sexta-feira, 15 de junho de 2018

Resenha: "Pequenas Grandes Mentiras" (Liane Moriarty)

Tradução de Adalgisa Campos da Silva

Sinopse: Depois do sucesso de O Segredo do meu Marido, a autora australiana Liane Moriarty apresenta um livro ousado sobre as perigosas meias verdade que contamos a nós mesmos para sobreviver.

Com muita bebida e pouca comida, o encontro de pais dos alunos da Escola Pirriwee tem tudo para dar errado. Fantasiados de Audrey Hepburn e Elvis, os adultos começam a discutir já no portão de entrada, e, da varanda onde um pequeno grupo se juntou, alguém cai e morre.
Quem morreu? Foi acidente? Se foi homicídio, quem matou?
Pequenas grandes mentiras conta a história de três mulheres, cada uma delas diante de uma encruzilhada.
Madeline é forte e decidida. No segundo casamento, está muito chateada porque a filha do primeiro relacionamento quer morar com o pai e a jovem madrasta. Não bastasse isso, Skye, a filha do ex-marido com a nova mulher, está matriculada no mesmo jardim de infância da caçula de Madeline.
Celeste, mãe dos gêmeos Max e Josh, é uma mulher invejável. É magra, rica e bonita, e seu casamento com Perry parece perfeito demais para ser verdade.
Celeste e Madeleine ficam amigas de Jane, a jovem mãe solteira que se mudou para a cidade com o filho, Ziggy, fruto de uma noite malsucedida.
Quando Ziggy é acusado de bullying, as opiniões dos pais se dividem. As tensões nos pequenos grupos de mães vão aumentando até o fatídico dia em que alguém cai da varanda da escola e morre. Pais e professores têm impressões frequentemente contraditórias e a verdade fica difícil de ser alcançada.
Ao colocar em cena ex-maridos e segundas esposas, mãe e filhas, violência e escândalos familiares, Liane Moriarty escreveu um livro viciante, inteligente e bem-humorado, com observações perspicazes sobre a natureza humana.

Fonte: Skoob

Por Stephanie: Eu já tinha ouvido falar bastante das obras de Liane Moriarty, principalmente de O Segredo do Meu Marido. Mas acabou que a oportunidade (e a vontade) de ler Pequenas Grandes Mentiras apareceu e eu decidi começar por esta que agora é sua obra mais famosa, graças à série Big Little Lies da HBO, que estreou em 2017.

Vou ser bem claro: isso não é um circo. É uma investigação de assassinato.

Desde o início da história já sabemos que um crime - mais precisamente, uma morte - aconteceu. Não sabemos quem e nem como ocorreu, mas aos poucos o mistério vai sendo desenrolado e a expectativa vai aumentando para sabermos logo tudo o que se passou na fatídica “Noite de Perguntas”.

Os capítulos são no passado, quase como uma contagem regressiva que vai diminuindo de acordo com o passar dos dias. O começo da história serve para nos situar nas vidas dos personagens principais e nos apresentar aos primeiros dramas da obra (que não são poucos). Adorei o fato de a história se passar em Sidney, em meio a praias e paisagens incríveis. Dá um ótimo contraste com todas as situações complicadas apresentadas no livro.

A narrativa de Pequenas Grandes Mentiras é em terceira pessoa, alternando os pontos de vista principalmente entre Celeste, Jane e Madeline. Gostei das três personagens mas minha favorita foi Madeline. Ela se mostrou uma excelente amiga, esposa e mãe, mesmo sendo um pouco impulsiva às vezes.

A obra aborda três principais assuntos: violência doméstica, abuso sexual e bullying. A forma com que esses temas vão se entrelaçando é muito bem feita e nos mantém curiosos para saber como tudo se resolverá no final, e claro que esse é o maior destaque da obra.

Porém, mesmo com a curiosidade a mil, achei o livro um tanto arrastado. Liane Moriarty passa muito tempo descrevendo dias comuns nas vidas de seus personagens, que muitas vezes soaram bem monótonos e desinteressantes pra mim. Acho que o livro poderia ter facilmente umas 80 páginas a menos, sem perder sua força ou sua mensagem principal.

A revelação final é muito boa. Apesar de eu ter desconfiado de tudo lá pelos 60% do livro, fiquei feliz de ter acontecido como eu imaginei. Passa uma mensagem de sororidade, de apoiar outras mulheres sempre, apesar das diferenças que possamos ter umas com as outras.E também faz refletir sobre a maldade do ser humano; se é algo que se nasce ou se aprende. Eu já sei no que acredito, mas vou deixar o suspense para que você tire sua conclusão sozinho.

A origem de todos os conflitos é o momento em que alguém se sente ofendido.

Já tive a oportunidade de assistir à série e gostei, apesar das diferenças de roteiro. O final é um pouco diferente no desenvolvimento, mas o resultado é idêntico e a mensagem principal também. Palmas para o elenco super competente e para a produção impecável, com certeza mereceu todos os prêmios que levou!

Essa e outras resenhas vocês encontram no meu blog, o Devaneios de Papel!

Até a próxima, pessoal!
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Ana Liberato