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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

[Gastronomia e Literatura] Gatos na Cozinha

Olá Pessoas,

Para todo bom fã de musicais assistir Cats é praticamente uma obrigação. Mas o que isso tem a ver com literatura?

Ora, Cats é uma versão musicalizada dos poemas de T.S. Elliot, um poeta modernista nascido em 26 de setembro de 1888 e ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1948. Os poemas foram adaptados por Andrew Lloyd Weber, o mesmo de O Fantasma da Ópera, que levou a peça aos teatros em 1981.

O musical se passa numa noite especial do ano, onde todos os gatos Jellicle se encontram no Jellicle Ball. Lá, o líder sábio e benevolente, Old Deuteronomy, anuncia qual deles irá para um lugar chamado Heaviside Layer, onde renascerá uma nova vida Jellicle.

A música Memory, uma das mais marcantes na minha opinião, ficou famosa nas vozes de Elaine Paige, Barbra Streisand e mais recentemente Susan Boyle.

Então, vamos preparar um doce bem conhecido, Língua de Gato, ao som dessa música tão emocionante.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

[Gastronomia & Literatura] Pablo Neruda vai à Cozinha


Algumas semanas atrás, no programa Estrelas, Angélica, juntamente com Pedro Bial, visitaram a casa de Pablo Neruda, que agora é um museu aberto para visitação, em Isla Negra.

Neruda, como todos sabem foi um poeta chileno de enorme influência para a poesia castelhana. Poeta premiado e cheio de paixões, entre elas a carpintaria, o mar e a gastronomia.

E baseado nestas últimas ele escreveu um de seus mais famosos poemas, o Ode ao Caldillo de Congrio.

O Caldillo de Congrio é um dos pratos tradicionais da costa chilena à base de peixe. Embora eu não coma peixe, ao ler esse poema tão inspirador deu até uma vontade (mesmo que pequena) de experimentar esse prato.

Eis aqui alguns versos traduzidos do poema:

“No mar
Tormentoso
do Chile
vive o rosado congro,
gigante enguia
de nevada carne.
E nas panelas
chilenas,
na costa,
nasceu o caldo
grávido e suculento,
proveitoso.
[...] Enquanto
se cozem
com o vapor
os régios
camarões marinhos
e quando já chegaram
a seu ponto,
quando coalhou o sabor
em um caldo
formado pelo suco
do oceano
e pela água clara
que desprendeu a luz da cebola,
então
que entre o congro
e se mergulhe na glória,
que na panela
se azeite,
se contraia e se impregne.
Já só é necessário
deixar no manjar
cair o creme
como uma rosa espessa,
e ao fogo
lentamente
entregar o tesouro
até que no caldo
se esquentem
as essências do Chile,
e à mesa
cheguem recém-casados
os sabores
do mar e da terra
para que nesse prato
conheças o céu.”

O poema o original e completo pode ser conferido aqui.

Assista Aqui Angélica e Pedro Bial provando a receita preparada pela Chef Sabine:


INGREDIENTES DO CALDO DE PEIXE:
- Um quilo de cabeça e ossos de congro
- Duzentos e cinqüenta mililitros de vinho branco
- Dois litros de água
- Uma cebola cortada
- Dois talos de aipo picados
- Uma cenoura cortada
- Louro, tomilho e sal a gosto
- Sal e pimenta a gosto

PASSO A PASSO DO CALDO:

- Lavar bem os ossos e a cabeça sem deixar vestígios de sangue
- Colocar todos os ingredientes em uma panela
- Deixar ferver e, depois, cozinhar em fogo baixo por mais 25 minutos, mais ou menos.

INGREDIENTES DO CALDO DE CONGRO:

- Um litro e meio de caldo de peixe (já pronto)
- Quatro colheres de sopa de azeite
- Duas cebolas sem casca cortadas em lascas
- Três dentes de alho picados
- Quatro tomates sem casca e sem sementes cortados em pequenos cubos
- Dez camarões calibre 20-26
- Dez postas de congro vermelho
- Cem mililitros de creme de leite
- Uma gema de ovo
- Salsinha picada a gosto
Opcional: Trinta rodelas de batatas pré-cozidas

PASSO A PASSO DO CALDO DE CONGRO:

- Fritar as cebolas e o alho no azeite até obter uma cor dourada e reservar.
- Em outra panela, fritar o tomate em azeite e cobrir com o caldo de pescado
- Dourar as postas de congro no azeite para selar o peixe, evitando que ele perca água
- Colocar uma parte das cebolas fritas, o tomate cozido e os peixes em uma panela de barro
- Adicionar o caldo de peixe
- Cozinhar em fogo baixo até que os peixes fiquem no ponto
- Adicionar o creme de leite diluído em um pouco de caldo
- Acrescentar a salsinha a gosto

E então o que acharam desse poema do grande Pablo Neruda? Quem vai preparar esse magnífico prato tão apreciado no Chile? Não deixem de comentar e até segunda.

Boa Leitura e Bon Apetit.
 
Ana Liberato