quarta-feira, 7 de março de 2018

[Além das Páginas] Nova Coluna no Ar!


Por 💝Sheila💖:

Oi pessoas! Como já havíamos anunciado no fim de 2017, este novo ano trará algumas novidades e, dentre elas, nossa nova coluna: Além das Páginas! A princípio, a mesma terá euzinha como autora principal, mas a ideia é que a mesma possa eventualmente ser escrita por algum outro membro do nosso querido Dear Book, autores convidados e, quem sabe, VOCÊ (é, você mesma (o) aí nos lendo) não participa também?

A ideia da postagem de hoje é explicar para vocês o que é e como funcionará nossa nova coluna! A cada nova postagem, iremos anexar o link para essa postagem onde falamos de nossa proposta, expectativas e intenções - e, claro, onde você pode deixar sua opinião e nos ajudar a "aparar" as arestas!

Além das Páginas será uma coluna voltada para análise de adaptações cinematográficas de livros. No plano pessoal, é algo sobre o qual sempre tive um enorme desejo de escrever, e é uma alegria imensa finalmente concretizar esse projeto aqui no Dear Book! No que diz respeito ao blog, fazia bastante tempo que nenhum dos nossos colaboradores se dedicava exclusivamente a um tema específico, e pensamos em conjunto que, neste ano, seria interessante tentar algo novo.

Agora quanto a sistemática da avaliação: por mais que o livro e as telonas de cinema sejam duas mídias distintas, que apresentam linguagens diferentes - enquanto o livro geralmente é mais denso e detalhista, o cinema tem a vantagem  da expressão corporal, música, jogo de câmeras, etc - é inegável que algumas adaptações conseguem se manter mais fiéis ao original enquanto outras parecem carregar de igual somente o título.

Como avaliar se uma adaptação é "boa" então? Vamos aos aspectos que compararemos ao elaborar nossa coluna:

Fidelidade: Bom, toda historia que se preze possui um tema, um núcleo central, uma trama. Se a trama do livro diz respeito a uma jornada do herói, por exemplo, transformar isso em um romance pode ate atrair um publico maior do ponto de vista do marketing, mas não será fiel à história. Além disso, excluir personagens importantes, acrescentar outros que não existiam, alterar o desfecho, todas essas questões fazem com que a adaptação perca nesse quesito.
Ou seja, entendemos que, na adaptação, obviamente há espaço para a criação criativa e reelaboração. Mas não a ponto de que as duas obras parecerem trabalhos distintos de tão distantes em sua proposta. Fidelidade é algo muito diferente de literalidade.

Caracterização das Personagens: Outro ponto que às vezes pode ser considerado problemático, ou não, dependendo muito de como será desenvolvido. Mas, imaginem, no livro a personagem principal é descrita como alguém com baixa auto-estima por ser gordinha e enfrentar bullying e no filme ... ela se transforma em uma loira estonteante. Vocês entendem né? Da mesma forma, transformar um personagem que era atirador em arqueiro ou construtor em eletricista, às vezes muda completamente a história de maneira desnecessária.
Mais uma vez: a descaracterização de um personagem principal pode engendrar mudanças significativas na história ou, até mesmo, tornar alguns conflitos implausíveis ou nulos.

Transmissão de Sentimentos: Muito entrelaçada com a questão da fidelidade, diz respeito à ideia que o autor do livro tentou nos passar. Algo como a essência da obra literária. Dizer a mesma coisa, mas em linguagens diferentes, quase como uma tradução. Mas, novamente, não literal.

Alguns exemplos de obras que conseguiram ser formidáveis nesses três quesitos foram as adaptações de  O Senhor dos Anéis ou a As Vantagens de Ser Invisível. Cenas foram cortadas, personagens excluídos, mas o restante estava lá: as personagens, as batalhas, a viagem devastadora e o final possível, não ideal de O Senhor dos Anéis consegue manter a essência da obra. Da mesma forma, conseguimos acompanhar toda a angústia de Charlie, sua tentativa de fazer amigos e se encaixar, mesmo quando em algum nível sabemos que ele se sente profundamente errado.

O Lado Bom da Vida, por outro lado, tem alguns elementos da obra original, mas são histórias completamente diferentes. Enquanto o livro caracteriza-se por um drama onde mergulhamos nas dificuldades enfrentadas por uma pessoa com transtorno psiquiátrico, devido ao filtro limitado pelo qual elas enxergam a vida, e o consequente sofrimento involuntário que causam aos que estão à sua volta, o filme é uma comédia romântica com final açucarado.

O filme é bom? Maravilhoso! O livro? Esplêndido! Mas desde que sejam vistos de forma independente, separada. Se você ler a obra antes e esperar o mesmo sentimento ao ver o filme, ficará decepcionado.

Por fim, claro que entendemos que estas nomenclaturas e teorizações, na prática, podem ter uma qualidade muito mais subjetiva do que qualquer outra coisa. mas, no fim das contas, tudo o que se pensa, diz e - logo - se escreve não seria exatamente isso, nossa leitura particular de um dado feito, uma dada realidade, que inevitavelmente passa pelo crivo de quem somos?

Com essas indagações me despeço, e espero que possamos interagir bastante no decorrer deste ano, para que vocês possam, a partir de suas subjetividades únicas, expressarem neste espaço também o que pensaram das adaptações que trouxermos, bem como sugerir análise de alguma!

Forte abraco!

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2 comentários

  1. Duas paixões se entrelaçando assim? É para começar o dia muito bem!rs
    Amo livros e cinema e a gente, por menos que entenda muita coisa, sempre sabe a diferença entre um e outro. Cinema é adaptação, por isso, precisa ser mais enxuto. Já o livro? Quanto maior, melhor!!
    Vou adorar acompanhar a coluna.
    Beijo

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Ana Liberato