sexta-feira, 19 de julho de 2019

Resenha: "O Príncipe Corvo" (Elizabeth Hoyt)


Tradução: Ana Resende

Sinopse: Assistindo à ruína das finanças familiares, Anna Wren, recentemente enviuvada, vê-se na necessidade de encontrar um emprego. Culta e letrada, torna-se secretária do conde de Swartingham, um homem de um caráter mordaz e inflexível, de rosto e corpo marcado por cicatrizes. A postura do conde faz com que Anna perceba que o trabalho não durará muito. Porém, em um improvável lance do destino, ambos despertam o lado mais secreto um do outro, rapidamente desenvolvendo um desejo mútuo e de forte carga erótica, inicialmente não assumido. Na Inglaterra do Império e das conquistas ultramarinas, às vésperas da Revolução Industrial, conseguirá o preconceito e o conservadorismo separar duas almas feitas para se unirem?

Por Jayne Cordeiro: Estava curiosa a um tempo para ler essa série da autora, até porque nunca tinha lido nada dela, e adoro romances de época. Principalmente quando me disseram que as mocinhas dessa série vão atrás do que querem, fiquei ainda mais motivada. E posso dizer que gostei bastante do livro e estou louca para ler os outros dois.

Ouvi algumas pessoas dizerem que meu temperamento é um pouco… – ele fez uma pausa, aparentemente para pensar – Anna o ajudou: Selvagem?

Para começar gostei muito dos protagonistas. Eles não são o maior exemplo de beleza, mas cada um tem o seu atrativo. Edward é um conde rabugento que coloca qualquer um para correr, menos Anna, que consegue responder do jeito certo e isso aproxima os dois. Os diálogos deles são ótimos e muito divertidos. Ele carrega a tristeza por ter perdido a família a muito tempo e sua beleza para a varíola, e ela a solidão da viuvez por anos e a tristeza de nunca ter tido um filho.

Raiva. Anna sentiu raiva. A sociedade poderia não esperar o celibato do conde, mas certamente esperava isso dela. Ele, por ser homem, poderia ir a casa de má reputação e aprontar por toda a noite com criaturas sedutoras e sofisticadas. Enquanto ela, por ser mulher, deveria ser casta sem nem ao menos pensar em olhos escuros e peitos cabeludos. Simplesmente não era justo. Nem um pouco justo.

Fora os momentos divertidos, o livro consegue ser bem hot, sem sair da ambientação de um romance de época. As cenas são muito bem escritas e sensuais, e a Anna nos conquista por ir atrás do que ela quer. Eu não tenho queixa dos dois, porque eles se complementam na medida certa. Não perdendo tempo com enrolações, e cada um correndo atrás para resolver aquilo que acreditam valer a pena.

Ela descobriu que estava chorando, e lágrimas pingavam por seu rosto e se misturavam com a umidade do corpo de Edward. Não fazia sentido, mas Anna não conseguia impedir as lágrimas. Não mais do que poderia impedir seu corpo de querer este homem ou seu coração de amá-lo.

A história em si também é interessante. Não há nenhuma reviravolta ou surpresa, mas ela segue um ritmo legal, e é bem construída. Não tem situações mirabolantes, e gostei de como os dois se impõe e não se deixam abater pelos "vilões". É um ótimo livro do gênero e ponto de partida para a trilogia Príncipes e para a entrada dos livros da autora aqui no Brasil.


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Ana Liberato