segunda-feira, 5 de junho de 2017

Resenha: “Peça-me o que quiser ou deixe-me” (Megan Maxwell)



Tradução de: Ernani Rosa e Tamara Sender

Leia também as resenhas dos volumes anteriores:

*Por Mary*: E então, preparados para o terceiro livro desta trilogia que não acaba aqui?

Dessa vez, não assustei o carteiro, juro... quer dizer, só quase beijei a carequinha dele.

Beijo, seu Carteiro! o/ Pense num cidadão que eu considero! :*




- Pequena, só você me interessa.
Vai me beijar, mas eu me afasto.
- Acaba de me virar o rosto, senhora Zimmerman?
Sua expressão, sua voz e seu riso conseguem por fim me fazer sorrir:
- Cuidado, senão, lá vai cotovelada, entendido?
Mas vamos lá, que aqui temos a playlist atualizada de Peça-me:



E dessa vez vou incluir um vídeo também, porque quero todo mundo sofrendo junto comigo:



Mas antes de começar esta resenha, preciso deixar um aviso aos navegantes, de que este texto contém SPOILER dos livros anteriores. Então, se você ainda não começou a ler o segundo livro e não tolera saber finais antes da hora, fique avisado e não venha me xingar depois.

- Legal. Se é uma ponte de namorados, acho legal que os nomes de vocês estejam aí. – E, olhando para os outros cadeados, continua: – E por que nesses cadeados há outros menores?
Abaixando-se também, Eric explica:
- Esses menores são o fruto do amor dos cadeados grandes. Quando os casais têm filhos, eles os incluem nesse amor.
Flyn olha para nós dois e pergunta:
- Viemos colocar o cadeado de Eric?
Nego com a cabeça. Em seguida meu amor tira do bolso dois cadeados pequenos, mostra ao garoto e diz:
- Viemos colocar dois cadeados. Num deles está escrito Flyn, e no outro Eric.
Ele pisca e diz, emocionado:
- Com meu nome também?
Em Peça-me o que quiser agora e sempre, vimos que Judith mais uma vez deu a louca e foi embora. E Eric, mais uma vez, foi atrás dela. Apesar de ter certeza dos sentimentos que alicerçam sua relação, Jud duvida que haja um futuro para os dois. A constante superproteção e os ciúmes de Eric, aliado aos gênios fortes de ambos, tornam a convivência bastante complicada.

Mas isso seria capaz de apagar o incêndio que surge quando estão juntos?
- É assim mesmo, moreninha! Não lembra o que sua mãe dizia?
- Não.
- Ela sempre dizia: “O homem que se apaixonar por Raquel terá uma vida sossegada, mas o homem que se apaixonar por Judith... tadinho! Vai ter encrenca todo dia!”
Sorrio ao lembrar essas palavras da minha mãe, e meu pai acrescenta:
- E é exatamente assim, moreninha. Raquel é como é, e você é como sua mãe, uma guerreira! E, pra aguentar uma guerreira, só há duas opções: ou você fica com um bobão que não abre a boca ou com um guerreiro como Eric.
Em Peça-me o que quiser ou deixe-me, Judith precisa decidir de uma vez por todas se embarca na montanha russa de sensações que uma vida ao lado de Eric Zimmerman representa ou em uma vida tranquila na Espanha, ao lado da família e dos amigos.

Consoante os livros anteriores, tem-se uma narrativa linear, em primeira pessoa, partindo do ponto de vista da protagonista feminina, Jud.

Pra ser bastante franca, desta vez as tramas secundárias me chamaram bem mais atenção do que a trama principal. Dexter e Graciela, por exemplo, têm um mote, a meu ver, absolutamente completo, que eu teria amado ler em um spin-off inteiramente dedicado à história deles.
- Tenho medo de magoá-la e de que ela me magoe. Conheço minha limitações e...
- Ela também conhece e, pelo que sei, não se importa. Talvez, se vocês fossem um casal típico, seria importante e preocupante pra você, mas vocês não são. E acho que vocês dois seguem a mesma direção em relação ao sexo. Portanto, não há com que se preocupar.
- E filhos? Também não devo me preocupar com isso? Ela é uma mulher e cedo ou tarde vai querer ter um bebezinho e isso eu não posso dar.
Ufa. Falar de filhos não é meu assunto preferido, mas pergunto:
- Como não?
Dexter me olha com cara de pirado. Deve pensar que enlouqueci.
- Há muitas crianças no mundo em busca de uma família. Não acho que um bebê precise nascer da gente pra que a gente o ame, cuide dele e o proteja. Tenho certeza de que, chegada a hora, Graciela e você poderão ter seu próprio filho se ambos desejarem. Vocês só precisam discutir isso. Você vai ver. Mas agora, curta, Dexter, divirta-se com Graciela e deixe que ela se divirta com você. Agora é o momento de vocês se amarem, de ficarem na boa, de se conhecerem e de não permitirem que nada nem ninguém estrague esse prazer.
Penso que afirmar a dispensabilidade deste terceiro livro seria um pouco forte. Na verdade, acredito que o clima deste livro foi diferente. Desde o primeiro volume desta trilogia, viemos nos aprofundando em um relacionamento, amadurecendo, tal qual em nossas próprias vidas.

Sim, acho que é isso: nós vivemos o relacionamento de Jud e Eric. O nervosismo inicial, as inseguranças, as brigas, o avançar da intimidade, o conhecer, o morar junto, enfim. Megan Maxwell proporciona ao seu leitor vivenciar cada fase do relacionamento de seus protagonistas.

Deste modo, mantendo a qualidade dos livros anteriores, este é claramente nostálgico e com a finalidade de encerrar um ciclo.

Apesar disso, não podemos deixar de notar que o conflito escolhido para movimentar a trama é um velho conhecido do leitor. Os ciúmes e superproteção do Eric não só vêm desde o primeiro livro, como também não são unilaterais. Quero dizer, Judith é tanto ou mais ciumenta que Eric, o que antes nunca pareceu ser, de fato, um grande problema para eles.

E quanto a isso, aliás, preciso dizer que a mania da Jud de culpar o Eric em tudo me cansa inexoravelmente, assim como a autora parece determinada a culpar sempre seu protagonista.

Em minha opinião, o clímax deste volume foi desenvolvido rápido demais, mesmo tendo potencial para atingir proporções maiores; diferentemente do clímax do livro anterior, que poderia ter se resolvido com um simples pedido de desculpas, mas foi esticado de uma maneira desproporcional.
- Não. Vocês vão brigar e você vai embora de novo.
Ao ouvir isso, sorrio. Meu baixinho resmungão gosta de mim. Isso me toca o coração. Por isso, me sento ao lado dele e faço com que me olhe.
- Olha, Flyn, teu tio e eu nos amamos muito, mas mesmo assim somos muito diferentes em tantas coisas que vai ser muito difícil não discutir. Mas o fato de a gente discutir não quer dizer que eu vá embora e deixe vocês dois. Seria preciso acontecer uma coisa muito, mas muito grave, e não vou permitir que isso aconteça, ok?
O menino concorda. Pego-o pela mão e o sento no meu colo. Ainda me surpreendo ter conseguido essa intimidade. Quando ele me abraça e apoia sua cabeça no meu ombro, murmuro:
- Gosto muito dos teus abraços, sabia?
Noto que sorri. Durante mais de cinco minutos, continuamos assim, sem falar e sem nos mexermos. Por fim ele me olha:
- Gosto muito que você more com a gente.
Compreendo, por outro lado, que o objetivo de Peça-me o que quiser ou deixe-me foi mais de encerrar a trilogia, o que se demonstra pelo constante clima nostálgico e de fechamento de tramas. Megan tinha mais coisa a nos contar e, por esse motivo, optou por não dar muita importância ao conflito-gatilho da história. Neste caso, acredito que talvez teria sido mais adequado a autora inverter os conflitos, levando este para o anterior e trazendo o outro para cá.

Como já mencionei, é muito gostosa a sensação de acompanhar a evolução de um casal. A gente quase sente a felicidade como se fosse nossa. Mas você acha que a trilogia acaba aqui?

Pois senta aí, menina, que #HABEMUS continuação e spin-off! Primeiro vamos nos aventurar na história de Björn, nosso amado advogado, fiel escudeiro do casal protagonista. E quem é seu par? Ah, só posso dizer que vocês a conheceram neste livro (Será a poodle antipática?). Em seguida, teremos um quarto livro de Peça-me o que quiser, que se chama Peça-me o que quiser e eu te darei. E, por fim (por enquanto), outro spin-off: Passe a noite comigo, que foi lançando agora em Abril de 2017, pela Editora Planeta.

Então, aguardemos, porque a espanholada que você mais reixxxxxxpeita continua!
- Outra menina. Por que estou sempre cercado de mulheres? Quando vou ter um netinho homem?
Eric me olha. Meu pai também. Depois do que vi, não quero ter filhos nem morta!
Uma hora depois, Raquel está num quarto lindo e nós três vamos visitá-la. a pequena Lucía é uma gracinha, e Eric fica babando por ela.
Olho para ele boquiaberta. Desde quando gosta de crianças? Pede permissão à minha irmã, segura a neném com delicadeza e solta:
- Querida, quero uma!
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Ana Liberato