segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Resenha: "O Rei Perverso" (Holly Black)

 

Tradução: Regiane Winarski

Sinopse: Para sobreviver no Reino das Fadas, Jude Duarte precisou aprender muitas lições. A mais importante delas veio de seu padrasto: o poder é bem mais fácil de adquirir do que de manter. Ela achou que, depois de enganar Cardan para que ele jurasse obedecê-la por um ano e um dia, sua vida se tornaria mais fácil. Mas ter qualquer influência sobre o Grande Rei de Elfhame parece uma tarefa impossível, principalmente quando ele faz de tudo em seu poder para humilhá-la e prejudicá-la, mesmo que seu fascínio pela garota humana permaneça intacto. Agora, com as ondas ameaçando engolir a terra e um alerta de traição iminente, Jude precisa lutar para salvar a própria vida e a daqueles que ama, além de lutar contra seus sentimentos conflituosos por Cardan no meio-tempo. Em um mundo imortal, um ano e um dia não são nada...


Por Jayne Cordeiro: "O Rei Perverso" é o segundo livro da trilogia "O Povo do ar", escrito pela Holly Black. Neste livro, Jude conseguiu realizar seus planos, colocando Cardan como Grande Rei, mas sendo obrigado a obedecer todas as suas ordens. É claro que ele não está nada feliz com a quebra da confiança que depositou na jovem, e está ainda mais propenso a tratá-la do pior jeito possível. Contudo, seus sentimentos por Jude continuam sendo motivo de conflito, com a jovem também tentando entender o que acontece com o próprio coração. Enquanto isso, o reino precisa se adaptar ao novo rei, e antigas alianças serão colocadas à prova. A ameaça de traição pode partir de todos os lados, e Jude vai fazer de tudo para garantir seu lugar no reino, e a segurança de sua família.

O final do último livro foi bem inesperado, e fiquei curiosa para ver como a relação de Jude e Cardan se desenvolveria, depois do que aconteceu. Não vou mentir, que achei o Cardan bem menos "perverso" do que imaginei, pelo título ou sinopse do livro, e ainda não senti uma grande coisa entre a Jude e o Cardan. Novamente, achei Jude uma personagem muito interessante, nada boba, na busca por continuar no topo, e ainda equilibrando seu desejo de poder com seus ideais de certo e errado. Uma mocinha que não pensa duas vezes antes de resolver as coisas com sangue, e inteligência.

Cardan continua conquistando, com seu jeito despojado, mas com todo o poder da realeza. É um personagem que mostra ter muito escondido debaixo de sua máscara. Mas queria ter tido mais cenas, além das que teve, entre ele e Jude, com todo a tensão que envolve o casal. Fora isso, a história é bem construída, com várias situações inesperadas, reviravoltas, lutas e relacionamentos complexos. É uma leitura rápida, dinâmica, que leva o leitor a um final ainda mais inesperado, e que nos deixa sem saber o que virá a seguir. Para quem gosta do gênero fantasia, essa série tem se mostrado leitura obrigatória.


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sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Resenha: "A vida invisível de Addie Larue" (V. E. Schwab)

 

Tradução: Flavia de Lavor

Sinopse: França: 1714. Addie LaRue não queria pertercer a ninguém ou a lugar nenhum. Em um momento de desespero, a jovem faz um pacto: a vida eterna, sob a condição de ser esquecida por quem a conhecer. Um piscar de olhos, e, como um sopro, Addie se vai. Uma virada de costas, e sua existência se dissipa na memória de todos.Após tanto tempo vivendo uma existência deslumbrante, aproveitando a vida de todas as formas, fazendo uso de tantos artifícios quanto fosse possível e viajando pelo tempo e espaço, através dos séculos e continentes, da história e da arte, Addie entende seus limites e descobre — apesar de fadada ao esquecimento — até onde é capaz de ir para deixar sua marca no mundo.Trezentos anos depois, em uma livraria, um acontecimento inesperado: Addie LaRue esbarra com um rapaz.Ele enuncia cinco palavras.Cinco palavras capazes de colocar a vida que conhecia abaixo:Eu me lembro de você. 


Por Jayne Cordeiro: Em "A vida invisível de Addie Larue", conhecemos Addie, uma jovem que nasceu no século XVIII, e que nunca gostou da ideia de passar toda a vida em uma pequena vila, no interior da França. Em um momento de desespero, ela recorre aos deuses de quem ouviu falar, e acaba fazendo um pacto em troca da sua alma: não ter laços com nada nem ninguém. Assim, ela é capaz de abandonar tudo e seguir para onde quiser. Mas isso vem com um preço. Ninguém lembra de Addie, no momento em que ela se afasta.  

Esquecida por todos, e nunca lembrada, ela precisa se adaptar a sua nova vida, enquanto permanece jovem, e passa por diversas situação no decorrer dos séculos. Nos dias atuais Addie já está acostumada com a infelicidade de não ficar na memoria de ninguém. Mas qual a sua surpresa, quando de repente, um jovem a reconhece. Como isso é possível? Será mais uma artimanha na tentativa de fazê-la desistir e finalmente entregar sua alma? 

Comecei esse livro sem expectativas, apesar de achar a sinopse muito interessante. Uma mistura de fantasia, dentro da nossa realidade. A ideia de alguém que não envelhece ou morre, mas que não é lembrada por ninguém, no momento seguinte ao que sai de perto da pessoa, abre grande possibilidades em uma história. Como constituir uma rotina, quando ninguém lembra de você? Como se apaixonar, se no dia seguinte, a outra pessoa não lembra do que passaram juntos? Tudo isso é explorado nessa obra maravilhosa, com personagens complexos, e situações únicas.

A protagonista é uma jovem que amadurece muito, que se manter forte, apesar de todas as dificuldades que passa. Junta a isso temos Luc, o deus que fez o pacto, que se torna presença constante no decorrer dos anos, e que cria as melhores cenas, junto com Addie. Os diálogos deles, o embate frequente para saber que vai desistir ou ganhar o pacto feito anos atrás, é a parte mais interessante desse livro. E temos também Henry, um jovem nerd e comum, mas que também carrega dúvidas sobre a sua vida, e que por um mistério, consegue lembrar de Addie. 

Como disse, são personagens complexos, com situações reais, e dúvidas e ações que podem partir de qualquer um. Um livro bem escrito, longo, mas que te prende a cada página, e que poderia ter mais duzentas páginas, que eu ficaria feliz. É uma daquelas leituras que marcam, e que faz a gente continuar pensando nele, dias depois que a leitura acabou. Recomendo com certeza!


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sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Resenha: "O Príncipe Cruel" (Holly Black)

 

Tradução: Regiane Winarski

Sinopse: Jude tinha apenas sete anos quando seus pais foram brutalmente assasinados e ela e as irmãs levadas para viver no traiçoeiro Reino das Fadas. Dez anos depois, tudo o que Jude quer é se encaixar, mesmo sendo uma garota mortal. Mas todos os feéricos parecem desprezar os humanos... Especialmente o príncipe Cardan, o mais jovem e mais perverso dos filhos do Grande Rei de Elfhame.Para conquistar o tão desejado lugar na Corte, Jude precisa desafiar o príncipe - e enfrentar as consequências do ato.A garota passa, então, a se envolver cada vez mais nos jogos e intrigas do palácio, e acaba descobrindo a própria vocação para trapaças e derramamento de sangue. Mas quando uma traição ameaça afogar o Reindo das Fadas em violência, Jude precisará arriscar tudo em uma perigosa aliança para salvar suas irmãs - e a própria Elfhame.Cercada por mentiras e pessoas que desejam destruí-la , Jude terá que descobrir o verdadeiro significado da palavra poder antes que seja tarde demais.

Por Jayne Cordeiro: "O príncipe Cruel" é o primeiro livro da trilogia "O povo do ar", escrita pela Holly Black. Neste primeiro livro, Jude é uma mortal que foi levada, junto om suas irmãs, para o reino das fadas. Lá ela viveu os últimos dez anos, tentando se encaixar em uma sociedade de féericos, onde mortais são desprezados pela maioria do povo. E onde ela é obrigada a conviver com o príncipe Cardan, que parece odiar tudo o que envolve Jude , e não mede esforços para fazer da vida dela bem difícil.

Na intenção de conseguir seu lugar na sociedade féerica, e superar Cardan, Jude precisa lidar com intrigas, espiões, a segurança da sua família, em meio a uma traição, que colocará o reino das fadas em risco, e onde ela terá que tomar decisões difíceis se quiser garantir seu lugar na corte, e sem grandes perdas.

Já tinha ouvido falar muito dessa série, mas nunca tinha tido a chance de ler. Pois finalmente comecei, e agora entendo toda a fama que ela tem. Eu já li alguns livros ambientado em reinos de fadas, principalmente nesse perfil, como livros da Cassandra Clare, e até mesmo Sarah J. Maas. Mas aqui, temos um reino que se aprofunda mais nessa definição, e que trás suas próprias peculiaridades. Gostei bastante do universo que fomos apresentados, e toda ideia de como o trono é passado adiante, foi muito bem elaborada. Criando um jogo, bem mias complexo, do que apenas matar para ser rei.

Jude é uma personagem forte, que sabe o que deseja para seu futuro, com uma ambição, que muitas vezes não vejo em heroínas. Ela não segue uma linha fixa do que é certou ou errado, com uma mente inteligente, e com ótimas habilidades de guerreira. Cardan, o inicial "bully" da história, é um personagem que promete apresentar ainda mais camadas, além do que já deu para ver nesse livro. E é um personagem com tudo que a maioria das leitoras gosta, bonito, cínico, debochado e carismático. Mas aqui, não dá pra ter certeza sobre o que ele faria ou não para sobreviver ou se vingar.

Toda a história é bem desenvolvida, com as coisas acontecendo na hora certa, com todo o seu desenvolvimento. Existe várias reviravoltas, tanto em situações, quanto em personagens. Dá pra perceber que tem toda uma complexidade nessa história, que promete muita coisa para os livros seguintes, e fiquei bem curiosa para perceber.


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segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Resenha: "Não Existe Amanhã" (Luke Jennings)

 

Tradução: Leonardo Alves

Sinopse: Em um quarto de hotel em Veneza, onde acabou de concluir um assassinato de rotina, Villanelle recebe um telefonema tarde da noite.

Eve Polastri, a funcionária do governo inglês que está em seu encalço há meses, conseguiu rastrear um oficial do MI5 a serviço dos Doze e está prestes a levá-lo a interrogatório. Enquanto Eve se prepara para procurar respostas, tentando desesperadamente encaixar as peças de um terrível quebra-cabeça, Villanelle avança para o abate.
O duelo entre as duas mulheres se intensifica, assim como sua obsessão mútua, com a ação passando dos altos picos do Tirol até o coração da Rússia. Eve enfim começa a desvendar o enigma da identidade de sua adversária, e Villanelle se pega correndo riscos cada vez maiores para se aproximar da mulher que pode ser sua ruína.


Por Jayne Cordeiro: "Não Existe Amanhã" é o segundo livro da trilogia de Luke Jennings, que deu origem a série de TV "Killing Eve". Sendo que o primeiro livro já foi resenhado na nossa página, no ano passado. Nesta continuação, temos ainda o jogo de gato e rato entre Villanelle, uma assassina profissional e sem emoções, e Eve Polastri, a responsável pela investigação que segue atrás da identidade de Villanelle, e de sua captura. 

Enquanto Villanelle continua cumprido suas missões, ela não consegue deixar de lado a necessidade de manter Eve seguindo seus passos. Da mesma forma que Eve não consegue abandonar a investigação, certa de que está cada vez mais perto de conseguir pegar a mulher que matou seu colega de trabalho, e tem matado diversas outras pessoas pelo mundo, sem ser descoberta.

Eu tinha ficado com um pé atrás, em relação ao primeiro livro, porque ele acabou de forma muito abrupta, como se faltasse outras páginas. O primeiro livro também funciona muito mais como uma introdução, mostrando o passado de Villanelle, importante para esse livro, e como Eve acabou parando nessa investigação. Mas este segundo livro conseguiu sem bem melhor que o primeiro, com a história se desenvolvendo mais, e com nossas duas protagonistas, se relacionando de forma mais próxima.

É uma verdadeira história de espionagem, com viagens e investigações, disfarces e mortes elaboradas. Temos ação, mistérios e dramas. A forma como Villanelle e Eve se conectam é muito interessante de ver, mostrando uma evolução nos pensamentos e comportamentos, de ambas as mulheres. A história é curta (achava até que poderia ser um único livro em vez de três), mas consegue ser bem completa e prender o leitor até o final, com uma bela surpresa no final. Fiquei bem curiosa quanto ao que vem por aí.


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sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Resenha: "Pequena coreografia do adeus" (Aline Bei)

Por Thaís Inocêncio: Em abril, tive o prazer de participar do evento virtual "Cabine de leitura", promovido pela Companhia das Letras, sobre o livro Pequena coreografia do adeus, com a presença de Aline Bei. 

Na ocasião, ouvi de Aline que, se o verbo que permeia seu primeiro livro, O peso do pássaro morto, é “perder”, o que envolve Pequena coreografia do adeus é “sonhar”. E a única coisa de que Júlia precisa para realizar seu sonho é ela mesma.⁣

⁣Criada em uma família disfuncional, Júlia Terra vive uma infância marcada por traumas e violências que a fazem querer desaparecer, como uma música que deixa de tocar. Sem conseguir estabelecer laços afetivos nem mesmo com os pais, Júlia é constantemente silenciada e empurrada para a solidão. No entanto, ao iniciar um diário, ela encontra na escrita seu lugar de fala, sua voz, o que alimenta o sonho de se tornar escritora.⁣

as surras que eu levava

eram as surras que a minha mãe levou em looping

na minha pele, na pele dos filhos que ainda não tenho

O ciclo de abandono começa a se romper quando Júlia, já crescida, passa a trabalhar em um café e deixa a casa da mãe. Ela vai morar em uma pensão que tem uma história de resistência e foi salva por uma mulher, a viúva Argentina. A conexão com o próprio local, sua dona e seus hóspedes mostra à Júlia que, se quiser, ela pode flutuar ou ser qualquer coisa sem pés no chão.⁣

os estranhos não nos doem porque ainda não nos decepcionaram

e se mantivermos tudo a uma boa distância: seguirão sendo

essa doce incógnita.

⁣Acompanhar a coreografia do amadurecimento de Júlia é tão emocionante quanto apreciar a dança das palavras de Aline Bei. Em seu novo livro, ela mantém a prosa estruturada em versos, como no “pássaro”, mas aqui ela acrescenta um ingrediente novo: a esperança. Recomendo que a leitura seja feita na versão física, porque a distribuição das palavras na página fazem toda a diferença. A escrita tão próxima e sensível dessa autora-artista provoca em mim uma vastidão de sentimentos, nem todos decifráveis.⁣

sabíamos que a vida

ainda que fosse a nossa maior ruína era também a nossa única salvação.

⁣Cinco estrelas cheias de brilho pra essa obra.

Até a próxima, pessoal!


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segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Resenha: "Namorado Modelo" (Stuart Reardon e Jane Harvey-Berrick)


Tradução: Natalie Gerhardt

Sinopse: Será que um casal apaixonado consegue sobreviver às tentações de um mundo de luxo e glamour?Imagine como seria namorar um dos homens mais bonitos do mundo. Um homem cujo rosto está estampado em todas as capas de revistas. Não tão divertido quanto parece ― é o que Anna Scott logo descobrirá. Aposentado do rugby aos 33 anos, não demora para Nick receber um convite para trabalhar como modelo fotográfico. Mas, por trás da fachada glamorosa, se esconde uma horrível realidade: drogas, álcool, todos os pecados capitais e muitas pessoas dispostas a dormir com outras para conquistar seu lugar ao sol.É uma vida muito difícil, principalmente para quem está em um relacionamento sério. E Nick precisa aprender rápido a desviar das armadilhas desse caminho ou correrá o risco de perder tudo ― inclusive a mulher da sua vida.


Por Jayne Cordeiro: "Namorado Modelo" é o segundo livro publicado por essa dupla de atores, e acaba sendo uma continuação de "Imbatível", que já foi resenhada aqui no blog. Este agora se passa alguns anos após o primeiro, e Nick está se aposentando do Rugby. Após uma carreira de sucesso, ele precisa decidir o que vai fazer após se aposentar. Abalado com a falta que o rugby lhe faz, Nick acaba aceitando fazer uma campanha publicitária, e embarca em uma nova profissão como modelo fotográfico.

Agora ele vai precisar lidar com o mundo difícil e acirrado que é o da moda, onde pessoas estão dispostas a tudo pela fama e sucesso. Nick precisa aprender seus limites, e o que está disposto a fazer dentro desse ramo, além de equilibrar sua vida pessoal e profissional, para encontrar seu futuro, junto de Anna, a mulher que ama, e que também precisará lidar com suas próprias dúvidas.

Fiquei surpresa de saber que havia uma continuação para "Imbatível", mas como gostei bastante do primeiro, fui logo correndo atrás do segundo. Para começar, achei essa capa maravilhosa para a história. Foi uma ótima ideia, e combina perfeitamente, sendo ainda como o mesmo modelo na capa, que por sinal é um dos autores, e também ex jogador de rugby. Uma coisa que me atraiu aqui foi o fator de nos aprofundarmos no mundo da moda, através dos olhos de alguém que também não está familiarizado com isso.

O livro também trás um tema bem legal, sobre depressão e como fica a mente e a vida de uma pessoa que se dedicou tanto à uma profissão, mas precisa abrir mão dela, ainda tão jovem. Às vezes, dava uma vontade de sacudir o Nick, mas ao mesmo tempo dava para entender e comprar, a forma como a mente dele funcionava. Anna é uma personagem incrível, forte, guerreira, que tenta ser madura para lidar com os problemas do Nick, mas que também é humana, que comete suas falhas, com suas incertezas. O mais legal aqui, é que os personagens são muito reais, com uma história real.

Os personagens secundários, e aqui a menção é clara para o Brenda, assistente da Anna, e personagem incrível, que ganhou até um ótimo destaque aqui. "Namorado Modelo" é uma ótima continuação, ainda abordando o papel da mídia na vida das pessoas, com uma dose certa de romance, drama e diversão. É uma leitura que flui rápido, gostosa, e que dá aquele gostinho de satisfação quando chega no fim. Para quem gosta de um romance ambientada no esporte, com uma história simples, mas que compensa no drama, com uma pegada real, esse livro é a pedida certa.


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sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Resenha: "Garota, 11" (Amy Suiter Clarke)

 

Tradução: Helen Pandolfi

Sinopse: Elle Castillo é a apresentadora de um podcast popular sobre crimes reais. Depois de quatro temporadas de sucesso, ela decide encarar um caso pelo qual sempre foi obcecada ― o do Assassino da Contagem Regressiva, um serial-killer que aterrorizou a comunidade vinte anos atrás. Suas vítimas eram sempre meninas, cada qual um ano mais jovem que a anterior. Depois que ele levou sua última vítima, os assassinatos pararam abruptamente. Ninguém nunca soube o motivo.

Enquanto a mídia e a polícia concluíram há muito tempo que o assassino havia se suicidado, Elle nunca acreditou que ele estava morto. Ao seguir uma pista inesperada, no entanto, novas vítimas começam a aparecer. Agora, tudo indica que ele está de volta, e Elle está decidida a parar sua contagem regressiva.


Por Jayne Cordeiro: "Garota, 11" é um suspense focado em Elle Castillo, uma investigadora independente, e apresentadora do podcast "Justiça Tardia". Nos episódios da nova temporada do podcast, Elle está investigando o Assassino da contagem regressiva, que cometeu crimes contra jovens mulheres e adolescentes anos atrás, caindo de 21 a 11 anos de idade, até que parou misteriosamente. Muitos acreditam que ele morreu, mas Elle quer descobrir sua identidade, e acredita que o assassino ainda está vivo. 

Na medida em que entrevista familiares de vitimas, profissionais que atuaram na investigação e segue novas pistas deixadas por seus ouvintes, Elle vai desvendando a teia que envolve o caso, e tudo fica mais complicado, quando um novo assassinato ocorre, e parece que o assassino volta a atuar.

Eu peguei esse livro sem expectativa nenhuma, mas fiquei imersa nele. Gostei da ideia de utilizar entrevistas em um podcast para juntar informações sobre o assassino e seus crimes, e tornando esses relatos, os momentos do passado, enquanto acompanhamos Elle com o presente, em que novas vitimas surgem. A história se desenrola bem, apresentando a protagonista e seus personagens secundários, e entrelaçando fatos de forma bem concisa. 

Existe uma surpresa revelada durante o livro que não me surpreendeu em nada, mas ainda assim, torna toda a história ainda mais especial. Para quem gosta de livros ou filmes de suspense, não vejo como não gostar desse aqui. Tem todo o relato sobre o assassino e como seus crimes acontecem, discussão sobre suas motivações e porque realizada determinados atos, mas também mostra as consequências de um crime para as famílias e vitimas, e os profissionais envolvidos na resolução desses crimes. 

Foi uma leitura rápida, envolvente e bem escrita. Nunca li nada da autora, e achei que ela soube misturar bem passado e presente, utilizando o poder da narrativa em primeira pessoa, dando chance de ouvirmos exatamente o que a protagonista está pensando, através de suas narrações para o podcast. Fiquei bem satisfeita com várias das participações secundárias, como do marido da Elle e da afilhada deles.  Recomendo com certeza, para quem gosta do gênero.



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Ana Liberato