sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Resenha: "Suicidas" (Raphael Montes)


Por Sheila: Oi pessoasssssss? Como vocês estão? Eu recebi da Cia das Letras a nova edição de "Suicidas", primeiro livro escrito pelo nosso querido autor de horror e suspense aqui das terras tupiniquins, Raphael Montes.

Confesso que aqui acabei fazendo um caminho inverso: comecei lendo o Raphael por livros mais recentes e esse, o primeiro, acabou sendo minha última leitura - o que pode ter influenciado um pouco minhas expectativas e, logicamente, minhas considerações sobre a leitura da obra. Mas vamos lá!

A narrativa já começa de forma atípica e original. Escrito em primeira pessoa estão as anotações de Alessandro, apesar de isso só nos ser revelado um pouquinho mais adiante. Iremos acompanhar suas divagações sobre Cyrille's House, lugar palco de toda a ação contida no livro.

Não sou capaz de lembrar a primeira vez que entrei em Cyrille's House. Eu tinha oito meses, e meu universo se resumia a papinha, gugu dadá e berço. Minha mãe sempre fora grande amiga da Maria e compartilhava com ela aquele estilo high society de encarar um pais subdesenvolvido: casas com nome de gente, carros blindados e babás devidamente robotizadas e uniformizadas para cuidar dos filhos (...)
Hoje é a primeira vez que pisaremos em Cyrille's House sem nossos pais. Também não poderia ser diferente. Não estamos indo para brincar no balanço ou nadar na piscina enquanto nossas  mães conversam sobre a última moda em Paris. Dessa vez, vamos por algo muito mais sério. Nos decidimos nos matar.
Logo, ficamos sabendo que Ale, o Alessandro, e Zack, filho de Maria, seguem os passos das mães na amizade sincera. Zack, o típico playboy carioca, corpo sarado, com muitas meninas sempre interessadas em estar ao seu lado. Alessandro, um garoto classe média estudioso, não tão popular com as meninas e que releva o estilo boa vida de Zack, afinal, são amigos de infância.

Eles cursam a mesma faculdade, o mesmo curso - direito - e também possuem uma banda de música que não parece fazer muito sucesso. Tem também outros amigos em comum do pôquer, e frequentam algumas festas juntos, apesar de Ale ter um estilo mais reservado.

Acontece que Alessandro esta cursando Direito, mas seus sonhos não são se tornar um famoso advogado. Na verdade, Alessandro quer ser escritor, e passa boa parte de seus dias trancado no quarto escrevendo, esperando por respostas de editoras que, ou nunca chegam, ou nada mais são do que respostas-padrão que o fazem se entristecer e enfurecer com tamanho pouco-caso.

Não é a toa que, então, o encontraremos narrando o último dia de nove jovens cariocas na terra, o dia em que eles decidiram por um fim à vida através de uma roleta russa: Zack, Alessandro e mais sete amigos, todos com conflitos e entrelaçados num emaranhado de situações que vão sendo narradas ao leitor aos pouquinhos.

É que o livro irá se dividir em três partes distintas: a escrita aqui/agora de Alessandro, narrado os passos dos nove enquanto a roleta russa acontece. Trechos extraídos de seu diário, de acontecimentos anteriores aos narrados no porão de Cyrille's House; e, um ano depois, o encontro promovido entre as mães dos envolvidos, presidido pela Juíza Diana Guimarães, com o intuito de conseguir algumas respostas, algo que justificasse o por que disso tudo.

E vocês? Gostariam de saber o que aconteceu naquele porão? Então não deixem de ler essa história, mas já vou logo avisando: há vísceras, pedofilia, necrofilia, tortura e sangue - muito sangue, espalhado por toda parte. Você terá que ter muito estômago para conseguir continuar lendo em algumas das passagens. Mas como o autor nos avisa e, depois do capítulo fatídico, resume, você pode pular esse trecho se achar melhor.

Agora, ok, vou confessar: não sei se por que li livros mais recentes do autor antes, não sei se por que já li centenas de livros de suspense e terror mas, ah, não da para engolir algumas das motivações por detrás das atitudes de alguns personagens, nessa parte parece que faltou "algo" que o Raphael encontrou em outros livros como "Jantar secreto" por exemplo. Mas não vou dar spoiler, deixo para vocês avaliarem.

Abraços e até a próxima!



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comentários

  1. Tenho quase todos os livros do Raphael(só não tenho O Vilarejo ainda).rs
    Comecei com Suicidas e depois não teve outro jeito senão ler todos! E na minha humilde opinião, Jantar Secreto sem sombra de dúvidas é o melhor!
    Acho que mostra o quanto o autor cresceu desde Suicidas. Não, o livro e a história não são ruins, de forma alguma, pelo contrário, é maravilhoso, mas ainda deixa essa pontinha de "faltou algo".
    Não sou fã do gênero, sou medrosa demais, assustada demais, mas não perco um livro do autor!!
    Beijo

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Ana Liberato