sexta-feira, 2 de julho de 2021

Resenha: "É assim que se perde a guerra do tempo" (Amal El-Mohtar e Max Gladstone)


Tradução de Natalia Borges Polesso

Sinopse: Entre as cinzas de um mundo em ruínas, uma soldada encontra uma carta que diz: Queime antes de ler. E assim tem início uma correspondência improvável entre duas agentes de facções rivais travando uma guerra através do tempo e espaço para assegurar o melhor futuro para seus respectivos times. E então, o que começa como uma provocação se transforma em algo mais.

Um romance épico que põe em jogo o passado e o futuro. Se elas forem descobertas, o destino será a morte. Ainda há uma guerra sendo travada, afinal. E alguém precisa vencer.

Por Stephanie: É assim que se perde a guerra do tempo é um livro difícil de resenhar por diversos motivos. O principal deles é por eu não saber muito bem como explicar do que a história se trata e nem meus sentimentos durante a leitura. Mas o maior conselho que eu dou para quem quiser se aventurar por essa obra é o seguinte: entre na leitura com a cabeça aberta e não tente entender tudo que está acontecendo.

Para mim, esse foi um livro para sentir. Algumas pessoas o criticam justamente por não terem conseguido se apegar às protagonistas, mas comigo aconteceu exatamente o contrário. Blue e Red, assim como o relacionamento delas, me cativaram e me fizeram ficar extremamente envolvida e apegada. Eu torcia para que tudo se resolvesse, ainda que parecesse impossível.

Esse é um livro que navega entre gêneros; pode-se dizer que é uma ficção científica, afinal de contas, a história aborda viagens no tempo e seres não-humanos, mas certamente há uma grande dose de romance ao longo das páginas. A narrativa epistolar também é mais uma característica que faz com que a obra não se encaixe em apenas um gênero. Eu adorei esses elementos, achei que foram muito bem trabalhados e colaboraram para a minha maior imersão na história.

Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. (...) Eu serei todos os poetas, vou matar todos eles e tomar seus lugares um a um, e toda vez que o amor for escrito, em todos os filamentos, será para você.

Apesar de ter sido escrito por dois autores, acho que a narrativa é bastante harmoniosa. Não consegui perceber que duas pessoas diferentes escreviam, pois o estilo de escrita é bem homogêneo (ainda que a voz de cada protagonista seja diferente). Inclusive, tenho dificuldade de escolher minha personagem favorita, Blue ou Red, pois me cativaram em proporções muito parecidas.

Confesso que em diversas passagens eu me perdi no que estava acontecendo. As viagens no tempo são constantes e bastante intensas, e há muitas descrições com termos estranhos a nós (que não são explicados). Por esse motivo, na maioria das vezes eu simplesmente deixava rolar e não me apegava ao enredo em si. Acredito que uma releitura (que pretendo fazer em breve) vá trazer mais clareza a alguns aspectos mais nebulosos.

Agora, falando brevemente sobre a conclusão da história, eu simplesmente amei a maneira como tudo foi concluído. Temos algumas revelações bem importantes que me fizeram ficar boquiaberta e gostar ainda mais do livro. Eu entendo que essa não é, de maneira alguma, uma obra para todo tipo de leitor, mas, caso tenha despertado seu interesse, não deixe de dar uma chance para essa experiência maravilhosa!

Até a próxima, pessoal!

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Ana Liberato