sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

[Resenha]: "Onde a Luz Cai" (Allison Pataki & Owen Pataki)

Tradução: Cristina Antunes

Sinopse: Três anos após a queda da Bastilha, Paris fervilha com os ideais da Revolução Francesa iniciada em 1789. A Monarquia foi deposta, a aristocracia, desmantelada, e ergue-se uma nova nação do povo e para o povo.

Inspirado pelo senso de dever patriótico, Jean-Luc, um advogado jovem e idealista, muda-se para a capital com o filho e a esposa, Marie. André, filho de um antigo nobre, foge de seu passado privilegiado para lutar no exército republicano francês junto do irmão. Sophie, uma bela e jovem viúva aristocrática, sobrinha de um poderoso e vingativo general, embarca em sua própria luta pela independência.
Mas a promessa de esperança começa a ser ameaçada pelo medo quando a busca incessante por justiça se converte em fanatismo e gera instabilidade, transformando compatriotas em inimigos e alimentando a sede de sangue nas ruas.

Na luta para impedir que o caos desfaça todo o progresso da Revolução, as vidas de Jean-Luc, André e Sophie se entrelaçam, e eles são forçados a questionar os sacrifícios feitos em nome da nova República.

Com participação de figuras lendárias como Robespierre, Luís XVI e Thomas-Alexandre Dumas, Onde a luz cai é um romance admirável, que se desenrola das ruas e salas de audiências de Paris até a épica marcha de Napoleão pelas areias do Egito. Com detalhes vívidos, os Pataki capturam corações e mentes dos cidadãos da França, lutando pela verdade acima de tudo e pela crença em uma causa maior.
Por Eliel: Esse livro se passa no auge da Revolução Francesa, onde a guilhotina não faz distinção de pobres ou nobres e lava a praça com sangue. Emitir sua opinião ou defender ideais que vão de encontro com o de algum outro grupo pode ser seu último feito antes da cabeça cair em um cesto diante dos olhos da população.

Jean-Luc St. Clair, um advogado idealista que tem desejo de servir ao povo, principalmente os mais afetados pela pobreza. Ir até a capital, Paris, é uma oportunidade de realizar seu trabalho. Junto com sua esposa, Marie St. Clair, eles vivem em um bairro humilde e logo terão um filho. Ao entrar para o Clube Jacobino e discordar dos ideais de Guillaume Lazare, Jean-Luc ganha um poderoso inimigo.

André Valière, renunciou seu título de nobreza e alista-se no exército francês afim de servir ao seu país, assim como seu irmão. Sendo de origem nobre sua vida está em constante risco, principalmente, quando o General Murat parece ter uma rixa com ele e faz de tudo para o destruir. Pode ser por causa do seu recente affair com a sobrinha do General.

Sophie de Vicennes, a sobrinha do General Murat, vive em Paris sob a proteção de seu tio após a morte de seu marido - com quem foi obrigada a se casar. Sua luta é por liberdade dentro de uma sociedade caótica. A perseguição promovida pelo General é implacável e faz com que ela e André fujam de um lugar para outro.

Essas três personagens serão de extrema importância e seus destinos irão se entrelaçar ao longo da narrativa. Os caminhos da Revolução tomam rumos preocupantes, cada dia é derramado mais sangue inocente. O povo está sedento de sangue nobre, após tantos anos de servidão o que eles querem vingança. Ninguém está em segurança.

Além desses, a obra conta com outras personagens que só enriquecessem a obra. Por exemplo, o General Kellermann, que irá viver uma das cenas mais chocantes do livro. Algumas das personagens são reais e icônicos,: Thomas-Alexandre Dumas, Luís XVI, Maria Antonieta e Napoleão.

Os irmãos Pataki construíram uma ficção histórica sensacional em meio há um dos períodos históricos mais impressionantes. São páginas repletas de fatos e conteúdos da História da Revolução. É claro que alguns pontos foram adaptados para se adequar à narrativa, mas isso não faz perder em nada o encanto da obra em relação a realidade. Isso só foi possível graças a grande pesquisa empreendida por eles.

Narrativa emocionalmente envolvente, rica em detalhes, nos mostra a natureza humana em jogo. O medo e o desejo de vingança trazem o pior do ser humano à tona. "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" é um lema bonito, mas na prática é algo utópico. Um romance revolucionário e muito bem vindo, incrivelmente atual para período em que foi baseado.

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2 comentários

  1. Que ficção histórica diferente e interessante. Nunca tinha ouvido falar do livro mas já adorei a indicação!

    www.vivendosentimentos.com.br

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    Respostas
    1. Que bom que gostou, Monique.

      O tema é bem interessante mesmo, quando puder não deixe de ler. É enriquecedor.

      Bom ano e boas leituras

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Ana Liberato