sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Resenha: "As Aventuras do Capitão Cueca – Vol.1" (Dav Pilkey)


Tradução de Clara Lacerda


Por Kleris: Quem não foi leitor quando criança sabe o quanto um livrinho de aventura (e bagunça!) fez falta enquanto a gente tentava se encontrar no mundo adulto dos adultos. Lembro pouquíssimo de livros que li, na escola, e de como algumas histórias hoje ainda têm grande importância na minha cabeça. 

Eu “perdi” minha chance quando pequena, mas como ainda quero ser ponte de leitura para primos e sobrinhos, vou curtindo umas leituras fora da minha zona para quando eu puder oferecer um livro a uma criança, saber que aquele livro é uma opção acertada. E ao ouvir falar que o Capitão Cueca foi para a Companhia das Letrinhas (antes era da Cosac Naify), já fiquei toda interessada haha

O volume 1 da série As aventuras do Capitão Cueca traz a introdução da saga de dois meninos travessos, Jorge e Haroldo, que gostavam de desenhar e criar historinhas, para além de fazer estripulias sempre que podiam. E por conta dessas travessuras, o diretor da escola “marcou” eles para pegá-los no pulo numa dessas traquinagens. Armado de câmeras escondidas, o Sr. Krupp garantiu provas contra os meninos, que tripudiaram de um jogo do time da escola com suas gaiatices.

Para o vídeo não vazar e os meninos sofrerem consequências de suas ações, o diretor fez um acordo: nada mais de peraltices e nada iria acontecer com eles. Sem opções, os dois tiveram que concordar... Mas não aguentando por muito tempo, bolaram um jeito de tirar o diretor de cima deles: usar um anel de hipnose. O negócio deu tão certo que foi impossível não se deixar levar, pois na brincadeira eles hipnotizaram o Sr. Krupp para virar o Capitão Cueca real e daí a confusão estava feita.

 



As aventuras do Capitão Cueca reúne tudo o que uma digna aventura moleque deve ter: traquinagem, astúcia, imaginação, adultos querendo controlar crianças, crianças sendo crianças, ação, e aquela chamada irresistível para façanhas. Tem também super heróis, bandidos, robôs e segredos, que são ótimos ganchos para vários volumes.

A leitura é super rápida, bem visual e mantém sua atenção presa. Não importa que para um adulto todos os conflitos e resoluções pareçam algo bobo, pois para a criança vai ter outro valor. Eu diria que é um livro pra se ler em conjunto, pra se ter um momento bacana com a criança, e ela mesmo viver a história, sem essa de grandes lições ou moral, apenas brincar e gastar a energia delas com algo bom.

Vale essa reflexão da Jout Jout


A edição da Companhia das Letrinhas está excelente, bem colorida, chamativa e interativa. Tem um lance super legal, o flip book, que foi o marco do autor Dav Pilkey para suas histórias: você pode mexer páginas pra criar um efeito de ação. A Companhia também trouxe umas páginas biográficas mostrando a criação do Capitão, além de curiosidades que vão te levar literalmente à infância, quando assistia os Batutinhas. 




Me senti de volta aos desenhos animados ambientados em escolas – como Hey Arnold, mesmo que um pouco mais infantil. Em alguns aspectos, como a metaleitura (uma leitura que fala sobre a leitura), me lembrou também do juvenil Minha Vida de Livro (reveja resenha aqui). No mais, o livro me parece bem atemporal, e é mesmo um primeiro romance épico para abrir a percepção dos pequeninos. Recomendo!

P.S.: O livro foi adaptado para o cinema recentemente. Pelo trailer, ficou bem bacana!


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comentários

  1. Eu ainda não tive a oportunidade de conferir o livro,mas vi a adaptação no cinema e sem sombra de dúvidas, foi uma das melhores deste ano que se encerra.
    Me diverti muito na confusão dos dois amigos e claro, no Capitão em si. Super recomendado e foi legal saber que é só o primeiro livro. Acredito que as crianças(e adultos também), precisem de vez em quando, de momentos assim, onde a infância de fato, seja tratada desta forma inocente e real.
    Beijo

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Ana Liberato