segunda-feira, 11 de junho de 2018

Resenha: "Tempestade de Guerra - A Rainha Vermelha 4" (Victoria Aveyard)

Tradução: Cristian Clemente, Guilherme Miranda, Zé Oliboni e Lígia Azevedo


Sinopse: Mare Barrow aprendeu rápido que, para vencer, é preciso pagar um preço muito alto. Depois da traição de Cal, ela se esforça para proteger seu coração e continuar a lutar junto aos rebeldes pela liberdade de todos os vermelhos e sanguenovos de Norta. A jovem fará de tudo para derrubar o governo de uma vez por todas — começando pela coroa de Maven.
Mas nenhuma guerra pode ser vencida sem ajuda, e logo Mare se vê obrigada a se unir ao garoto que partiu seu coração para derrotar aquele que quase a destruiu. Cal tem aliados prateados poderosos que, somados à Guarda Escarlate, se tornam uma força imbatível. Por outro lado, Maven é guiado por uma obsessão profunda e fará qualquer coisa para ter Mare de volta, nem que tenha que passar por cima de tudo — e todos — no caminho.
Por Sheila: E chegou ao fim! Foram três anos, quatro livros (mais os dois livros de contos) mais de 2000 páginas de torcida, sofrimento, angústia e lágrimas (não, titia Victoria não nos deu muitas alegrias, cada ganho veio acompanhado de uma grande perda), mas, enfim chegamos ao término da Saga A Rainha Vermelha.

Iniciado com livro que nomeia a Saga, já resenhado aqui pelo blog, teve como segundo volume Espada de Vidro e Prisão do Rei, finalizando agora com Tempestade de Guerra. E para quem gosta de evitar spoilers, talvez fosse bom parar por aqui e ler os livros anteriores primeiro.

Gentes! Eu terminei A Prisão do Rei com uma raiva, mas uma raivaaaaaaa do Cal! Ahhhhh que vontade de entrar no livro e dar umas boas de umas sacudidelas naquele menino! Como fiquei braba com aquele final! Trocar a Mare por uma coroa? Por poder? Como assim? Revolta me definia.

Tempestade de Guerra ajuda começando EXATAMENTE onde o último livro terminou: Cal reunido com o "Rei" de Rift para definir as próximas estratégias para a guerra de retomada de Norta, e Mare se afastando com Diana e tentando aguentar a dor de carregar um coração em pedaços.

FICAMOS EM SILÊNCIO POR UM LONGO MOMENTO. Corvium se estende à nossa frente, cheia de gente, mas parecendo vazia. Dividir e conquistar. As consequências estão claras, as linhas foram nitinitidamente desenhadas. Farley e Davidson me encaram com a mesma intensidade, e eu os encaro de volta. Imagino que Cal não tenha ideia, nem uma suspeita, de que a Guarda Escarlate e Montfort não têm a menor intenção de deixar que permaneça em qualquer trono que assumir. Imagino que se importa mais com a coroa do que com o que qualquer vermelho pensa. E imagino que não devo mais chamá-lo de Cal. Tiberias Calore. Rei Tiberias. Tiberias VII.

Só que, mais uma vez, Mare não tem tempo de parar para lamber suas feridas. Uma guerra está acontecendo, com adversários temíveis. Ao mesmo tempo em que Cal aceita ser o próximo rei de Norta, tendo Evangeline como sua relutante consorte, as mulheres de Lakeland - Rainha e princesas - choram a perda de seu amado rei e, claro, em seu coração transborda somente um desejo: vingança.

Esperamos juntas, minha mãe, minha irmã e eu, com a atenção fixa na face sul do horizonte. Uma neblina baixa toma conta da boca estreita da baía, ocultando a península pontilhada por torres de vigia e o lago Eris mais adiante. Algumas luzes das torres piscam em meio à névoa, como estrelas baixas. Conforme ela se movimenta, levada pelo vento, mais e mais torres se tornam visíveis. Estruturas elevadas de pedra, aprimoradas e reconstruídas uma centena de vezes em centenas de anos. As torres viram mais guerra e ruína do que os historiadores podem contar. Suas luzes flamejam, muitas ainda vívidas tão perto do amanhecer. Os faróis continuarão acesos o dia todo, as tochas queimando e as luzes elétricas brilhando. As bandeiras que balançam ao vento são diferentes das que normalmente são vistas em Lakeland. Cada torre exibe o azul com faixas pretas. Para honrar os muitos mortos em Corvium. Para lamentá-los. Para se despedir do nosso rei.

Vamos encontrar diversos atores, em diversas situações distintas. Todos carregando sua dor. Todos com suas razões para fazer o que quer que tiverem que fazer. Cal com sua coroa. Mare com sua revolução. Lakeland com seu luto. Maven com sua loucura, plantada em sua cabeça pela rainha Elara ao longo de incontáveis anos. Evangeline, com sua rebeldia que esconde seu medo profundo em relação à autoridade do pai, o Rei Samos.

No fim das contas, se formos eleger vilões para essa saga, talvez reste a alguns poucos vender essa carapuça, todos das gerações anteriores. A geração mais nova, os adolescentes protagonistas de toda essa situação, Mare, Cal, Maven, Farley, Iris, Evangline, Ptolomeus. Todos estão só tentando fazer o melhor, perdidos entre o que foi, e a construção do Novo, em que eles são protagonistas em sua inépcia e esperança juvenis.

O que eu achei do livro? As lutas são mais políticas do que batalhas - apesar de que teremos uma grande batalha ao final. As palavras são mais usadas como armas do que qualquer outra coisa. Alianças improváveis se formam, máscaras caem, e aprendemos que por detrás de uma guerra não há apenas um exército, mas pessoas com emoções e sentimentos complexos, e que é isso o que pode fazer com que a balança penda, seja para um lado, seja para o outro.

Victoria escreve muito bem. Fluída, ágil, uma narrativa que prende, envolve, emociona e cativa. Mesmo que a ação tenha sido mais lenta, e algumas coisas tenham se desenvolvido de maneira aquém do esperado, foram todos desfechos possíveis, reais. Chegando a ser dolorosos em algumas passagens.

Por mais que muita gente (mas muita gente meeesssmooo) reclame do final aberto, cheio de possibilidades, eu gostei. Me pareceu um final REAL. Afinal de contas, acho que em meio a leitura talvez tenhamos esquecido mas todos eles eram adolescentes, nenhum com mais de 20 anos. Achei natural que o fim não fosse todo redondinho (e não posso explicar melhor para não lançar spoilers). 

E vocês o que acharam? Contem para a gente! Abraços!

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Ana Liberato