céus. Aos olhos de John Boyne fica clara a intenção de mostrar que padres são pessoas comuns como todos nós, podendo ser criminosos ou não, o fato de serem pessoas que dedicam sua vida a igreja não os isenta das falhas que atormentam a todos os seres humanos.


Maré congelada – série A queda dos reinos vol.4
Morgan Rhodes
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Diante dessa explosão de acontecimentos do último livro, devo confessar que esta continuação foi boa, mas um tanto quanto morna. [...] É somente do meio para o fim que o livro começa a ganhar uma cadência mais acelerada, e que acontecimentos de fato relevantes começam a surgir na história, fazendo-nos ansiar por cada novo acontecimento, cada novo capítulo. Este é o quarto livro de uma coleção de seis, logo, ficarei eu aqui mais uma vez ansiosa pela continuação e, claro, desfecho desse épico sobre magia, poder e desolação. Recomendo!


Revival
Stephen King
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Ao longo da narrativa somos guiados por temas delicados, como fanatismo religioso, a fé, drogas, discriminação racial e morte, sempre aliados a uma boa dose de terror, sarcasmo e do sobrenatural que está tão próximo do real que talvez seja o ponto crucial do livro. O final surpreendente quebra a narrativa um pouco descritiva demais e em alguns momentos meio “arrastada”.

QUAL O LIMITE ENTRE A LOUCURA E A SANIDADE? ENTRE O REAL E O SOBRENATURAL?

ATÉ ONDE PODE NOS LEVAR A CURIOSIDADE AO REDOR DO "ALÉM DA MORTE"?


O menino no alto da montanha
John Boyne
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[...] John Boyne desenha de modo muito delicado os fatos que compõem sua trama, impondo em sua escrita impressões e marcas tão sutis que somente um leitor mais atento não deixará passar despercebido. Não é nenhum demérito, muito pelo contrário, porque o leitor desatento, apesar de perder parte da maestria deste grande escritor, ainda poderá se deliciar com uma história bem contada, envolvente e fundamentada com uma pesquisa minuciosa acerca do corte histórico a que se propõe contar.
[...] É muito difícil não encarar O menino no alto da montanha de uma tacada só – eu mesma não consegui fazer isso. Contudo, eu aconselho uma leitura com calma, pois, francamente, Boyne é uma leitura que precisa ser apreciada, curtida, refletida. Sabem como é, façam o que eu digo e não o que eu faço. Embora nada os impeça de ler várias vezes, claro. [...] vou ficar por aqui deixando a minha mais sincera indicação aos leitores que se interessam por temas históricos, especialmente a Segunda Guerra Mundial. Portanto, se você deseja um romance interessante, uma trama envolvente e reflexiva, inteligente, bem amarrada e com mil outras qualidades, não deixe de conhecer Pierrot, O menino no alto da montanha.


O fio dourado – série Reckless vol.3
Cornelia Funke
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O Fio Dourado é um livro muito mais extenso do que os dois volumes anteriores, talvez por que muitas pontas ficaram soltas e haviam muitas perguntas a serem respondidas, e também o mais denso. Por mais que seja um livro repleto de referência aos clássicos contos de fada, sua temática é bastante adulto, os personagens são complexos e bem construídos e o ar soturno continua acompanhando a escrita de Cornelia.
O final não deixa absolutamente nada a desejar, fazendo com que, ao concluir a leitura, saibamos que todas as páginas lidas, expectativas criadas e a longa, longa, muito longa espera por esse desfecho valesse muito a pena.


Ninguém vira adulto de verdade
Sarah Andersen
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O universo que ela traz é o feminino, com nossas inseguranças, costumes, maus hábitos, inconveniências e insanidades com que nos deparamos no dia a dia. Sarah também passeia pela autoestima, relacionamentos, responsabilidades e grandes ideais sociais. [...] É desses livros que a gente folheia, cai numa página e ri litros. Passa pra outra página e mais e mais litros. De leitura extremamente rápida, é mara para qualquer lugar que você possa ler e gargalhar às alturas. Talvez ler em um busão ou metrô te faça encontrar exatamente o embate que Sarah coloca nas tirinhas.
Sarah é hiper carismática e tem traços que enfatizam bem as emoções e sensações que quer transmitir. Ao destacar o comportamento desta geração, ela nos faz sentir completamente normais (somos, ué!). A imagem de capa traz exatamente a loucura que é ser um adulto perante a sociedade e viver internalizar outra concepção. Fica essa eterna dúvida de quando vai começar mesmo a vida adulta.


Quase um romance
Megan Maxwell
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[...] temos o resgate de temas sérios e atuais, como a violência doméstica e o assédio moral no ambiente de trabalho; e o que mais me impressiona – e encanta – é o recorte utilizado pela escritora para não tirar a leveza da história, apesar das tramas densas. Tudo isso com o cuidado de não comprometer a seriedade destes assuntos. [...] Portanto, se você quer suspirar bastante, se divertir muito, ficar eletrizada com um enredo envolvente, se encantar com uma história bem escrita e terminar a leitura com aquele sorrisinho maroto no rosto, não deixe de ler Quase um romance. É hot, é amorzinho, tem selo Mary Leite de qualidade.



Autobiografia interativa
Neil Patrick Harris
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Nesta biografia, ele te faz sentar e te dá o console do videogame que ele chama de vida. De verdade. Não só somos colocados diretamente na pele de Neil conforme essa vida começa a passar, como somos nós quem determina pra onde seguir pelos capítulos, ao melhor estilo de livro-jogo. Assim, Autobiografia interativa é um título que entrega tudo em duas palavras e não poderia imprimir o Neil melhor. A criatividade, humor, sagacidade e amor transbordam das páginas conforme as viramos.
[...] Uma das coisas que mais me encantou foi essa visão de brilho nos olhos que Neil traz. Sabe uma paixão pelas pessoas? Pelo trabalho? Pela arte? Esse é o tipo de pessoa que move outras milhares. O maior medo de artistas como Neil é justamente ser rejeitado pelo que ama, pois o preconceito é o que os barram de mostrar quão maravilhosos são. Mas o fascínio seu falou mais alto e suas excentricidades fazem toda a diferença. Neil hoje inspira arte e expira amor. Ele merece palmas calorosas de seu público.

A décima segunda noite
Luis Fernando Veríssimo
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Não imaginava o tamanho tesouro de Veríssimo que tinha em mãos! [...] Entre os disse-me-disse de Violeta, Orsino, Olívia, César, Negra, Malvolio e outros, nos embrenhamos nos mal-entendidos, mistérios e toda emoção. A leitura é super rápida, de uma sentada, com muitos OH-MY-GOD! para soltar. Mon Dieu, são muitos babados numa só novela! Por isso mesmo não indico lugares que possam interromper a leitura, pois você não vai querer largá-lo de jeito nenhum.
Super legal também é o show de representatividade que Luis coloca, de maneira tão natural, além de tratar de uma época interessante da história do Brasil e França. [...] Se você procura um bom livro com gostosas sacadas, suspense, humor, conspiração e confusão, com toda a certeza, é A décima segunda noite, de Luis Fernando Veríssimo!

Veja outras retrospectivas aqui

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Ana Liberato