segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Resenha: "E se Fosse Verdade..." (Marc Levy)

Tradução: Jorge Bastos

Sinopse: Autor francês mais lido em todo o mundo, Marc Levy deve em muito o sucesso de suas vendas e críticas positivas a E se fosse verdade..., livro que marcou sua estreia literária. O romance nasceu da ideia de Levy, à época um empresário de sucesso, escrever uma história para seu filho, para que ele a lesse quando chegasse à idade adulta. 

Lauren é uma jovem médica com muito potencial: faz residência no San Francisco Memorial Hospital, na Califórnia. Porém, sua carreira promissora é interrompida quando ela é vítima de um grave acidente de carro e fica em estado de coma. Com morte cerebral confirmada, ela acorda e descobre que está fora de seu corpo – incomunicável como um fantasma. De forma misteriosa, Lauren consegue ser vista apenas pelo solitário Arthur, o novo inquilino de seu apartamento. Cético, ele leva algum tempo para acreditar na história da invasora, mas logo o sentimento entre os dois se torna algo a mais. Sem esperanças, os médicos e a família da jovem decidem fazer a eutanásia. Agora, o casal terá que lutar para salvar o corpo de Lauren, e descobrir alguma forma de reuni-lo com sua consciência. 

Grande sucesso de vendas, a inusitada história de amor foi publicada originalmente em 1999. Seus direitos para o cinema foram comprados por Steven Spielberg e a adaptação homônima, estrelada por Reese Witherspoon e Mark Ruffalo, lançada em 2005, foi também sucesso de público e crítica.


Fonte: Skoob

Por Sheila: Oi Pessoas!  Quando peguei esse livro em mãos, vi que o mesmo me era familiar. Pesquisando para a resenha, vi que havia sido feito um filme - que eu tinha assistido - baseado neste belíssimo escrito de Marc Levy. Eu só havia assistido ao filme até então, e fiquei super empolgada em conhecer a estória "por de trás" das telinhas. Aliás, este foi o romance de estréia de Marc Levy, vocês sabiam?  Eu não ...

Pois bem, a estória é a seguinte: Lauren é uma jovem residente de medicina super dedicada ao seu trabalho e que, pelo que nos é relatado na primeira parte do livro, ama o que faz e ama sua vida. Do tipo de pessoa que admira um belo pôr do sol, e o espetáculo singelo de uma flor a se abrir.

Em um de seus raros dias de folga, resolve se encontrar para um passeio com os amigos, mas acaba sofrendo um acidente terrível de carro, e o que parecia ser o início de uma vida muito bem vivida, e uma carreira promissora, parece ter acabado antes da hora.

Lauren permanece inerte. Parece repousar tranquila, com o rosto descontraído, a respiração lenta e regular. Pela boca ligeiramente entreaberta, poderíamos imaginar um rápido sorriso, mas pelos olhos fechados, ela parece dormir. Os cabelos compridos emolduram o rosto e a mão direita descansa em cima da barriga.

Arthur é um paisagista de uma sensibilidade imensa que aluga um apartamento que apresenta uma curiosa peculiaridade: há uma linda jovem escondida em seu banheiro. E ela estava cantando. Mas o mais inacreditável é a história que a mesma conta: ela é Lauren, a antiga proprietária do apartamento que ele esta alugando, e está em coma no hospital, num quadro com poucas esperanças de reversão.

Peggy Lee cantava Fever na FM 101,3 e Arthur mergulhou várias vezes a cabeça na água. Estava surpreso com a qualidade do som e pelo extraordinário efeito estéreo, sobretudo num radinho que, em princípio, era mono. Prestando atenção, parecia que o estalar dos dedos acompanhando a música vinha do armário. Intrigado, saiu da água e andou  sem fazer barulho até lá, para ouvir melhor. O som estava cada vez mais nítido. Arthur se concentrou, tomou fôlego e abriu bruscamente as duas portas. Arregalou os olhos e deu um passo atrás.
Entre os cabides e de olhos fechados, uma mulher, aparentemente embalada pelo ritmo da música, estalava o polegar e o indicador, cantarolando.

Relutante a princípio em se deixar levar por essa estória inacreditável, Arthur acaba cedendo as provas que Lauren vai lhe fornecendo de que o que diz é verdade - e que ele não esta ficando maluco. É claro que há romance. Mas ele perdurará, na ausência de um contato físico? E até quando a situação se estenderá?

E se fosse verdade... é um romance belíssimo que me emocionou - confesso! - às lágrimas. Traz à tona questões profundas como vida, morte, eutanásia, amores impossíveis, perdas e acontecimentos improváveis, de uma maneira tão bem narrada e costurada,  que virou sem muito esforço um dos meus livros favoritos.

Nas telinhas, Spielberg comprou os direitos autorais, e lançou o filme homônimo, estrelado por Reese Whiterspoon e Mark Ruffalo. Como eu havia visto o filme antes, gostei muito do enredo, apesar de as diferenças entre os dois serem gritantes. No filme, por exemplo, Lauren é mais uma viciada em trabalho, competitiva, que não tem amigos e tem uma tendência a ser mandona.

Para ser imparcial, tentei considerar os dois como obras distintas para poder apreciar sua beleza. Mas com certeza, o livro me emocionou e envolveu muito mais. Se o filme é bonito, o livro de Mar Levy, relançado pela SUMA de letras com uma capa simples, mas belíssima, é cativante!

Se você já leu, releia! E se fosse verdade... me parece uma daquelas estórias que nunca sairão de moda.

Bjinhus a todos e tod@s!

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Ana Liberato