segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Resenha: “Amor Roxo” (Rafael Vitti e Júlia Oristanio)

*Por Mary*: Sem dúvida, uma das coisas de que mais gosto nos poemas do Rafael Vitti é a simplicidade. A forma aparentemente despretensiosa como brinca com os versos e joga com as palavras.

Esse jogo de palavras a que me refiro não se restringe apenas à troca de uma palavra ou outra, mas também – e principalmente – a geração de som, a musicalidade impressa no conjunto e a ordenação dos versos. Todo este aparato reunido resulta em um trabalho capaz de atrair até os leitores mais avessos a rimas.

Longe da poesia clássica, parnasiana, cuja estrutura importa mais do que é dito, Rafael Vitti exerce um importante papel na literatura e talvez nem o saiba: ele aproxima o público jovem de uma categoria literária difícil e muitas vezes encarada como maçante. Ele nos mostra que poesia não é só cult, ela pode – e deve – descrever o dia a dia.

Além do conteúdo muito bem escrito, Amor Roxo possui um bom apelo visual. Sem deixar que este roube a cena, as imagens e combinações de cores complementam os desenhos dos poemas. Eu diria que a atual forma de fazer poesia é justamente essa: o casamento do literato às imagens e sons; o que Rafael e Júlia fazem muito bem, a propósito.


  

Diferentemente do que destaquei em Quer se ver no meu olho?, a respeito da multiplicidade de temas, Amor Roxo parece manter seu foco no amor. Variadas maneiras de amar, em diferentes momentos dele. Sedução, relacionamento, perda, desespero, paixão, satisfação.


  

Eu senti um pouco de falta de saber quem escreveu o quê. Porque como este livro reúne poemas do Rafael e da Júlia, eu gostaria que ficasse um pouco mais clara a autoria. Por outro lado, dá para brincar de adivinhação. O que nos resta, é comparar com os poemas de seu livro anterior, Quer se ver no meu olho?. Será que o fandom aí poderia ajudar esta curiosa resenhista?

 


Mas aí vocês vão me chamar de doida, porque ao mesmo tempo em que senti falta, eu também curti bastante o fato de não saber quem escreveu o quê. Dá aquela impressão de unicidade, sabe? Como se ambos fossem um e acho que essa era a ideia, porque não é como se fossem simplesmente dois autores dividindo um livro, mas realmente um trabalho em conjunto.

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comentários

  1. Poesia e amor. Há combinação mais perfeita? Só se ela vier com dor, aí sim o lance fica completo!
    Sou suspeita para escrever algo, pois amo poesias, ainda mais quando são assim, simples e certeiras.
    Quando vi a primeira chamada para este livro, depois de ter olhado o quanto era lindo visivelmente, o que me mais me chamou a atenção foi esse jogo de palavras. Amo muito tudo isso!
    Quero muito ler e o livro já está na listinha de desejados!
    Beijo

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Ana Liberato