segunda-feira, 10 de julho de 2017

Resenha: "A Zona Morta" (Stephen King)

Tradução: Maria Molina

Por Sheila: Oi pessoas! Resenha de livro M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O para vocês!! (ok, perdoem o entusiasmo, mas eu sou uma Kingmaníaca confessa) seguindo com esse presentão aos fãs do Stephen King preparado pela nossa querida Suma de letras.

Lançado originalmente em 1979 e adaptado para as telinhas em 1983, com o título um pouquinho modificado - "Na hora da Zona Morta" - esse pode ser considerado um dos clássicos de Stephen King, e talvez também uma das melhores adaptações para o cinema, o que pode ser explicado pela simplicidade do seu enredo.

Já no prólogo, ficamos sabendo que algo aconteceu a John Smith em janeiro de 1953, quando ele tinha apenas seis anos de idade, algo que talvez explique por que ele se tornou o que se tornou, mas uma daquelas narrativas bem ao estilo King: ele nos relata os fatos, e deixa a nosso cargo decidir no que queremos ou não acreditar.

- Ei moleque! - gritou alguém. - Sai da frente!
Johnny não ouviu. Estava conseguindo! Estava patinando para tras! Tinha pegado o jeito - de uma hora para outra. Tudo dependia do ritmo no vaivém das pernas ...
Chuck Spier viu o que ia acontecer. Ele se levantou e gritou:
- Johnny! Cuidado!
O pequeno John Smith ergueu a cabeça ... e um instante depois o desengonçado patinador, com todos os seus setenta e três quilos, bateu a toda velocidade contra ele.

E foi assim, num esbarrão quase bobo, que John bateu a cabeça pela primeira vez. Mas, como não pareceu nada grave e, apos um breve período de confusão o menininho levantou-se e voltou  a falar como se nada tivesse acontecido, ninguém deu muita ênfase ao ocorrido. Na verdade, os pais de John nem chegaram a ficar sabendo.

Da mesma forma, os pequenos atos premonitórios que começaram a acompanhar John desde então passaram completamente despercebidos. Ora, saber a próxima musica a tocar no rádio não é considerado um ato premonitório sério, é apenas coincidência, e algo que afeta nada ou quase nada a vida de uma pessoa.

É apenas após o segundo acidente que a vida de John Smith realmente se modifica, e após a segunda pancada na cabeça.

Mais ou menos ao mesmo tempo, seremos apresentados a Greg Stillson, com seus 22 anos de idade no verão de 1955. Stillson vendia biblias, após seu negócio com pinturas de casas haver falido. Greg vivia como uma espécie de caixeiro-viajante, sempre na estrada. Começamos a descobrir que Greg talvez não seja uma boa pessoa quando, na ausência dos donos de uma fazenda que visitava, ele borrifa amônia no cachorro de guarda da familia, e depois quase o mata a pontapés.

Há algo de errado com John Smith, em sua cabeça, que o faz enxergar e saber coisas que não gostaria. Mas, definitivamente, há algo de errado com Greg Stillson, em sua cabeça. E ele fará de tudo para esconder isso das outras pessoas.

Algumas semanas antes, levara uma moça para o celeiro (...) Depois de ser possuída, a moça disse que teve a impressão de ter sido seduzida por um pastor. Então Greg a esbofeteou, ele mesmo não sabia por que. Deu-lhe um tapa e foi embora.
Bem, não.
Na realidade, ele deu três ou quatro tapas. Até ela começar a chorar e depois gritar pedindo socorro. Então ele parou e de alguma forma (teve que usar cada grama do charme que Deus lhe deu) conseguiu consertar as coisas com a moça. Foi nessa ocasião que sua cabeça começou a doer, os grão pulsantes e brilhantes disparando, dando cambalhotas no seu campo de visão. Ele tentou dizer a si mesmo que era o calor, o calor explosivo do celeiro. Mas não foi apenas o calor que fez sua cabeça doer: foi a mesma coisa que sentiu no pátio da fazenda quando o cachorro rasgou sua calça, uma coisa obscura e insana.
- Não estou louco! - gritou ele no carro.


Bem, Greg pode até não estar louco, mas certamente vemos aqui e em outras passagens subsequentes que, a fim de conseguir o que quer, acaba tomando decisões e atitudes no mínimo duvidosas. E, já aqui, percebemos que Johns Smith e Greg Stillson estão em rota de colisão.

Não sabemos onde, não sabemos como, e com certeza ainda não sabemos mas podemos adivinhar o por que: Greg Stillson é perigoso. Como isso vai acontecer, onde, quando, e quais serão as consequências desse encontro deixarei a você descobrir ao se aventurar nas 479 páginas de muito suspense, drama e angústia que King nos reserva neste livro.

Preciso dizer que eu super, hiper, mega recomendo? E preciso reafirmar meu infinito amor pela Suma de letras? Acho que não precisa, não é mesmo?

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Abraços e até a próxima!



2 comentários

  1. Este autor consegue escrever um ótimo suspense, daqueles que te prende do começo ao fim da leitura, e por isso tenho muita vontade de ler suas obras, já que ainda não tive oportunidade. Quando soube do lançamento deste livro fiquei super entusiasmada, pois e possível perceber o quanto e dramático e angustiante esta leitura. Quero muito meu exemplar.


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Ana Liberato