SÉRIE: "House" (1ª temporada) - David Shore

Depois de anos de existência, do seriado, fiquei conhecendo House por indicação de um amigo. Logo comprei as temporadas e comecei a assistir. Viciei literalmente, como House em Vicodin rs. Passava horas e horas assistindo nos fins de semana, e durante os meus horários de almoço. Minha mãe percebendo o quanto gostava, um dia resolveu assistir também. Resultado: ela e meu irmão, logo depois, também adoraram!

A verdade é que não tem como não gostar de Gregory House (Hugh Laurie), o aclamado médico nefrologista do Princeton-Plainsboro Teaching Hospital. A personalidade perspicaz, inteligente, cínica e sarcástica encantam a nós, apesar de não encantar a todos os seus pacientes. O médico toca piano, guitarra, curte rock e é viciado em remédios para dor, já que sofre de um problema causado por uma cirurgia nem tão bem sucedida. House é do tipo que não gosta de contato nenhum com seus pacientes, independente de quem sejam eles, e também não escolhe caso onde não haja mistério. Casos simples são para outros médicos, para ele são suficientes apenas os casos estranhos, difíceis e terminais. E nenhum é caso perdido! Pode ter certeza disso!

Na primeira temporada, já podemos perceber a personalidade difícil de House e também conhecemos os outros personagens centrais da trama, como a Dra. Cuddy (Lisa Edelstein), diretora do hospital, Dra. Allison Cameron (Jennnifer Morrison), uma imunologista, Dr. Robert Chase (Jesse Spencer), um intensivista e Dr. Eric Foreman (Omar Epps), um neurologista, os três especialistas que trabalham auxiliando House no Departamento de Medicina Diagnóstica. Conhecemos e nos encantamos também com James Wilson (Robert Sean Leonard), um médico oncologista e o único amigo de Greg House. São com a dupla as maiores cenas de comédia da série, apesar de ser constante o humor vindo do protagonista. Wilson é do tipo melhor amigo mesmo, tanto é que House o manipula e não dá espaço para que ele tenha ou possa vir a ter novas amizades.

A série é magnífica do ponto de vista médico, maravilhosa do ponto de vista comédia e podemos julgá-la como espetacular pela atuação do elenco e dos episódios, pois cada um, apesar de ter o mesmo formato, têm sua particularidade e a sua forma de atrair a atenção do público alvo e fã do seriado. House faz sucesso por onde passa e não é à toa que já passa da sétima temporada, nos EUA.

Apesar de haver vários seriados sobre medicina, como ER, Grey's Anatomy, Private Practive e outros tantos, compensa e MUITO dar uma olhada em House M.D, pois o formato da série passa um roteiro mais sério, com um elenco mais experiente e com casos abordados que são dificilmente trabalhados em outras séries de mesmo gênero. Vale a pena, inclusive, assistir por House, o médico charmoso, cínico e que manca da forma mais sedutora possível, que você jamais vai esquecer, e quando eu falo jamais você pode ter certeza!

Ficha Técnica

Elenco:

Lisa Edelstein (Dr. Lisa Cuddy)

Omar Epps (Dr. Eric Foreman)

Hugh Laurie (Dr. Gregory House)

Robert Sean Leonard (Dr. James Wilson)

Jesse Spencer (Dr. Robert Chase)

Jennifer Morrison (Dr. Allison Cameron)

Ano:2004

Direção:David Shore

Produção:Katie Jacobs, David Shore, Paul Attanasio, Bryan Singer, Russel Friend, Garrett Lerner e Thomas L. Moran

RESENHA "House - Um guia para a vida" - Toni De La Torre

Recebemos o livro House – Um guia para a vida da nossa querida Editora Lua de Papel. Aliás, quando vimos que esse seria um dos lançamentos de dezembro, fiquei eufórica, afinal não é segredo pra ninguém que adoro House M.D, a série. Difícil alguém não gostar de um médico como Gregory. Irônico, inteligente, bonito e bem-sucedido.

O fato é que eu peguei o livro para ler. Entretanto, eu não li. Devorei. Li em quatro horas acreditem se quiser! Afinal, uma narrativa tão irônica quanto a que Toni de La Torre escreveu nos faz deslizar, surfar pelas páginas e não apenas ler. O livro é bem humorado, com toques que só um autêntico conhecedor de House poderia escrever. Poderia até ser confundido com o próprio House ou então não desconfiaria se o Wilson, melhor amigo do doutor, fosse o escritor.

Dr. House: Enquanto tentar ser bom, pode fazer o que quiser.

Dr. Wilson: E enquanto não tentar, pode dizer o que te der na telha.

Dr. House: Então, juntando nós dois, podemos fazer tudo. Podemos dominar o mundo!

Logo, se você quer aprender a ser irônico e triunfar com as qualidades essenciais de House deve ler, absolutamente, esse livro que conta com as mais diversas dicas, porém, sem o cunho objetivo de auto-ajuda. Aliás, de auto-ajuda nada tem, House por acaso se preocupa com o problema dos outros? Se ele tivesse que escrever um livro, com toda a certeza, não seria com a intenção de ajudar ninguém.

No livro encontram-se conselhos, de House, para todos os seus problemas, mas o mais interessante se encontra no tema corações partidos, já que até o nosso querido Gregory teve um coração partido por que nós não teríamos?

Se quiser que a sua vida a dois seja um verdadeiro tormento, siga os conselhos de House:

Entregue-se totalmente à outra pessoa até se esquecer de si mesmo. O seu amor deve se tornar a coisa mais importante da sua vida. Assim, quando ele se acabar você não será nada.

Se desespere perante a possibilidade de abandono e, se este chegar a ocorrer, pense seriamente em morrer, pois a sua vida já não tem sentido.

Essas são algumas das dicas infalíveis para seguir ao comportamento de Gregory House. O interessante no livro é que cada página traz o perfil do médico de uma maneira, o que consegue nos mostrar as várias facetas irônicas e humoradas desse personagem que roubou a cena em de todos os seriados médicos.

Dr. Wilson: Sabe que seu celular está desligado? Você recarrega a bateria de vez em quando?

Dr. House: As baterias podem ser recarregadas? Eu costumo comprar um celular novo todos os dias.

Se você também já teve a leve impressão de que House e Sherlock Holmes são muito parecidos agora vai ter essa suspeita confirmada em um capítulo direcionado apenas para sanar todas as dúvidas e mostrar todas as semelhanças entre os dois. Por exemplo, os dois são antissociais, podem ser muito desagradáveis, põem a mente à frente do coração, têm uma grande capacidade de dedução, são pretensiosos, seguros de si mesmos e de suas qualidades, e vivem de e para as suas investigações (clínicas para um, crimes para o outro), mas usando os mesmos métodos.

Agora eu te falo uma coisa: Se você já tem a cabeça fraca, por favor, não leia esse livro! Uma mente como a de House não é pra você, mas se você tem procurado uma leitura daquelas que consiga te deixar com um sorriso ao final de cada página e mais: que te faça rir e perceber que em algum momento aquela conduta já foi presenciada na TV, por favor, leia. Toni de La Torre faz da narrativa um verdadeiro prazer. Uma verdadeira fonte de alegria, mesmo falando do amargurado e querido Greg House.