quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Interrogação #9 – Uma sinopse que seduz


Com Mariana Diniz, colunista da casa


Interrogação é uma coluna do Dear Book que recebe convidados para refletir o nosso momento enquanto ideias, hábitos, panoramas e manifestos culturais. A cada post, uma pergunta e uma opinião. Todo o conteúdo de resposta é de responsabilidade dos convidados. Sem periodicidade fixa, a coluna é organizada pela dear boss, Kleris Ribeiro.
  

Você já parou para pensar no que te seduz mais em uma sinopse?

M: Quando the best boss conhece você. Ela conhece. Melhor pergunta!

Resposta direta: Com tooooda certeza!

Se tem uma pessoa que começa a ler livro, lê as primeiras quarenta páginas e abandona, essa pessoa sou eu. Justamente pela bendita sinopse que muitas vezes me encanta, me deixa morta e louca de apaixonada. E se tem uma pessoa que decide devolver um livro à estante nas primeiras frases da sinopse, essa pessoa também sou eu.

Esses pequenos resuminhos do livro ou, em outros livros, uma mini resenha, são as primeiras palavras no contato entre leitor e livro. Mesmo que você já tenha lido uma resenha aqui no blog ou simplesmente comprado o livro às cegas. Quando o livro está em suas mãos, abrir naquela famosa orelha é quase automático. Pronto. Já surgem mil impressões daquelas dezenas de páginas que você vai enfrentar.

Os leitores de fanfic, com absoluta certeza, sabem o peso de uma boa sinopse. Não basta um “confie em mim, essa é uma boa história”. Em outros momentos, um trecho da história também não é o suficiente. Você precisa ser surpreendido. Agora, na tentativa de resposta à pergunta, o que me surpreende?

Eu enumerei diversos motivos do que não me surpreende; o que é chato, batido, clichê, desinteressante. E, tenho que confessar, minha lista estava grande ao ponto de não caber minha explicação num texto. E nem era essa a intenção da pergunta. Dizer o que não gostou é bem mais fácil do que dizer o que você gostou, afinal. Mas vamos tentar.

Os meus gostos literários, como o de todo mundo, variaram de 0 a 100 desde o meu início com a leitura. Há dez anos, eu era fã daquele romance clichê e de uma sinopse que apenas me desafiava a pensar se a principal iria conquistar o mocinho. Mas ela me desafiava, entende? Meu estilo de livro pode ter mudado, a forma de um livro me prender, não. Um bom truque é uma conversa direta com o leitor, uma forma de convencê-lo do porquê deveria levar o livro em questão. No entanto, como cada um é único, a formula para ser desafiado é muito individual.

As primeiras frases de uma sinopse vão ser as mais importantes para mim. Pois, imagine só, você dentro de uma mega livraria com dezenas de livros para conhecer. Ler uma sinopse que não começa bem pode ser o fim de um romance com um livro que poderia se tornar seu preferido. Para mim, o início de uma sinopse que me apresente algum personagem, temporalidade ou ambiente diferente já recebeu sua chance de me fazer querer saber mais. Aliás, quem não gosta de uma novidade?

Destes, um ambiente diferente é um dos pontos que mais gosto. Apesar de não ser muito fã de livros sobrenaturais, recentemente li uma sinopse sobre um circo com personagens sobrenaturais. Interessante, não? Outras vezes, um personagem simplesmente com um drama e um romance real é o bastante desde que haja uma problemática singular.

Sinopses com humor são outro traço importante. Adoro livros bem-humorados, e me fazer abrir um sorriso logo nas primeiras palavras já me ganha. A leveza de um livro com humor, se bem demonstrada na sinopse, é essencial para uma boa primeira impressão.

A melhor parte deixo para o fim. A escolha de palavras. Entre tudo que mencionei, não existe motivo subjetivo maior do que a escolha das palavras certas para o livro ter a chance de ser lido. Caracterizar o próprio livro é a forma mais clara de se perceber o peso das palavras; um thriller brutal, um suspense angustiante, um romance açucarado, um drama denso, uma aventura épica. Toda escolha nos leva a uma imagem mental, positiva ou negativa, sobre o que podemos ler. Isso é bem menos notável quando o meu autor está me explicando a história, entretanto, sabemos muito bem que essa escolha vai definir o seu público.

Sinopses são uma comprovação daquela velha máxima “a primeira impressão é a que fica”, já que não podemos julgar um livro pela capa.



Mariana Diniz é estudante de arquitetura, mas detesta desenhar. Faz uns rabiscos, quando obrigada, mas trocaria um desenho para escrever uma cena de romance. Extremamente apaixonada por viagem, sonha em conhecer lugares diferentes e ficar boquiaberta com mais um cantinho novo pelo menos uma vez por ano. Iniciou no blog como colunista de séries, passou a ser resenhista e hoje se sente extremamente feliz por ter reencontrado seu amor perdido com os livros.



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Ana Liberato