sexta-feira, 27 de julho de 2018

Resenha: "Sob águas escuras" (Robert Bryndza)

Tradução: Marcelo Hauck

Por Sheila: Oi pessoas! Como estão? Tudo tranquilo? Hoje trago a vocês um romance policial cheio de suspense e aventura, com uma caçada que nos fará vibrar a cada reviravolta.

Sinopse:

“Puxado pelo peso das correntes, o corpo afundou rapidamente. Ela descansou ali, quieta e serena… durante muitos anos.”

Quando a Detetive Erika Foster vasculha, com sua equipe, um lago artificial nos arredores de Londres em busca de uma valiosa pista de um caso de narcóticos, ela encontra muito mais do que eles estavam procurando.

Do fundo do lago são recuperados dois pacotes: um deles contém 4 milhões de libras em heroína. O outro… o esqueleto de uma criança.

Os restos mortais são de Jessica Collins, uma garota desaparecida há 26 anos e que foi a principal manchete de todos os noticiários da época.

Erika, então, precisa revirar o passado e desenterrar os traumas da família Collins para descobrir mais sobre o trabalho de Amanda Baker, a detetive original do caso – uma mulher torturada pelo seu fracasso na busca por Jessica.

Muitos mistérios envolvem esse crime, e alguém que não quer que o caso seja resolvido fará de tudo para impedir que Erika Foster descubra a verdade.

O autor de A Garota No Gelo e Uma Sombra Na Escuridão nos presenteia com outra eletrizante aventura da Detetive Erika Foster.


A história começa no passado, quando duas pessoas são flagradas por um idoso jogando um pequeno embrulho dentro de um lago. Sim, só poderia ser um corpo o que continha aquele pacote e, por mais que ele não quisesse saber a respeito de histórias funestas como aquela, sua casa ficava muito perto, e assistiu a tudo o que acontecia.

O que eles não sabiam era que um idoso solitário vivia perto da pedreira em um chalé abandonado que quase havia sido engolido pelo matagal. Ele estava do lado de fora olhando para o céu e maravilhando-se com sua beleza quando o carro se aproximou da beirada e parou. Desconfiado, o velho se escondeu atrás dos arbustos e ficou observando. Com frequência, a garotada da região, viciados e casais em busca de emoção apareciam ali à noite e ele sempre conseguia afugentá-los.

Já nos dias atuais, somos levados ao mesmo lago, onde a detetive Erika Foster está com uma equipe de mergulhadores em busca de um lote de drogas que foi jogado neste mesmo lago. O que ela e sua equipe não contavam, era encontrar um outro pacote no fundo, um que continha restos mortais do que parecia ser uma criança.

Durante o trabalho forense, eles descobrem se tratar do corpo da pequena Jéssica Collins. Desaparecida a cerca de 26 anos, estava indo a um aniversário poucas casas adiante da sua, quando simplesmente desapareceu. Foi um caso de grande repercussão midiática na época, mas que encerrou-se sem que se tivessem pistas do seu paradeiro.

A van do patologista foi a primeira a ir embora da pedreira. O saco preto com os restos do corpo tinham uma aparência muito pequena quando foi carregado para o interior da parte de trás do veiculo. Apesar de seus anos na força policial, Erika estava abalada. Toda vez que fechava os olhos, via o minúsculo esqueleto com tufos de cabelo e órbitas oculares vazias. As perguntas continuavam martelando em sua cabeça. Quem desovaria uma criança na pedreira? Era algo relacionado a gangues? 

Agora, Erika, que está trabalhando na narcóticos, vê o caso como pessoal, e tenta de todas as formas assumir a investigação. Mas ela irá descobrir que o passado às vezes guarda esqueletos muito mais sombrios do que os de garotinhas encontradas em lagos, e que a verdade às vezes é dura e amarga demais. Afinal, há um preço por persegui-la, e Erika já teve que pagá-lo mais de uma vez. Conseguirá fazer isso de novo?

Eu descobri que Sob Águas Escuras é o terceiro livro da série Detetive Erika Foster. Apesar de todos serem histórias diferentes, e as informações relevantes serem rememoradas pelo autor, parece que não ler os outros faz com que não se entenda muito bem as motivações de alguns personagens, bem como algumas subtramas da vida particular da detetive.

Afora esse fato, o livro é uma leitura ágil, cheia de suspense e ação. A história em si também envolve emocionalmente, afinal, uma criança desaparecida que ressurge de forma tão macabra acaba despertando o paladino justiceiro que reside em cada um de nós.

Além disso, o autor acaba abordando como subtrama questões sociais relevantes, como homofobia, desigualdade de gênero, discriminação por raça, de uma forma que fica bastante condizente com a trama maior, não é nada forçado  numa tentativa desesperada de gerar "ibope", mas tudo muito pertinente.

Recomendo.



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Ana Liberato