segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Resenha: "Amantes para sempre" (Jodi Ellen Malpas)



Tradução: Vicki Araújo

Sinopse: TRÊS, DOIS, UM... ZERO
Jesse Ward está de volta no quarto romance da série O Amante e, com ele, a sensualidade, o amor e os jogos de sedução.
Doze anos se passaram do casamento de Jesse e Ava. A vida é boa para Jesse, o Senhor Ward. Perfeita, na verdade. Ele ainda tem charme, está em ótima forma física, e continua enlouquecendo a esposa com um simples olhar.  Tem total controle e domínio sobre Ava, do jeito que ele gosta.
Mas o mundo perfeito de Jesse desmorona quando um terrível acidente deixa Ava no hospital correndo risco de vida. Devastado e enraivecido, sente como se toda a sua existência estivesse presa por um fio. Quando Ava recupera a consciência, o mundo abalado de Jesse volta aos eixos. No entanto, o pesadelo mal começou. Ava não se recorda dos últimos dezesseis anos da sua vida. Ou seja, toda sua vida de casada. Ele é um estranho para ela.
Agora, Jesse tem que fazer tudo o que for preciso para recuperar as memórias da mulher... e ajudá-la a apaixonar-se outra vez por ele, louca e perdidamente.


Por Jayne Cordeiro: O que dizer sobre essa série que gosto tanto, apesar de saber que o Jesse tem sérios problemas? rsrs. Amantes para Sempre é a continuação da série O Amante (se não leu, corra atrás), e traz o nosso casal 12 ano depois. Jesse está mais velho, e brigando a com a sua idade, mas tem uma vida maravilhosa, com seus filhos e a esposa Ava. Mas um acidente tira a memória de Ava, e ele tem muita dificuldade de lidar com a possibilidade de não recuperar sua esposa, ou mais, fazer Ava se apaixonar por ele de novo. 

O mundo começa a girar e minha respiração fraqueja. Uma multidão bloqueia minha passagem e eu luto para passar, empurrando as pessoas para os lados, tentando chegar ao centro daquela loucura. — Por favor, não… — suplico, cambaleando sem pensar na horda de espectadores. — Por favor, Deus, não. Um soluço débil irrompe do meu corpo quando vejo a maca, e minhas pernas falham, deixando-me de joelhos. — Não! 

Eu amei esse livro. Jesse consegue ser tão divertido quando antes, com suas manias e desejo de controle. Achei que ele iria pirar com a ideia de Ava desmemoriada, mas ele consegue ser muito maduro e responsável. É impossível não se apaixonar por ele de novo, junto com ela. Vivenciar a vida desses dois, com os filhos é muito bonito de se ler. Adorei demais os gêmeos, e a forma como cada um do pais lidam com eles. 

— Comemorar o fato de que está fazendo cinquenta anos? — Ela faz um gesto de cabeça para mim, com a escova voltando à boca. Eu me encolho e massageio os cabelos com o xampu. — Não estou fazendo cinquenta anos — resmungo, ouvindo-a suspirar. Para ela é fácil, ainda está na flor da idade aos trinta e oito. Trinta e oito! É mais ou menos a idade que eu tinha quando conheci Ava. Como os anos passaram depressa. Se os próximos doze anos voarem com a mesma rapidez, logo eu estarei aposentado. Meu estômago embrulha de pavor. — Você ainda é o meu deus — declara Ava, doce, atraindo a minha atenção de volta para ela, que está do outro lado do box, observando-me. — Eu sei. — E ainda é o homem mais lindo que já vi na vida. — Eu sei. — Dou de ombros. — E você ainda trepa como um deus que tomou esteroides. — Ela beija o vidro. — Sim, eu sei. — Encontro os lábios dela do outro lado.

O livro é divertido, mas também com toda uma carga dramática importante. E tudo segue de uma forma natural e realista. É legal ver como todos os personagens estão anos depois do último livro, e na medida que Ava precisa conhecer sua história com Jesse, o leitor tem a chance de relembrar fatos passados. O livro tem uma ótima dinâmica, prendendo o leitor o tempo todo. Ele segue em belo ritmo, e quando acaba a gente fica com a sensação de que queríamos ainda mais, e que um fechamento com chave de ouro. Não há aquela sensação de que o livro foi só uma forma de trazer os personagens de novo e ganhar mais dinheiro em cima deles. É realmente um complemento que engrandece ainda mais a série. Para quem é fã da trilogia e da autora, é preciso ler esse livro.

Ela fecha os olhos e os aperta, como se buscasse desesperadamente qualquer recordação. E eu sei que sim, mas quando ela parece murchar e uma lágrima escorre e cai no papel na mão dela, vejo que não conseguiu. — Foi tão vívida. — Ela olha para mim. — Tão real. Eu senti alguém ali comigo, olhando para os barcos. Era você. Eu não podia te ver, mas senti você. Como venho sentindo desde que acordei depois do acidente. Eu te sinto o tempo todo, mesmo quando não estamos nos tocando. Mesmo quando você não está por perto. Dou um sorriso triste e puxo-a para o meu colo. — Tempo, baby. Dê tempo ao tempo. — Enquanto a tranquilizo, faço um esforço desmedido para tranquilizar a mim mesmo



sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Resenha: "Além do Olhar" (Nana Pauvolih)




Sinopse: O talentoso violoncelista Ramon Martinez é vítima de uma tragédia que o deixa paraplégico aos 28 anos de idade. 3 anos depois ele ainda luta para se adaptar à sua nova realidade, enfrentando muita coisa e felizmente contando com o apoio de sua família. É quando conhece a famosa atriz Marcella Galvão, no auge do seu sucesso, linda, cheia de admiradores, forte e determinada. A atração entre eles é imediata, mas para se concretizar enfrenta um mundo de obstáculos. Preconceito, amor, paixão, devoção, luta, descoberta e muitas surpresas marcam este novo romance de Nana Pauvolih.

Por Jayne Cordeiro: Fiquei muito curiosa para ler esse livro, porque nunca tinha lido um romance em que um dos protagonistas fosse cadeirante. Eu tinha muito interesse em saber como seria a dinâmica dese relacionamento, e quais obstáculos enfrentariam. Afinal, os dois personagens tinham um estilo de vida bem diferentes. Um paraplégico e uma artista famosa. 

Se alguém me perguntasse porque ele era tão único para mim, ou porque mexia com sentimentos profundos e desconhecidos, eu não saberia dizer. Pois era mais do que apenas uma coisa, era um conjunto: seu olhar, sua voz, sua determinação, seu caráter, sua força, sua delicadeza, seu talento, sua beleza, seu cheiro, seu beijo, suas mãos, sua entrega, tantas e tantas qualidades sem m ... incríveis e indecifráveis.

Para começar, é preciso elogiar toda a pesquisa que a autora fez, porque ela conseguiu mostrar toda a realidade de uma pessoa com deficiência. Todo os problemas de saúde que vem com a paralisia, as dificuldades para realizar atividades, que nós pedestres fazemos sem nem pensar. O leitor aprende muito sobre todo esse universo, e só por isso, o livro já vale muito a pena. Mas, fora isso, temos aqui uma história bem escrita e conduzida. É fácil torcer por Ramon e Marcella, porque são personagens cativantes, com personalidades que contribuem para que a história seja ótima.

Marcella não olhava para minha lesão ou para minha cadeira de rodas. Olhava para mim

Os dois são fortes, decididos, e mesmo com a insegurança esperada de um homem que nunca teve um relacionamento desde o acidente, tivesse dúvidas sobre se envolver com alguém. Ainda mais uma pessoa da mídia. Mas Ramon consegue superar tudo, e temos um homem apaixonado, que comete erros, mas que corre para resolve-los, apesar de suas limitações físicas. O livro traz uma história bem escrita, com um roteiro que mostra todo o desenvolvimento do romance, que acontece em um ritmo legal. Temos alguns antagonistas, e apesar de achar no começo, que veria várias situações clichês, não foi o que aconteceu. Ele segue um caminho bem realista e maduro. 

O respeito deve ser igual para todo mundo, independentemente de sexo, classe social ou etnia. Será que é tão difícil entender isso?

Foi uma ótima surpresa. Gostei muito do livro. Não conseguia parar de ler. Me diverti muito com a família de Ramon, principalmente a mãe. Tem várias cenas românticas e eróticas. E além de abordar o tema da paraplegia, ainda conhecemo um pouco do mundo artístico, com os bastidores da gravação de um filme, e sobre o violoncelo, que Ramon toca. Nunca tinha lido nada da Nana, mas gostei muito dessa leitura, e pretendo procurar outras obras dela para ler.




segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Resenha: "The Risk - O dilema de Brenna e Jake" (Elle Kennedy)


Tradução: Ligia Azevedo

Sinopse: O segundo spin-off da série Amores Improváveis tem o melhor de Elle Kennedy: a adrenalina dos jogos de hóquei, a animação das festas universitárias, personagens apaixonantes e um romance de tirar o fôlego! Todo mundo diz que eu sou uma garota má. Deve ser porque faço o que bem entendo e não estou nem aí para o que os outros pensam de mim. Apesar disso, dormir com o inimigo não faz meu tipo. Como filha do técnico de hóquei da Briar, minha vida estaria arruinada se eu me relacionasse com um jogador de um time rival. E essa é a definição de Jake Connelly. Estrela e capitão do time de Harvard, ele é arrogante, irritante e atraente demais pra ser verdade. E o pior é que eu preciso que ele tope fingir ser meu namorado para que eu consiga meu tão sonhado estágio na HockeyNet. Mas é claro que aquele gostoso idiota não vai facilitar: para cada encontro falso... ele quer um pra valer. O que significa que estou em apuros. Isso de ficar saindo às escondidas com Jake Connelly não tem como dar certo. Embora esteja cada vez mais difícil resistir ao desejo e ao sorriso de Jake, me recuso a me apaixonar por ele. Esse é o único risco que eu não vou correr. 

Por Jayne Cordeiro: Temos aqui um um livro que comecei com um pé atrás, mas acabei apaixonada. O que não é nenhuma novidade quando se trata dos livro da Elle Kennedy, que simplesmente adoro. Posso dizer que não tenho nenhuma queixa desse livro e só elogios. Para começar, eu fiquei com medo de não gostar da protagonista Brenna. Normalmente acabo tendo problemas com personagens que parecem ser metidos ou que implica com tudo. Mas a Brenna não foi por esse caminho. Na verdade, gostei muito de como ela é uma mulher bem empoderada, que sabe do seu poder e não que não deixa o que quer de lado. O que é muito importante, porque ela quer atuar em uma área que é majoritariamente controlada por homens.

Pra mim, ela é o tipo de personagem feminina que devemos nos espelhar. É decidida, corre atrás do que quer, fala o que pensa, mas não deixa de ser uma amiga leal, uma pessoa empática com os outros. E lá no fundo ela guarda inseguranças como todo mundo. Jake é um sonho. Ele é bonito, super talentoso no esporte e com as mulheres. Que se esforça muito para ser o melhor jogador, e apesar do jeito despojado, é extremamente carinho e atencioso. E com uma cabeça muito boa.

A ideia inicial do enredo de fingir um namoro não me pareceu muito promissora, porque é algo já bem utilizado. Mas a autora utiliza muito pouco dessa história, e rapidamente a coisa segue outro rumo, o que adorei. E o livro ainda trás outros temas bem interessantes, como a influência da adolescência, abuso de drogas, os bastidores da televisão esportiva e mais. Gostei ainda mais desse livro do que gostei do primeiro, além de dar várias risadas com os diálogos dos protagonistas, que possuem uma química explosiva e com os personagens secundários. Sinceramente, estou bastante curiosa para saber quem será o próximo casal.



sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Resenha: "Uma mulher no escuro" (Raphael Montes)

Por Thaís Inocêncio: Raphael Montes é, facilmente, meu escritor nacional favorito. Já li todos os cinco livros que ele assina com o próprio nome e tenho três deles autografados – só não li ainda o Bom dia, Verônica, que ele escreveu com a Ilana Casoy e lançou sob o pseudônimo de Andrea Killmore. Porém, pela primeira vez desde que o conheci, posso dizer que me decepcionei com uma obra dele. 

Uma mulher no escuro conta a história de Victoria Bravo, que, aos quatro anos de idade, perdeu toda a família em um crime brutal. Na ocasião, um homem invadiu sua casa, matou seus pais, seu irmão e, por algum motivo, poupou-a de um destino semelhante. Vinte anos depois, Victoria ainda carrega sequelas físicas e, principalmente emocionais: é tímida, desconfiada, tem muita dificuldade de se relacionar com as pessoas e nunca namorou.




"Olho pra você e vejo duas Victorias se equilibrando numa corda bamba. Por um lado, você é uma mulher madura, que trabalha, paga as contas e tem as responsabilidades comuns de uma pessoa de vinte e quatro anos que mora sozinha. Por outro lado, às vezes se comporta como uma criança, evitando relações afetivas mais complexas e idealizando uma família perfeita."

Os contatos da jovem se resumem à sua tia Emília, que a criou após a perda dos pais, Max, seu psicólogo, e um jovem nerd apelidado de Arroz, com quem mantém uma amizade muito superficial. Até que, certo dia, no café onde trabalha como garçonete, Victoria conhece um escritor chamado Georges, que parece conseguir adentrar o mundo tão fechado da protagonista. No entanto, tudo muda quando alguém invade a sua casa e deixa rastros semelhantes aos do crime que ocorreu no passado, o que a faz pensar que o assassino está de volta para terminar o que deixou inacabado vinte anos antes.

"Há algo de cruel sobre o passado. Ele não pode ser mudado."

Esse livro é bastante diferente dos outros que li do autor por dois motivos principais: 1) A protagonista é uma mulher e a história nos é apresentada do ponto de vista dela; 2) Trata-se de uma trama psicológica, e não de um suspense permeado por cenas de violência física. Achei interessante Raphael ter buscado um caminho novo nessa obra, mas, pra mim, a tentativa não foi bem-sucedida.

Sabemos muito sobre a protagonista – seus medos, suas necessidades e os segredos que esconde –, mas todos os outros personagens, que têm grande importância na história, são pouco explorados. Por isso, não entendemos muito bem suas motivações, inclusive a do assassino.

Além disso, ao longo da leitura, encontrei algumas contradições. Por exemplo: no começo do livro, Victoria é descrita como uma jovem de cabelos curtos; algumas páginas depois, sua tia Emília elogia seus cabelos compridos. O pior é que essa é uma característica que tem destaque na história!

"Naquele dia, vestia calça larga de pijama e um blusão azul-marinho confortável, mas não deixava de colocar o lacinho que sempre usava nos cabelos curtos." (p. 21)
"'Você está parecendo sua mãe', ela disse, com um sorriso. 'Os cabelos compridos, o brilho nos olhos...'" (p. 128)

Foi difícil reconhecer a escrita brilhante de Raphael Montes nesse livro, mas, felizmente, isso não foi suficiente para fazer eu deixar de gostar do autor. Só espero que, no próximo, ele volte a escrever aquele bom suspense de tirar o fôlego e deixar sem dormir!

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quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Indicação: Livros nacionais contemporâneos

Oi, pessoal!

Que tal conhecer leituras brazucas de autores contemporâneos? Se liga nas indicações que o Dear Book separou para vocês:


Título: Melanie
Autor: Maxwell Santos
Editora: Publicação independente
Sinopse: O ano é 2007. Melanie, 18 anos, jovem moradora do Bairro da Penha, tem o sonho de ser médica. Ela faz a prova de seleção para o Projeto Universidade para Todos (PUPT), à época, gerido pela Fundação Ceciliano Abel de Almeida.

Sua vida é radicalmente transformada quando é atropelada com seu irmão Juninho, sua prima Bárbara e o frentista Carlinhos num posto de gasolina por dois rapazes que estavam participando de um racha. A prima e o irmão morrem, assim como o frentista. Mesmo com esses problemas, ela dá a volta por cima e ainda ganha uma bolsa de estudos no cursinho mais caro da cidade: o Lamarck. 

Naquele ano, a UFES aprova a reserva de 40% para alunos de escolas públicas. No texto, o autor mostra a repercussão da medida entre os alunos de escolas públicas, os alunos da rede privada e o dono do Lamarck, que representa uma peça do ecossistema chamado indústria dos cursinhos e vê nas cotas uma ameaça à hegemonia do seu cursinho, principalmente nas áreas de Medicina, Direito e Engenharias. Há confronto ideológico entre os alunos das duas redes na UFES e Melanie é vítima de discriminação pelas colegas de cursinho.image.gif

Será que a jovem alcançará sua meta?



Título: A Princesa e o Plebeu
Autora: Sabrina Dias
Editora: Chiado
Sinopse: Luciana Evangeline Greymon é uma princesa incomum, segura de si e com uma personalidade forte. Presa em seu castelo pelo próprio pai sonha em conhecer o mundo fora dos grandes muros. Ao descobrir que será obrigada a casar-se por negócios, foge do palácio e encontra aquele que pode ser o amor de sua vida.

Liam não é exatamente o príncipe encantado de um conto de fadas. O camponês pode ser bem irritante as vezes. E a personalidade conflitante dos dois os deixa intrigados.

Mas, como a vida sempre guarda surpresas, alguém no castelo quer fazer mal a família real e isso deixa Luciana e todos que ela ama em perigo.

Uma história com um amor proibido, um traidor impossível e um príncipe perdido.




Título: A Segunda Aurora
Autor: Juliano Righetto
Editora: Chiado
Sinopse: Numa misteriosa vila encravada no planalto central brasileiro, um povo sofrido luta bravamente para sobreviver aos desafios da natureza. É lá que Deati, a contadora de histórias local, irá se deparar com uma figura intrigante, um ser que emite luz pelos olhos e que talvez não seja exatamente o que parece ser...

O amor que nascerá deste encontro será a chave para que a doença que vem matando as crianças nascidas naquela vila seja curada. E a epopeica busca desta cura nos levará por uma viagem pelo Brasil, em uma época bem, bem diferente da que estamos acostumados. “A Segunda Aurora” é uma jornada em busca do melhor que o homem tem, uma ode às conquistas da humanidade, e uma maneira de você, leitor, questionar sua própria perspectiva da realidade...




Título: Dois Pequenos Espertos
Autora: Irinéia Andrade
Editora: Chiado
Sinopse:O surgimento dessa obra aconteceu com dois gatinhos mais que especiais: Alfredinho e Gustavinho, que estavam nas ruas e foram para algumas vitrines de Clínicas Veterinárias e Pet Shop à espera de alguém que pudesse acolhê-los. A surpresa foi que, além de precisarem de uma casa para morar, eles gostavam de brinquedos, bolinhas, computador e de videogame.

No livro, a autora aborda, entre suas escritas diárias, o comportamento e a vida de dois gatinhos que se tornam irmãos quando foram viver na mesma família, em épocas diferentes, porém ambos pareciam seres humanos e de verdade; eles existiam.

Alfredinho, por ser muito inteligente, se tornou o maior companheiro que Bill poderia ter encontrado durante toda a sua vida. A partir daí, ele aprendeu a fazer as mesmas coisas que o seu papai adotivo, então começa a assistir televisão, a brincar com computador, com videogame e a fazer algumas coisas surpreendentes: chutar bolinhas e assistir jogos de futebol.

A obra pretende mostrar a história de Alfredinho e Gustavinho, os dois gênios que queriam viver com muito carinho e diversão; são companheiros e fazem brincadeiras de maneira inesperada e divertida.

Os pequenos gostam de crianças e de adolescentes para se tornarem amigos, além disso, aproveitam para bolar muitos planos infalíveis juntos, como apertar o botão do videogame e do computador para assistir filmes e desenhos, além de serem parceiros criativos.

Alfredinho vive como um verdadeiro garoto, mas quando chega o tempo de sua viagem, fica um espaço vazio que só pôde ser preenchido com o seu irmãozinho, Gustavinho, um pequeno marronzinho, de olhos azuis, bem espertos que, com sua genuína semelhança, é muito inteligente e pretende surpreender todos os que acompanharem essa história.


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segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Resenha: "Glória e Ruína" - Graça e Fúria #2 (Tracy Banghart)

Tradução de Isadora Prospero

Por Stephanie: Glória e Ruína é a conclusão da duologia iniciada em Graça e Fúria, que resenhei aqui no DB ano passado. Neste segundo livro, continuamos a acompanhar a saga das irmãs Serina e Nomi, que estão tentando sobreviver em meio a circunstâncias nada favoráveis para ambas. Em meio à possibilidade de um reencontro, seguimos nossas protagonistas, que tentarão mudar o destino das mulheres de Viridia.

(...) Porque é difícil esperar muito de si mesma quando o resto do mundo não acha que você é capaz. (...)

Essa sequência já começa bastante eletrizante, com diversos acontecimentos impactantes logo de cara. Malachi e Nomi me deixaram muito apreensiva, temendo muito por suas vidas. Já Serina me deixou confiante, pois desde o início se mostrou uma mulher forte e que evoluiu bastante devido aos horrores que passou em Monte Ruína.

E por falar em Serina, ela segue sendo a minha personagem favorita. Apesar de tomar algumas decisões erradas nesse livro, eu ainda a admiro bastante e concordo com a maioria de suas atitudes. Val não foi tão presente, até queria ver um pouco mais dele, mas também acho que a autora acertou em dar mais foco nas personagens femininas na história. Já Nomi, assim como no primeiro livro, não me agradou muito. Ela é indecisa demais e seu relacionamento com Malachi não é dos mais críveis. Achei bem sem sal, na verdade.

(...) Eu me recuso a ser uma garota morta.

Em relação ao desenvolvimento geral do enredo, eu gostei de uma parte das escolhas de Tracy Banghart, porém achei que ela deu uma exagerada nas mortes, de tal forma que parei de me importar em dado momento. Já nem lembro mais quais personagens secundárias morreram…

Também fiquei incomodada com a facilidade com que as coisas se resolveram. O livro é curto, mal chegando a 300 páginas, portanto é justificável que tudo se desenvolva de forma mais simples mesmo, mas eu acho que alguns acontecimentos poderiam ter sido mais bem desenvolvidos.

O desfecho é satisfatório e deixa uma parte para ser imaginada pelo leitor, o que eu acho positivo na maioria das vezes. No geral, eu gostei dessa duologia e recomendo para quem quer ler uma história de fantasia leve e com uma pegada feminista.

Até a próxima, pessoal!

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sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Resenha: "Através do Vazio" (S. K. Vaughn)


Tradução: Renato Marques

Sinopse: Em Através do vazio, ficção científica e suspense se misturam, construindo uma trama complexa e emocionante que mantém o leitor envolvido até a última página. É Natal de 2067. Os acordes de uma música natalina ecoam pelas ruínas de uma espaçonave que flutua pela escuridão. Lá dentro, May desperta lentamente — a única sobrevivente de um acidente desastroso na primeira viagem tripulada a Europa, a lua de Júpiter. Sozinha no vazio do espaço, em uma nave caindo aos pedaços, May tenta desesperadamente reencontrar o caminho para a Terra. A única pessoa capaz de ajudá-la é Stephen Knox, um cientista brilhante da Nasa... e um homem que ela magoou profundamente antes de partir. Enquanto ela batalha pela própria sobrevivência e sinais de sabotagem começam a vir à tona, a voz de Stephen parece ser a única coisa capaz de atravessar o vazio insondável do espaço e levá-la de volta para casa em segurança. 

Por Jayne Cordeiro: Ando meio que em uma "vibe" de Sci-Fy, então não podia deixar a chance de ler esse livro passar. Através do Vazio é um suspense misturado com ficção cientifica, que carrega toda uma tensão, enquanto acompanhamos a luta da protagonista May para conseguir escapar do espaço. Junto com isso vemos todo o desenrolar que acontece na Terra, envolvendo seu marido Stephen. Eu adorei esse livro. Ele tem a dosagem certa entre romance ficção e suspense, que cativa o leitor, e não deixa você parar de ler até chegar no final.

Se não tivéssemos felizes e satisfeitos como indivíduos, seriam dois chatos ressentidos, vulneráveis e insuportavelmente maçantes, como praticamente todos os outros casais do planeta.

Ele é muito bem elaborado na questão da ficção, com conversas e dinâmicas bem condizentes com cientistas, astronautas e viagens espaciais, mas sem ficar cansativo, confuso, e ainda mantendo uma pegada bem atual, mesmo se passando em 2067. Durante a leitura acompanhamos o presente, com a May e o Stephen, mas também momentos do passado que nos ajudam a entender os personagens, seus comportamentos e que vai esclarecendo aos poucos alguns mistérios que vivenciamos com a May, que logo no começo do livro acorda com perda da memória mais recente.

Só tem essa coisa chamada movimento orbital. Talvez você tenha ouvido falar. Planetas se movendo ao redor do Sol e coisa e tal. A menos que você seja um desses merdinhas que acham que a Terra é plana.

Gostei de como temos esse mistério envolvendo o que aconteceu com a nave e com a May, mas também sobre como ela foi parar nessa viagem, ou porque a relação dela como Stephen estava estremecida. O livro trás uma bela carga dramática, como as questões de relacionamento, filhos, pais e carreiras. Fou um complemento bem legal, e torna o livro muito mais rico.

Você quer ser o herói, como todos os homens, e não enxerga que eu não preciso de um herói. Eu sou a heroína. Eu.

Junto com todo o drama e suspense, damos boa risadas com a May e a Eva (a Inteligência artificial da nave) que são ótimas nos comentários. Na verdade, eu gostei muito dos personagens do livro. São extremamente ricos, bem aproveitados, e complexos. Você entende seus comportamentos, agustias, e torce junto com eles. A May é uma girl power de marca maior, e é gostoso ver uma protagonista que não é perfeita, mas que se impõe e não desiste. A história também nos dá um bastante emoção, com cenas de ação e surpresas. É um ótimo livro para quem gosta do gênero de ficção cientifica e viagens espaciais. Foi uma leitura que me surpreendeu muito, e que vale a indicação.





 
Ana Liberato