quarta-feira, 25 de abril de 2018

#Infinistante: Clube do Livro (Abril 2018)

Olá, Pessoas!!!

Mais um mês e mais uma leitura do Clube do Livro #Infinistante. E para Abril a proposta da Loma foi:

Abril é o mês de Conscientização do Autismo (dia 02 é conhecido como o dia mundial da conscientização) e queríamos ler mais a respeito. Buscamos títulos de ficção, mas que trazem a realidade do autismo e da síndrome de asperger (Transtorno Global do Desenvolvimento que pertence ao grupo de perturbações do espectro do autismo) para dentro da história.

Pensando nisso, nossa escolha foi:
 foto linduda por Melina Souza
📚EM ALGUM LUGAR NAS ESTRELAS, de Clare Vanderpool. 📚

Escolhemos esse livro pelo motivo que já mencionei acima, mas também porque ele é um romance cheio de fantasia! Um tipo de livro que eu (Loma) e Maki não lemos com muita frequência (a Mel já tem mais experiência com livros do tipo).
Sem contar que a sua edição capa dura é linda, um item de colecionador!
Ele conta a história de Jack Baker, que perdeu sua mãe na Segunda Guerra e foi colocado em um internato por seu pai. Se sentindo isolado de todos e solitário, ele conhece o enigmático Early Auden, que tem Síndrome de Asperger. Early é um prodígio, mas por trás de sua genialidade há uma enorme dificuldade de se relacionar com o mundo e de lidar com seus sentimentos e com as pessoas ao seu redor. Os dois se aventuram juntos em um mundo de fantasias e muita coisa acontece (muita mesmo).

Estamos bem curiosas para conhecer essa aventura!

Tradução: Débora Isidoro

Por Eliel: Posso dizer que esse foi um dos livros mais emocionantes que li recentemente. Foi muito interessante conhecer um pouco do que é conviver com uma criança autista pelos olhos de uma outra criança que se quer sabe o que é o autismo.

Uma coisa interessante é que, exceto nos agradecimentos, a palavra autismo não é se quer citada em toda a aventura. Tudo fica claro por analisarmos o comportamento de Early Auden, o que acontece muitas vezes com a própria síndrome que dificilmente é diagnosticada em seus graus mais leves por pessoas que não são do convívio.

Jack Baker vai parar em um colégio interno após a sua mãe falecer e seu pai militar ter que voltar para seus afazeres. Esqueci de mencionar que a época que em essa história é contada é pouco após a Segunda Guerra Mundial. Embora não seja o plano de fundo oficial ela está presente e norteando alguns fatos dessa aventura.

Senti as lágrimas se formarem e me entreguei por um momento à lembrança dela.
Minha mãe era como a areia. Do tipo que o esquenta na praia quando você sai da água tremendo de frio. Do tipo que gruda no corpo, deixando uma impressão na pele para fazer você se lembrar de onde esteve e de onde veio. Do tipo que você continua achando nos sapatos e nos bolsos muito tempo depois de ter ido embora da praia.
Ela também era como a areia que os arqueólogos escavam. Camadas e camadas de areia que mantiveram os ossos dos dinossauros juntos por milhões de anos. E por mais que areia fosse quente, árida e simples, os cientistas agradeciam por ela, porque sem a areia para manter os ossos no lugar, tudo teria se espalhado. Tudo teria desmoronado.

Por vezes perdi o ar ao acompanhar Jack Baker e Early Auden em sua jornada em busca dos números perdidos de pi, do irmão mais velho de Auden e do Grande Urso da Trilha Apalache. Em outras passagens a emoção fica à flor da pele e é difícil segurar a emoção. É disso que gosto nos bons livros (tendencioso), essa capacidade de mexer com os sentimentos mesmo sendo uma ficção.

Sem falar que a edição da Darkside é uma verdadeira obra de arte, capa dura, ilustrações e um marca páginas (eu acho que era) que tem tudo a ver com a história. Aqui vai uma dica faça a leitura com o acompanhamento musical sugerido:


Certa vez, ouvi um poema sobre lançar a linha. Ele dizia que, quando o pescador joga a linha, é como se jogasse seus problemas para a correnteza levá-los embora. Por isso, continuo jogando. [...] Ninguém pode dizer nada sobre saber o nome das estrelas. O céu não é um campeonato ou uma prova. A única pergunta é: você consegue olhar para cima? Absorver tudo aquilo? Quanto ao nome das constelações, elas não são meio nem fim. As estrelas não estão presas umas às outras. Estão lá para serem admiradas. Olhadas, desfrutadas. É como pescar com vara. Pescar com vara não é sobre pegar o peixe. É aproveitar a água, a brisa, os peixes nadando à sua volta. Se pegar um, ótimo. Se não... melhor ainda. Significa que você pode voltar e tentar de novo!
Vocês estão acompanhando o Clube #Infinistante? o que estão achando da curadoria das meninas? Eu estou cada mês mais encantado.

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Ana Liberato