segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Resenha: "Amantes para sempre" (Jodi Ellen Malpas)



Tradução: Vicki Araújo

Sinopse: TRÊS, DOIS, UM... ZERO
Jesse Ward está de volta no quarto romance da série O Amante e, com ele, a sensualidade, o amor e os jogos de sedução.
Doze anos se passaram do casamento de Jesse e Ava. A vida é boa para Jesse, o Senhor Ward. Perfeita, na verdade. Ele ainda tem charme, está em ótima forma física, e continua enlouquecendo a esposa com um simples olhar.  Tem total controle e domínio sobre Ava, do jeito que ele gosta.
Mas o mundo perfeito de Jesse desmorona quando um terrível acidente deixa Ava no hospital correndo risco de vida. Devastado e enraivecido, sente como se toda a sua existência estivesse presa por um fio. Quando Ava recupera a consciência, o mundo abalado de Jesse volta aos eixos. No entanto, o pesadelo mal começou. Ava não se recorda dos últimos dezesseis anos da sua vida. Ou seja, toda sua vida de casada. Ele é um estranho para ela.
Agora, Jesse tem que fazer tudo o que for preciso para recuperar as memórias da mulher... e ajudá-la a apaixonar-se outra vez por ele, louca e perdidamente.


Por Jayne Cordeiro: O que dizer sobre essa série que gosto tanto, apesar de saber que o Jesse tem sérios problemas? rsrs. Amantes para Sempre é a continuação da série O Amante (se não leu, corra atrás), e traz o nosso casal 12 ano depois. Jesse está mais velho, e brigando a com a sua idade, mas tem uma vida maravilhosa, com seus filhos e a esposa Ava. Mas um acidente tira a memória de Ava, e ele tem muita dificuldade de lidar com a possibilidade de não recuperar sua esposa, ou mais, fazer Ava se apaixonar por ele de novo. 

O mundo começa a girar e minha respiração fraqueja. Uma multidão bloqueia minha passagem e eu luto para passar, empurrando as pessoas para os lados, tentando chegar ao centro daquela loucura. — Por favor, não… — suplico, cambaleando sem pensar na horda de espectadores. — Por favor, Deus, não. Um soluço débil irrompe do meu corpo quando vejo a maca, e minhas pernas falham, deixando-me de joelhos. — Não! 

Eu amei esse livro. Jesse consegue ser tão divertido quando antes, com suas manias e desejo de controle. Achei que ele iria pirar com a ideia de Ava desmemoriada, mas ele consegue ser muito maduro e responsável. É impossível não se apaixonar por ele de novo, junto com ela. Vivenciar a vida desses dois, com os filhos é muito bonito de se ler. Adorei demais os gêmeos, e a forma como cada um do pais lidam com eles. 

— Comemorar o fato de que está fazendo cinquenta anos? — Ela faz um gesto de cabeça para mim, com a escova voltando à boca. Eu me encolho e massageio os cabelos com o xampu. — Não estou fazendo cinquenta anos — resmungo, ouvindo-a suspirar. Para ela é fácil, ainda está na flor da idade aos trinta e oito. Trinta e oito! É mais ou menos a idade que eu tinha quando conheci Ava. Como os anos passaram depressa. Se os próximos doze anos voarem com a mesma rapidez, logo eu estarei aposentado. Meu estômago embrulha de pavor. — Você ainda é o meu deus — declara Ava, doce, atraindo a minha atenção de volta para ela, que está do outro lado do box, observando-me. — Eu sei. — E ainda é o homem mais lindo que já vi na vida. — Eu sei. — Dou de ombros. — E você ainda trepa como um deus que tomou esteroides. — Ela beija o vidro. — Sim, eu sei. — Encontro os lábios dela do outro lado.

O livro é divertido, mas também com toda uma carga dramática importante. E tudo segue de uma forma natural e realista. É legal ver como todos os personagens estão anos depois do último livro, e na medida que Ava precisa conhecer sua história com Jesse, o leitor tem a chance de relembrar fatos passados. O livro tem uma ótima dinâmica, prendendo o leitor o tempo todo. Ele segue em belo ritmo, e quando acaba a gente fica com a sensação de que queríamos ainda mais, e que um fechamento com chave de ouro. Não há aquela sensação de que o livro foi só uma forma de trazer os personagens de novo e ganhar mais dinheiro em cima deles. É realmente um complemento que engrandece ainda mais a série. Para quem é fã da trilogia e da autora, é preciso ler esse livro.

Ela fecha os olhos e os aperta, como se buscasse desesperadamente qualquer recordação. E eu sei que sim, mas quando ela parece murchar e uma lágrima escorre e cai no papel na mão dela, vejo que não conseguiu. — Foi tão vívida. — Ela olha para mim. — Tão real. Eu senti alguém ali comigo, olhando para os barcos. Era você. Eu não podia te ver, mas senti você. Como venho sentindo desde que acordei depois do acidente. Eu te sinto o tempo todo, mesmo quando não estamos nos tocando. Mesmo quando você não está por perto. Dou um sorriso triste e puxo-a para o meu colo. — Tempo, baby. Dê tempo ao tempo. — Enquanto a tranquilizo, faço um esforço desmedido para tranquilizar a mim mesmo



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Ana Liberato