sexta-feira, 20 de julho de 2018

Resenha: "Interferências" (Connie Willis)

Tradução: Viviane Diniz Lopes

Sinopse: Combinando humor e romance, Connie Willis, ícone da ficção científica, entrega um livro envolvente sobre os perigos da tecnologia, do excesso nas redes sociais e... do amor. Em um futuro não muito distante, um simples procedimento cirúrgico é capaz de aumentar a empatia entre os casais, e ele está cada vez mais na moda. Por isso, Briddey Flannigan fica contente quando seu namorado, Trent, sugere que eles façam a cirurgia antes de se casarem — a ideia é que eles desfrutem de uma conexão emocional ainda maior, e que o relacionamento fique ainda mais completo. Bem, essa é a ideia. Mas as coisas acabam não acontecendo como o planejado: Briddey acaba se conectando com outra pessoa, totalmente inesperada. Conforme a situação vai saindo do controle, Briddey percebe que nem sempre muita informação é o melhor, e que o amor — e a comunicação — são bem mais complicados do que ela esperava. Mais complicado do que ela esperava.

“Um dos livros de ficção científica mais divertidos dos últimos anos.”— Locus “Um conto de fadas tecnológico extremamente divertido.” — BookPage.

Fonte: Skoob

Por Eliel: Quem diria que com essa capa fofa teríamos uma ficção cientifica ao estilo Black Mirror? Pois é, e uma ficção cheia de humor para tratar de um avanço que sinceramente eu não quero que a tecnologia alcance: a telepatia.

Eis que surge a ideia de uma nova tecnologia que promete ampliar as sensações entre pessoas apaixonadas. Capaz de fazer que a pessoa amada sinta os seus sentimentos e dessa forma a relação entre vocês se estreite ainda mais. 

Com uma pegada de humor, Connie Willis, aborda um tema muito interessante para a nossa geração. O excesso de comunicação entre as pessoas através de aparelhos eletrônicos e redes sociais tem causado muitos problemas nas relações humanas. Está faltando mais olho no olho, mas é claro que essas tecnologias servem para melhorar nossa comunicação, é o excesso que é o problema. As respostas instantâneas têm aproximado quem está longe, mas quem está lado a lado acaba esquecido.

Briddey está apaixonada por Trent, o galã da empresa. Ele deseja que os dois se conectem ainda mais, então sugere uma pequena cirurgia que promete fazer exatamente isso. Na empresa não se fala de outra coisa nas rodas de fofoca. Exceto, como a Commspan irá derrubar o próximo lançamento de smartphone da Apple.

Trent está a frente desse projeto grandioso que é mantido em segredo, por isso anda tão preocupado. Mesmo com tantos afazeres ele está muito ansioso para se conectar logo com sua namorada, Briddey. Ela também está muito ansiosa, isso porque precisa manter isso em segredo da sua família irlandesa superprotetora e tradicional. Além disso, ela também têm muito trabalho para desenvolver novos conceitos e aplicativos para os produtos da empresa.

C. B. Schwartz é o gênio excêntrico por trás da Commspan, é ele quem desenvolve as ideias e produtos. Um gênio da informática e da comunicação que prefere se manter isolado em seu laboratório e longe de outras pessoas. É dele que Briddey precisa para adiantar o trabalho dela para que o final de semana esteja livre para realizar seu EDD, a cirurgia da empatia com Trent.

Entretanto, ao descobrir que ela fará essa cirurgia, C. B., tenta desesperadamente inibir essa ideia maluca. Ele mostra pesquisas, casos, um milhão de motivos para não fazer isso. Ele tem motivos muito fortes para não querer que Briddey se submeta a algo tão nocivo, na opinião dele.

Não adianta, ela faz a cirurgia e agora precisa enfrentar as consequências de seus atos. Por exemplo, após a cirurgia ela desenvolve uma ligação telepática justamente com C. B. ao invés de se conectar empaticamente com Trent.

Com muita relutância e nenhuma opção, Briddey aceita a ajuda de C. B. para lidar com esse problema antes que Trent descubra que seus planos deram errado. A partir daí se desenvolve uma relação fofa entre os dois lidando com as dificuldades de ter várias vozes em sua mente.

A premissa de ficção científica a la Black Mirror é ótima. Tem um grande plano de fundo que permeia a narrativa que faz críticas ao excesso de comunicação, mas não deixa de ser um romance com a típica fórmula do triângulo amoroso. Um livro grande (tem cerca de 400 páginas) com narrativa bem leve. Recomendo.

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Ana Liberato