sexta-feira, 17 de julho de 2020

Resenha: "Escândalo de cetim" (Loretta Chase)


Tradução: Simone Reisner

Sinopse: Irmã do meio entre as três proprietárias de um refinado ateliê de ­Londres, Sophia Noirot tem um talento inato para desenhar chapéus luxuosos e um dom notável para planos infalíveis. A loura de olhos azuis e jeito inocente é na verdade uma raposa, capaz de vender areia a beduínos.
Assim, quando a ingênua lady Clara Fairfax, a cliente mais importante da Maison Noirot, é seduzida por um lorde mal-intencionado diante de toda a alta sociedade londrina, Sophia é a pessoa mais indicada para reverter a situação.
Nessa tarefa, ela terá o auxílio do irmão cabeça-dura de lady Clara, o conde de Longmore. Alto, musculoso e sem um pingo de sutileza, Longmore não poderia ser mais diferente de Sophia. Se a jovem modista ilude as damas para conseguir vesti-las, ele as seduz com o intuito de despi-las. Unidos para salvar lady Clara da desonra, esses charmosos trapaceiros podem dar início a uma escandalosa história de amor... se sobreviverem um ao outro.
Em Escândalo de cetim, segundo livro da série As Modistas, Loretta Chase nos presenteia com um dos casais mais deliciosos já descritos. Além de terem uma inegável química, Sophia e Longmore são divertidos como o rodopiar de uma valsa e sensuais como um corpete bem desenhado.

Por Jayne Cordeiro: "Escândalo de Cetim" é o segundo livro da série As Modista. Já contei por aqui que amei o primeiro livro. E até questionei se a autora conseguiria outro livro na série que chegasse ao mesmo nível ou superior ao primeiro. E para mim, ela não conseguiu. Este livro não é ruim. O livro é bom, ainda trás boas qualidades do primeiro, mas ele não conseguiu me conquistar tanto. Não foi uma história que me fez ficar ansiosa para ver aonde iria, e a primeira parte acaba se arrastando um pouco.

A protagonista Sophia é a irmã Noirot responsável por achar soluções inteligentes para os problemas que aparecem. Ela é aquela que manipula uma situação para cumprir seus desejos. O que no momento é útil, já que a loja delas está sofrendo a pressão do casamento de Marcelinne com o duque e agora o risco de ficar sem sua melhor cliente, que é a lady Clara Fairfax. E pelo primeiro livro já vemos que há um clima entre Sophia e Harry, Conde de Longmore. O irmão de Clara.

A primeira parte do livro foi a mais dificil pra mim, porque as coisas demoraram para acontecer. Tudo girou em tentar encontrar a Clara, e o romance não teve nenhuma chance de se desenvolver. Nesse ponto, os diálogos deveriam compensar, mas não foram instigantes ou divertidos. Apesar dessa parte contar com algumas cenas interessantes e até incomuns.

Na segunda parte do livro que a coisa começa a deslanchar. E apesar de não chegar ao ponto do primeiro livro, pelo menos consegue tornar a leitura mais fluída e interessante. E até porque o verdadeiro enredo da história começa realmente aí. Sophia é uma personagem muito boa, porque ela também trás aquela independência e desenvoltura que as três irmãs trazem, e que são um frescor diferencial nos romances de época. Já Longmore não é diferente de nenhum um outro nobre que vejo por aí. Mas o casal funciona bem no final, e o tom da relação dos dois fica mais leve e divertida. E gostei muito de como a autora resolveu as coisas entre eles no final.

No final das contas, temos aqui um bom livro. É bem escrito, os detalhes sobre os figurinos, que é uma característica da série, são ótimos. E a história é bem construída. O casal demora um pouco para ganhar ritmo, mas quando isso acontece, a experiência é muito boa. O primeiro ainda é bem superior, mas vamos ver onde o terceiro livro nos levará.

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Ana Liberato