quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Recesso do Dear Book


Olá, amigos leitores!



Só passando para um recado rapidinho, que explicará nossa baixa atividade nos próximos dias.

Neste mês de setembro, o blog vai entrar em recesso. Isso já havia sido pensado desde o começo do ano, para acontecer em determinados meses, e vez que não tivemos uma pausa em julho, setembro parece estar pedindo uma pausa aqui nas atividades ^^ Mas não se preocupem, logo logo voltamos com mais gás, livros e sorteios.

Neste meio tempo, revisitem nossos posts! Tem tanta coisa legal que perpassa pelo dia a dia, né? Separei aqui seções que vocês podem dar um pulinho e conferir muito conteúdo maneiro:

Últimas resenhas



Últimas indicações









Nos vemos em breve!

Dear  Boss.

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segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Resenha: “Louco Amor de Fã: um romance um tanto incomum” (Sheila Lima Wing)

Por Kleris: Depois de uns meses agitados e intensos, tudo o que estava buscando era algo bem leve e divertido – de uma ou duas sentadas de preferência. Foi nessa procura pela próxima leitura que conheci Louco Amor de Fã da Sheila Lima Wing, uma novelinha ideal para o descanso.

Maria das Dores – ou melhor, Madori – nunca conseguiu ser próxima das irmãs, nem do pai. Suas personalidades, caráter e gostos apenas não batiam. Mas Madori tentava suas formas de se aproximar... Numa delas, teve sua primeira experiência de fangirl, e por saber o quanto suas irmãs curtiam ser fãs de algo, Madori foi contar sobre como se apaixonou por certo colunista de uma revista juvenil, e que sua cartinha de fã fora respondida pelo próprio! As irmãs não perderam tempo em estragar todo o momento. A mágoa de menina foi tanta que jurou não mais gostar de nada, nem voltar a se aproximar das irmãs.
Ainda que viajasse por aquelas páginas multicoloridas e me divertisse vez ou outra, a certeza que tinha até então era a de que aquela coisa de ser tiete nunca faria parte de mim.

E assim elas cresceram, ao meio de uma situação familiar que separou seus pais. As irmãs tomaram partido do pai, Madori da mãe. Assim que atingiu a maioridade, nossa protagonista deu no pé para dividir uma casa com a melhor amiga. Entramos na história quando está chegando o casamento de uma das odiadas irmãs, em que Madori tem de marcar presença e ainda lidar com um convidado inesperado em sua casa – um cantor que pagaria pela estada a quantia necessária para ela se libertar de vez do pai. Que, aliás, era o crush do momento de sua melhor amiga. Mas Sheila Wing lhe reserva um fim de semana de muitas reviravoltas que vai remexer com seu passado e presente como nunca.

I feel you, Maria! #empatia

Com uma escrita gostosinha, Louco Amor de Fã chega com uma historieta inusitada. Bem simples, a noveleta mexe de diversas formas com nossos ideais de família, pertencimento, além de preconceito, apesar de ter alguns personagens estereotipados. Sheila também brinca com o clichê e resolve dá um nó em nossas impressões. Suas pistas são danadas, não entregam totalmente de cara, induzem pra um lado e outro, e a saída para a história me surpreendeu.

Maria é uma personagem um pouco amarga e vive na defensiva – com razão – e dentre os outros personagens, quem se destaca é Karol, que entra na trama para intrigar os leitores. Através dessa relação que praticamente toda a história se movimenta.

Vez que Madori é também uma leitora, há variadas menções de leituras (nacionais, principalmente, em claro apoio a nossa literatura), além de referências que vão da cultura pop à otaku. Ao momento destas notas, no entanto, diria que escrita precisa se firmar mais um pouco, para não parecer algo solto, fora alguns cuidados com o ponto de vista, o que dão uma ligeira impressão de fanfic à história. 
(“Você tem o Shimura Danzou e eu tenho minha Dolores Umbridge, viu? brincou ele”)

Por outro lado, as citações de finais de capítulo, com links e perfis referenciados de outros autores, dão um plus ao que está sendo retratado. É, mais uma vez, uma forma de a autora demonstrar seu apoio a nossa literatura. Tem até homenagem direta! Quem conhece, percebe logo de cara.
“Ter outros sentimentos vai depender de quanto amor vive em você”Dâmaris Sena
Instagram @poestisadequarto


Louco Amor de Fã fala sobre nossa necessidade de se encontrar no outro, de ser aceita pelo que é, de respeitar e valorizar as pessoas e suas escolhas, de se libertar de amarras, e sobre ser fã e não se fechar para aquilo que se gosta por conta do julgamento de uma ou outra pessoa. Simples e à sua maneira, Sheila nos oferece uma leiturinha tragicômica, relax e com toques de mistério, excelente para quando você tá saindo de uma baita ressaca.
— O nome todo dele é Teodoro Queiroz? — perguntou ela quando terminou a leitura.
— Acho que sim. É o que diz na primeira matéria que eu li.
— Parece nome de avenida... — comentou ela com uma careta.

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(ele está no Kindle Unlimited)

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Visite o site da autora aqui.


Até a próxima!

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sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Resenha: “Fiquei com seu número” (Sophie Kinsella)

Tradução de Regiane Winarski

O livro já foi resenhado anos atrás pela Juny – aqui.


Por Kleris: Ao decidir por uma releitura, a gente já imagina o que vai encontrar, porque, bem, já passou por aquele lugar. Costumo reler livros em viagens, porque não quero ficar naquela de “será se vai ser uma boa leitura?”; quero entrar na leitura com a certeza de que vou gostar. E foi assim, my friends, que puxei mais uma vez Fiquei com seu número da prateleira e Sophie me deixou no chão: rolando de rir, sem ar, chocada. Quase sem palavras sobre como eu a admiro.

E me perguntando seriamente POR QUE RAIOS EU PASSO TANTO TEMPO SEM LER CHICK-LITS. Descobri o porquê, mas ainda não estou satisfeita – o que é outra história. Vamos à resenha!

Poppy se vê numa situação bem... complicada. Ao meio de uma reunião com as amigas e colegas para surtar sobre o anel de noivados, o hotel que hospeda um evento social vira um pandemônio quando a sirene de incêndio soa, e ao meio do transtorno, Poppy perde o anel – da família do noivo, Magnus. Entramos na história justo no momento de maior desespero de Poppy, enquanto ela revira o saguão do hotel atrás da joia. Sem muita esperança, ela tem que esperar notícias e então... lhe roubam o celular na rua. Nem preciso dizer que sua síncope toma maiores proporções, né? Mas no meio do pânico, uma luz surge: ela acha um celular no lixo e resolve usá-lo até arranjar outro, até porque Poppy NÃO PODE perder nenhuma notícia sobre o anel nesse meio tempo.

É assim que ela entra no mundo de Sam, o responsável pelo aparelho. Que, aliás, acaba de perder a assistente e precisa da ajuda de Poppy para fechar um negócio ali mesmo no hotel. É apenas ÉPICA a cena que ela salva o mundo corporativo – ou pelo menos a empresa de Sam. E é essa gentileza – e mico da vida – que faz Sam repensar sobre o aparelho celular e permitir que eles dividam a caixa de mensagens. Chamar mais confusão que isso não sei dizer – que é, na verdade, só uma pontinha do iceberg desta trama. São tantas reviravoltas que não consigo dizer mais que isso.
Conforme vou descendo os e-mails, começo a me sentir desconfortável. Nunca tive tanto acesso ao celular de outra pessoa. Nem ao dos meus amigos. Nem mesmo ao de Magnus. Tem certas coisas que não se compartilha. 
Isso é totalmente surreal. E emocionante. E um pouco angustiante. Tudo ao mesmo tempo. 

Confesso que tinha um receio de reler este livro por motivos de 1) li tem quase 5 anos, e 2) depois que se muda algumas filosofias de vida (como o feminismo), diversos livros ganham nova visão e é provável que essa nova experiência de leitura seja... ruim. Estaria eu preparada para deixar minha Sophie ir? Ou melhor, estragar minha visão da autora? Posso dizer agora que: não se preocupem, não só continua MARAVILHOSA, quanto minha admiração subiu mais uns degraus e marquei ainda mais cenas do que já tinha marcado #totalwin

Sophie entrega mais que uma história apaixonante, ela OUSA, ela quebra barreiras, e chuta na cara de quem fala que chick-lit é uma narrativa fácil ou rasa. Bem, tudo depende da abordagem, né? Apesar de apresentar situações que encaixam fácil no estilo, a maneira com que Sophie nos induz faz toda a diferença. Em Fiquei com seu número então, tem inúmeras razões que confirmam isso. Diria até que é a marca da autora dar essa rasteira nos desconfiados e/ou haters.
Não.
 Não não não não não.
 :( Não faz isso.
 Você não pode.


Arrisco dizer ainda que os melhores “e se?” se encontram também nesta leitura. São situações absurdas e totalmente plausíveis. Não tem nada que te faça ficar “hmmmm, não me parece possível” ou “aham, colega”. São fatos que seguram nossa atenção do começo ao fim em um mega deleite do chamado “romance slow burn” – aquele que queima devagar e de maneira progressiva.
E não quero soltar. Não quero que isso termine. Embora eu esteja tropeçando e com frio e no meio do nada. Estamos num lugar onde jamais nos encontraremos de novo.

Além daquele lance de ver/ler coisas que não tinha percebido na primeira leitura, outra coisa super interessante sobre reler livros é o quanto de informações que a nossa mente apaga! Costumamos nos agarrar a algumas coisas, e esquecemos totalmente outras, tão marcantes quanto, e é isso que faz ser uma experiência tão impressionante. Não achei que seria possível amar muito mais a Kinsella <3

Nem preciso dizer o que foi reviver minhas cenas preferidas, né? A cena da Poppy enrolando os japoneses, a cena do sabão na janela, as NOTAS DE RODAPÉ, as palavras-cruzadas, o BOSQUE... FEELS EVERYWHERE. Não duvido que serão, em sua maioria, as mesmas das de vocês ^^ entendedores entenderão e não, não é spoiler!
Não há resposta, mas não ligo. É catártico apenas digitar.

Enfim, é uma leitura gostosa, alucinante, mil e umas reviravoltas aloucadas, apaixonante, genial, irresistível... I N C R Í V E L. Procura uma leitura contemporânea bem fresh? De cair o queixo e lhe faltar o ar pelas gargalhadas? Com conspiração, mistérios e armações? Mulheres em busca de sua independência? Com muita tragicomédia e amor? Pois se prepare pra vomitar arco-íris e ao mesmo tempo nadar neles. Leve Fiquei com seu número a g o r a <3 E se já leu, vale ler de novo!

Se recomendo?! Minha vontade é de sentar o dedo na letra i e não soltá-lo nunca mais: recomendadíiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiissiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimo!
50. Antiético é o mesmo que desonesto? Esse é o tipo de debate moral sobre o qual eu poderia ter perguntado a Antony. Em circunstâncias diferentes.

Até a próxima!

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segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Resenha: “Peça-me o que quiser e eu te darei” (Megan Maxwell)

Tradução de Monique D’Orazio

Leia também:
Surpreenda-me


*Por Mary*: Essa mulher não é escritora pra cardíaco, não.

Se tem uma frase que ecoa na minha cabeça sempre que leio os livros dessa série é: “Miga, assim não dá pra te defender”. Tá pra nascer protagonista com maior talento pra dar tiro no pé do que essa Judith, francamente. 
- Quanto? – perguntou ele. Elas se entreolharam, e Mel pergunta, intrigada:- Quanto o quê? Com um sorriso encantador, o homem pegou a carteira, mostrou a elas e insistiu: - Cem para cada uma se me acompanharem por uma hora. As amigas trocaram um olhar.- Desculpa – replica Jud, achando graça – mas tenho que comprar um iPhone 6 e cem não dá nem pro cheiro.
Aliás, tem sim: Ana; que, por sinal, também pertence a Megan e quase me mata de raiva quando li Pela Lente do Amor.

Mas falemos disso mais adiante. Primeiro, quero deixar a playlist atualizada desta série maravilhosa:


E esse vídeo aqui pra você ouvir e sofrer junto comigo:


Como diria Jud: a gente até quer ouvir uma música dançante, mas o lado sofrente sempre fala mais alto.

Mas antes de começar esta resenha, preciso deixar um aviso aos navegantes, de que este texto contém SPOILER dos livros anteriores – incluindo seu spin-off. Então, se você ainda não começou a ler Surpreenda-me e não tolera saber finais antes da hora, fique avisado e não venha me xingar depois.

Lembram que eu disse uma vez que acompanhar esta série é como acompanhar, de fato, a vida real de um casal, desde os primeiros encontros? Pois bem, em Peça-me o que quiser e eu te darei, Judith e Eric já estão juntos há cinco anos, mantendo acesíssima a chama da paixão – apesar de permanecerem discutindo dia sim e outro também. Com três filhos e um amor avassalador, a relação vai de vento em popa, até que o retorno de uma mulher do passado de Eric e os conflitos do dia a dia faz ruir todas as certezas de Jud.

Outro casal que vai muito bem, obrigado, é Björn e Mel. Embora tudo pudesse melhorar se a teimosa ex-tenente do Exército Americano finalmente aceitasse o pedido de casamento do nosso James Bond predileto. Ao lado de Sami, os três formam uma bela família, que precisará provar toda sua força mesmo diante de rivais perigosos e presentes surpreendentes. 
- Vamos fazer uma troca. Eu te dou uma coisa. Você me dá outra.Mel pensa. Poderia ser uma boa ideia. Ela concorda, balançando a cabeça.- Está bem. O que você quer?- Qualquer coisa? – pergunta o advogado, com segundas intenções.Mel passa as mãos pelo cabelo curto e bagunçado e afirma:- Se isso faz você ficar mais tranquilo, querido, claro que sim!O sorriso de Björn se alarga e, de repente, ela entendeu o que ele pensava. Mel inclina o corpo para a frente e se apoia na mesa.- Você é um trapaceiro – sussurra.- Por quê? – diz ele, dando risada.- Porque sei muito bem o que vai me pedir e parece péssimo.- E o que eu vou pedir? – pergunta ele, rindo outra vez, consciente de que a namorada tinha razão.Mel se remexe na cadeira, bufa e diz, apontando para ele:- Você vai pedir para me casar com você e para termos um pequeno Homem-Aranha para chamar de Peter, não é?O alemão sorri. Nada lhe agradaria mais.- Seu sobrenome já é Parker, querida. 
Alternando sua narração entre a primeira e terceira pessoa – dando voz para Judith e Mel, respectivamente – neste volume Megan Maxwell abre mais espaço para a trama secundária de Björn (que eu, francamente, amei). Arrisco dizer que, sob todos os protestos que eventualmente surjam, a trama de Björn e Mel me pareceu muito mais interessante do que a principal. Espetacularmente, Björn não decepciona nunca e fiquei ansiando por mais desse casal surpreendente.

Confesso que comecei essa leitura acreditando que não havia mais assunto para explorar. Aliás, Megan Maxwell tem esse talento de nos surpreender, porque sempre tira um bom conflito da manga e zás! nos captura até a última página. 
- Grávida... Você, grávida.- Sim, mamãe. Eu, grávida. Vou ter um bebê! – Marta sorri. – Legal, né?- Que loucura – suspira Eric.Minha sogra se abana com as mãos. Ela está sem ar, mas então consegue dizer:- Mas, filha, se até suas plantas de plástico morrem... 
Entretanto, esteja preparado para sofrer.

Desde o primeiro livro, estabelecemos um padrão: Eric pisa na bola várias vezes, Judith vai relevando, relevando, até que explode. Eu apoio. E aí, brava, ela começa a fazer merda atrás de merda (merdas dessas catastróficas, piores do que as dele). Aí eu desapoio. Dá vontade de entrar no livro só pra dizer “Desse jeito tu perde a tua razão, mana”.

Apesar dessa raiva que a Megan faz a gente passar, penso que estes “defeitos” dos personagens são muito positivos, porque criam uma identificação com o leitor. Sobretudo se considerarmos que se trata de uma história cuja temática é muito distante da maioria das pessoas, esse aspecto verossímil das personas proporciona que o leitor se reconheça em, pelo menos, algum momento. Seja com o cara bonitão que se sente solitário, com a mulher durona que acredita não precisar de ninguém, no homem que criou uma muralha de gelo ao redor de si para se proteger da dor ou na garota impulsiva que vive enfiando os pés pelas mãos. E talvez seja esse aspecto humano de seus personagens que causam tanto fascínio nos diversos países em que Megan Maxwell é publicada. 
- Sabe, morena?- O quê?Apaixonado como um bobo por aquela descarada de cabelos curtos, o advogado crava os olhos azuis nos dela e fala baixinho:- Ao seu lado sou capaz de qualquer coisa.- Ah, é? E por que esse comentário?Ele então olha para o adolescente que ria com os pequenos e, sem pensar duas vezes, responde:- Porque, desde que estou com você, aprendi que as coisas que valem a pena nunca são simples. Graças a você, posso dar essa oportunidade a Peter. 
E você acha que acabou aqui? Na-nani-nanão. Mete um #HABEMUS aí, porque, além de Passe a Noite Comigo, spin-off lançado em maio pela Editora Planeta, recentemente Megan anunciou em sua página oficial no Facebook que será publicado ainda este ano lá na Espanha, precisamente no dia 7 de novembro, o livro Yo soy Eric Zimmerman, contando a trama de Peça-me o que quiser do ponto de vista do nosso protagonista. O anúncio causou muito burburinho nas redes e as opiniões se dividiram a respeito.

Peça-me o que quiser e eu te darei não é uma leitura para cardíacos. Definitivamente.  Todavia, é numa leitura para quem quer emoção, desejo, riso, lágrimas e raiva. Mais ainda, este livro é para quem exige uma boa trama, com conflitos contundentes e personagens reais em uma história aparentemente distante. 
Passam alguns minutos e, quando me dou conta de onde estou, como estou, e ainda por cima presa, sinto que vou explodir a qualquer momento. Ficar encerrada em um elevador nunca me agradou. Como a suar. Por sorte, estou com a mesma bolsa que trouxe de Jerez e dentro está o leque de flores que Tiaré, uma amiga, me deu de presente. Rapidamente eu o pego e começo a me abanar.Mãe do céu... mãe do céu, que calorão estou sentindo, e que angústia!Merda... Merda... Será que vou desmaiar?- Você está bem?Ao ouvir essa voz, eu me abano mais devagar. Giro no lugar para olhar e fico sem fala quando encontro o homem que já não sei se me partiu o coração, a alma ou sei lá o quê.
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sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Resenha: “Surpreenda-me” (Megan Maxwell)

Tradução de Monique D’Orazio

Leia também as resenhas da série principal:


*Por Mary*: Olê, elê! Cheguei trazendo mais este spin-off da série que, com o perdão do trocadilho, surpreendeu-me irreparavelmente.
- Se eu te beijar, vai me morder outra vez?- Se eu fosse você não tentaria.
Sem dúvida, aguardei ansiosamente por este livro. E não apenas porque Björn é um de meus personagens prediletos, mas também porque este foi o verdadeiro chamariz para que eu iniciasse a leitura da série Peça-me o que quiser.

Há algum tempo, navegando pelos Submarinos da vida, me deparei com esta obra, de uma autora que adoro e com uma sinopse tentadora, e fiquei muito interessada. Porém, ao perceber que se tratava do spin-off pertencente a uma série – que, a princípio, não me chamou tanta atenção – acabei deixando pra lá; até mesmo porque, até então, eu não estava em um bom momento para me comprometer com uma série de tantos volumes.

De lá pra cá, minha admiração por Megan Maxwell aumentou e achei que valia a pena dar uma chance para esta série, mesmo que, lá no fundo, eu estivesse mais interessada pelo spin-off que estava por vir. Me comprometi a ler na ordem, como manda o figurino, e, olha, o meu único arrependimento é não ter lido esta série antes. Que livros maravilhosos!
- Escuta, Björn, se o seu coração escolheu a Melanie, nada vai conseguir se opor a ele. Meu conselho é que você se deixe levar pelos sentimentos e se concentre no presente. O que tiver que ser, será.- Porra, cara, você está me assustando!Eric sorriu antes de desligar, zombou:- Pode ficar assustado!
Esta experiência até me tem feito repensar uma outra série que tenho deixado de lado, sempre passando para depois...

Enfim, trago música boa, nesta playlist que melhora a cada atualização:


UM MUSICÃO DESSES, BICHO!


Mas antes de começar esta resenha, preciso deixar um aviso aos navegantes, de que este texto contém SPOILER dos livros da série principal. Então, se você ainda não começou a ler o terceiro livro e não tolera saber finais antes da hora, fique avisado e não venha me xingar depois.
Saiu uma gotinha de sangue e Mel, sem pensar, pegou um band-aid das Princesas e, da mesma forma que tinha feito na filha, colocou na mão dele.- Pincesaaaass! – aprovou a menina, chegando perto.Assim que Mel terminou, olhou para Björn e disse animada ao perceber que a filha os observava:- Saiba que a Bela Adormecida vai fazer você sarar, num passe de mágica a dor vai passar, tchan... tchan... tchan!, para nunca mais voltar.Pergo de surpresa por aquela bobagem, Björn olhou bem para ela e disse piscando:- Tá de brincadeira, né?

Björn Hoffmann, nosso advogado bonitão, melhor amigo – e principal conciliador – do casal de Peça-me, conheceu Mel quando esta socorreu Judith, que entrara em trabalho de parto dentro do elevador de um shopping center.

Desde o primeiro encontro, surgiram faíscas diante do confronto de duas personalidades tão fortes e nem mesmo Björn, com seu jeito divertido e galante, consegue relevar o gênio mandão e provocador de Melanie Parker, uma piloto do exército americano que cuida sozinha da filha pequena e acha que não precisa de ninguém, que se basta sozinha.
- Olha, não faz diferença. Eu... eu não preciso de ninguém, Robert. Eu...- Como você não precisa de ninguém? Todos nós precisamos de alguém.- Eu achava que esse homem era... especial. Mas ele não quer falar comigo. Pra ele sou um maldito inimigo. Um militar americano. O que você quer que eu faça?- Porra, Mel... Se é dele que você gosta, convença-o de que, antes de ser militar, você é mulher. Faça o favor de se esquecer de uma vez por todas do seu passado e retome a sua vida. Deixa de ser a supertenente Parker 24 horas por dia e seja a Melanie. Juro que a vida vai ser melhor pra você, querida, porque todos nós precisamos de alguém especial que nos ame.
A implicância inicial, como é de se esperar, acaba se transformando em uma tensão sexual incontrolável e a sucessão de encontros furtivos acaba mostrando uma Mel alegre, doce, brincalhona e que desperta em Björn seu lado mais protetor.

Se tem um personagem que, definitivamente, merecia uma história só sua, essa pessoa é Björn; esse morenaço que conquista os leitores desde sua primeira aparição, lá em Peça-me o que quiser, e finalmente arrebata todos os corações em Surpreenda-me.
- Mas o que acontece com as duas Superwomen?Judith olhou para ele com tristeza e antes que explicasse Mel se adiantou.- Veja só, bonequinho, até as Superwomen têm sentimentos.Ele as encarou com surpresa. No caminho para o escritório, levando duas cervejas e querendo saber o que estava acontecendo, ele soube o que tinha que fazer. Chegando lá, ele colocou as garrafas na mesa de Eric e comentou:- A sua pequena está se acabando de chorar na cozinha.Não foi preciso dizer mais nada. Eric se levantou rapidamente e foi até lá. Björn foi atrás e ouviu o amigo perguntar logo que abriu a porta:- O que foi, querida?
Diferentemente dos livros da série principal, este spin-off é narrado em terceira pessoa, alternando os pontos de vista entre os protagonistas e, vez ou outra, quando conveniente, pegando um ou outro pensamento dos diversos personagens que figuram na história. Megan Maxwell costuma ser muito feliz na escolha de suas narrações e dessa vez não foi diferente. Ela administra os fatos e informações de acordo com as necessidades da trama a que se propõe contar, nunca deixando o leitor ter a sensação de que está sabendo demais ou de menos.

Esta é uma autora que parece saber perfeitamente a medida certa para tudo, seja do ponto de vista estrutural – narração, enredos, construção dos personagens – ou elementar da história. E isto, quem costuma se arriscar com as palavras em textos, poemas, contos e crônicas, sabe que é muito difícil de conseguir, porque quem está escrevendo, por saber tudo sobre a história que está contando, pode acabar se perdendo em extremos, não deixando espaço para a imaginação do leitor ou sufocando-o com informações muitas vezes desnecessárias.

Bicha, te venero.
Quando Mel e Björn ficaram sozinhos, ele ligou a água e a olhou nos olhos. A pergunta que ouviu dela em seguida foi um pouco inesperada.- Tudo bem?Ele respondeu que sim e algo em seu coração se descongelou naquele instante. Lembrou-se de Eric e sorriu ao entender o que o amigo tinha tentado explicar tantas vezes sobre ele e Jud. Sem saber por quê, naquele momento, tudo fez sentido. A química com uma mulher, e tudo o que isso significava, surgia quando menos se esperava. Finalmente havia encontrado aquilo com Mel e não ia perder.
De longe, este é o livro mais erótico da série. Se fosse outro escritor qualquer, eu recomendaria cuidado. Todavia, como já conversamos, Megan sabe dosar as ferramentas disponíveis, se renova de maneira a não permitir que o enredo caia na repetição e, mais importante, jamais perde a trama de vista. As cenas explícitas guardam relação com a proposta do livro, não parecem gratuitas ou descartáveis.

Algo que preciso destacar sobre Megan Maxwell, é o carinho imenso que ela parece ter por suas guerreras, como costuma chamar suas leitoras, parecendo homenageá-las a cada página, cena de ciúme, beijo arrasador, palavra de amor dos personagens. Acho louvável e maravilhoso.
- Uma rosa para a dama?Antes que Björn falasse alguma coisa, Mel se adiantou:- Dê uma ao cavalheiro, por favor.Enquanto Mel pagava, Björn pegou, atônito, a flor que rapaz lhe entregou.- É pra você – ela disse em voz baixa num jeito divertido, quando ficaram sozinhos.Confuso, Björn a encarou. Uma rosa para ele?- Não gostou? – Mel perguntou ao notar sua expressão.- Claro que gostei. Mas até agora era eu que...- Mas isso acabou – ela interrompeu. – Como é sempre você que me dá flores, hoje sou eu que te dou essa rosa. Igualdade entre os sexos, você não acha?
Além disso, é preciso ressaltar o significativo papel que esta autora exerce na representação da liberdade sexual feminina. Seguindo na contramão de muitos autores aclamados mundo afora, que evidenciam personagens femininas frágeis e submissas, Megan cria mulheres que representam seu séquito de leitoras: fortes, trabalhadoras, determinadas, que buscam o próprio prazer e não veem problema nenhum em demonstrar o que querem e nem por isso merecem menos respeito ou são menos mocinhas por isso. Mais ainda, o amor não as fragiliza, não as transforma em típicas donzelas indefesas; pelo contrário, as fortalece.

Eu não poderia terminar esta resenha sem fazer um adendo para um personagem que me intrigou do início ao fim: Comandante James Lodwud. Passei boa parte da leitura na dúvida se gostava, desconfiava ou não me importava com ele e, por fim, fiquei bastante curiosa para saber mais sobre este homem durão que não superou o abandono da ex-mulher. Megan, fica aí o pedido!
- Espero que algum dia você supere a história da Daiana, como eu acredito ter superado a história do Mike. Você perece uma vida melhor, James, e eu sei que você vai tê-la. Eu sei.Ele olhou para ela quando respondeu:- Foi um prazer te conhecer, Mel.Ela andou até ele, se abaixou e o abraçou.- Digo omesmo, James. Obrigada por tudo, porque, à nossa estranha maneira, você me ajudou a seguir vivendo. – Eles sorriram. – Espero que nossos encontros já não sejam como os de antigamente.Eles sabiam que aquilo era uma despedida. Tinha chegado o momento de esquecer os fantasmas do passado e de tentar retomar suas vidas.
Portanto, se você quer ficar arrebatado, vidrado na leitura, quer se apaixonar, suspirar, grudar naquelas páginas e só conseguir largar depois de ler tudo, Surpreenda-me, com certeza, é a pedida certa.
- Sabe de uma coisa? – ele insistiu nervoso, sem deixar que ela falasse. – Meu pai me aconselhou que, pra eu fazer você se apaixonar por mim, eu devia fazer você rir. Mas fique sabendo que, cada vez que você ri, quem se apaixona ainda mais sou eu, como um idiota. Eu te amo. Te amo com toda a minha alma e nunca tive mais certeza de nada na minha vida.  E se você não me amar, vai precisar comprar um grande carregamento de band-aids das Princesas pra tirar de mim a dor tão terrível que...- Björn...- Antes que você diga qualquer coisa – ele interrompeu outra vez -, quero que você saiba que estou disposto a lutar por você. Não me importa que você seja militar, nem americana, nem russa, nem polonesa. Não vou permitir que você vá pro Texas. Se você for, prepare-se, porque eu vou atrás de você e não penso em deixa-la em paz até que você ceda e decida voltar comigo, porque eu te amo e preciso que você me ame.
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segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Resenha: "Nos bastidores do Pink Floyd" (Mark Blake)

Tradução: Alexandre Callari

Por Sheila & Glaucio: Oi pesso@s lindas, como vocês estão? Ta aí uma coisa que nunca havia me chamado muito a atenção: biografias. Sei lá eu por que. Nunca tive muito interesse sobre a vida de ninguém. Curto muito as músicas do Pink Floyd, mas saber como a banda começou, curiosidades e - o que Mark nos promete - uma "história secreta" nunca havia me passado pela cabeça.

Maasss... meu marido também queria muito ler o livro. Temos uma certa diferença de idade, então os caras são muito mais da época dele do que da minha. Assim, lemos eu e meu marido, e resenhamos juntos (É na saúde e na doença, com biografia e com resenha também!).

Já havíamos feito isso antes, quando lemos e resenhamos aqui para o blog "O espadachim de carvão" (e se você ficou curioso pode conferir a resenha aqui) e seguiremos mais ou menos o mesmo modelo: vamos construir o desenvolvimento juntos e, ao final, colocar dois parágrafos com as opiniões de ambos separadas. Ok? Então vamos lá!

O livro trata da trajetória do Pink Floyd seguindo uma certa "linha do tempo" nos capítulos, onze ao total, em que o autor irá falar do começo da banda, gravações, primeiros shows, turnês, brigas entre os integrantes e, inevitavelmente, a dissolução desta que é considerada uma das maiores bandas de Rock de todos os tempos.

Momento a momento, vamos acompanhando a banda e sua trajetória, com detalhes que nunca antes haviam sido trazidos à tona em nenhum outro livro ou documentário produzido. Mesmo sendo um texto completo e minucioso, a escrita é agradável, o que faz com que a história complexa e intrincada dos integrantes seja lida em poucos dias, mesmo sendo mais de 400 páginas.

Começando com a reunião acontecida entre a banda em julho de 2005, e a tensão enolvendo o show para o Live 8, como uma forma de chamar a atenção para o encontro do G8 que iria debater o enfrentamento a pobreza no terceiro mundo, vamos acompanhar passagens excelentes, fotos raras e exclusivas e termina, novamente, no Live 8.

"Seria fantástico se pudéssemos fazer isso para algo como outro Live Aid, mas talvez eu esteja apenas sendo terrivelmente sentimental ... você sabe como são velhos bateristas"
Nick Mason
 

"Realmente, espero que possamos fazer algo juntos outra vez"
Richard Wright
 
"Acho que não passaríamos pela primeira meia hora de ensaios. Se vou estar no palco tocando, quero que seja com pessoas que eu amo"
Roger Waters
 
"Acho que Roger Waters tem meu numero de telefone, mas não tenho interesse algum em discutir qualquer coisa com ele"
David Gilmour
Segundo Glaucio, meu marido, Nos bastidores do Pink Floyd é uma narrativa minuciosa, envolvente e imperdível àqueles que se consideram fãs da banda, o que torna a leitura desta obra uma quase obrigatoriedade. Impossível não se emocionar lendo algumas passagens, sendo que o grande diferencial talvez sejam as entrevistas das pessoas próximas aos músicos.

Do meu ponto de vista, um pouco mais desapaixonado, parece ser um livro completo; houve realmente uma dedicação do autor em publicar uma obra definitiva, que abarcou a história não só dos músicos, mas das pessoas que eles eram antes disso, o que eu acho muito interessante. Afinal, as letras das músicas do Pink Floyd são cheias de simbolismos, que ficam um pouco mais claros quando descobrimos quem eles eram antes mesmo da formação da banda.

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sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Resenha: "O Planeta dos Macacos" (Pierre Boulle)

Tradução: André Telles

Sinopse: Em pouco tempo, os desbravadores do espaço descobrem a terrível verdade: nesse mundo, seus pares humanos não passam de bestas selvagens a serviço da espécie dominante... os macacos. Desde as primeiras páginas até o surpreendente final – ainda mais impactante que a famosa cena final do filme de 1968 –, O planeta dos macacos é um romance de tirar o fôlego, temperado com boa dose de sátira. Nele, Boulle revisita algumas das questões mais antigas da humanidade: O que define o homem? O que nos diferencia dos animais? Quem são os verdadeiros inimigos de nossa espécie? Publicado pela primeira vez em 1963, O planeta dos macacos, de Pierre Boulle, inspirou uma das mais bem-sucedidas franquias da história do cinema, tendo início no clássico de 1968, estrelado por Charlton Heston, passando por diversas sequências e chegando às adaptações cinematográficas mais recentes. Com milhões de exemplares vendidos ao redor do mundo, O planeta dos macacos é um dos maiores clássicos da ficção científica, imprescindível aos fãs de cultura pop.

Fonte: Skoob

Por Eliel: O filme O Planeta dos Macacos de 1968 é um dos meus favoritos e quando descobri que existia um livro em que ele foi baseado eu simplesmente precisava lê-lo. Desde que tive contato com a história de um planeta habitado por símios evoluídos que viviam em sociedade já me despertou o interesse por ficções científicas e por distopias, embora essa narrativa em particular me perturba até hoje. E lá no fundo, acho que a literatura tem que fazer isso mesmo com o leitor, tirá-lo da zona de conforto e levá-lo a lugares nunca antes imaginados.

Pierre Boulle criou um épico da ficção que até hoje tem arrastado fãs quando um novo capítulo dos livros de história desse Planeta é descoberto. Lembro que à certa altura da leitura eu defini o desenrolar como “eita atrás de eita” e foi assim até o final que deixou meu queixo no chão. Se você já assistiu os filmes precisa ler o livro também, afinal ele é o precursor dessa mitologia e contém aspectos que são um pouco diferentes e que precisam ser explorados.


O protagonista é Ulysse Mérou, um jornalista francês, que está em missão junto com o renomado professor Antelle e seu assistente para localizar um planeta com condições similares à Terra para que seja habitada pela crescente população humana. Após dois anos no espaço chegam ao planeta Betelgeuse, que atende aos objetivos da missão.


Tudo vai bem, há água, plantas e oxigênio. As dificuldades começam com o primeiro contato com os habitantes locais. Eles são extremamente parecidos com os humanos da Terra, apenas na aparência, o seu intelecto é mais próximo dos animais do que do homo sapiens. O que mais impressiona a tripulação são os seres dominantes desse planeta estranho, os macacos, ou melhor dizendo os símios. Humanos são tratados como escravos e uma raça inferior.
No planeta Soror, a realidade parecia completamente ao avesso: estávamos às voltas com habitantes semelhantes a nós do ponto de vista físico, mas que pareciam completamente destituídos de razão. Era de fato esta a significação do olhar que me pertubara em Nova e que encontrei em todos os outros: a falta de reflexão consciente, a ausência de alma. 

Pierre trata temas como preconceitos, racismo e dominação caça vs. caçador em forma de relato do próprio Ulysse com uma maestria arrebatadora e envolvente o que torna a leitura fluída e  de fácil entendimento pelo leitor. Sem tantos termos rebuscados ou técnicos que, geralmente estão presentes nesse tipo de literatura.

Ler Planeta dos Macacos é um ode à empatia. Enxergar com os olhos de Ulysse a evolução de uma espécie e também a involução de outra. Sua experiência como escravo de uma espécie que em seu planeta natal era usada como cobaia para experiências. Diante do desenrolar, vemos o quão importante é para uma sociedade coesa que seus membros tenham a habilidade de se colocar no lugar do outro.

Zira, uma cientista símia, é o maior exemplo de empatia por ajudar um ser considerado inferior e por enxergar que essa espécie é capaz de desenvolver intelecto com os devidos estímulos. A máxima defendida por ela é de que não é o corpo que o espírito habita que lhe confere valor, e sim o oposto.

O leitor será posto diante de questões da humanidade que lhe farão refletir, questões essas difíceis de responder e que com certeza não te deixarão na zona de conforto por muito tempo. Livro que merece ser lido e relido por inúmeras vezes.



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Ana Liberato