segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Resenha: "Em busca de Watership Down" (Richard Adams)

Tradução: Rogério Galindo

Por Sheila: Oi pessoas! Como estão? Trago a vocês hoje a resenha de um clássico da literatura de fantasia - do qual, confesso, nunca havia ouvido falar - com uma temática um tanto quanto inusitada.

Lançado originalmente em 1971, o livro todo fala apenas de uma coisa: Coelhos. Watership Down é o lugar buscado por um bando de coelhos mirrados e assustados que acreditam nas premonições de Quinto, um coelho vidente, que prevê a destruição da toca onde até então eles viviam.

Ele começou a choramingar de medo.
- Mas que tipo de coisa, do que você esta falando? Achei que você disse que não tinha perigo.
- Não sei exatamente o que é - respondeu Quinto, aflito - Não tem perigo aqui, pelo menos não neste momento. Mas ele esta chegando... esta chegando. Ah, Avelã, olhe! O campo! Esta coberto de sangue! 

Desse antigo viveiro partem 10 coelhos: Avelã, o amigo de Quinto que acreditou em suas visões e decidiu que era hora de ir embora, e acabou por virar o novo líder; Topete e Prata, coelhos grandes da Owsla, o que quer dizer que eles eram o segundo em comando na hierarquia dos coelhos; Sulquinho, um amigo de Quinto; Leutodonte e Dente-de-Leão, chamados de periféricos e que viram na partida uma boa chance de subirem de posição; Amora que, com sua inteligência, superou muitos obstáculos no trajeto; e Verônica e Bolota, coelhos que também viam poucas perspectivas em continuar no antigo viveiro.

Ou seja, nem todos estavam seguindo Quinto em função de seus aparentes "dons" premonitórios; alguns eram o que poderíamos chamar de simples aventureiros, sem nada a perder, ou jovens inconsequentes em busca de uma mudança, o que em alguns momentos dificultou a jornada, visto que houveram muitos momentos em que as sensações de Quinto foram ignoradas, inclusive por Avelã, o que acabou sendo quase fatal para alguns deles.

Basicamente, o livro contará as aventuras e perigos que estes lindos coelhos antropomorfizados irão enfrentar até chegar a essa mítica colina vislumbrada pelas visões de Quinto, o coelhinho com premonições; bem como os desafios de se estabelecer nesse novo local e fazer com que o novo viveiro prospere em meio aos perigos naturais que os coelhos precisam enfrentar: construção de abrigos apropriados, proteção contra predadores naturais etc.


Além disso, nossos intrépidos coelhinhos também possuem sua própria cultura, língua, mitos de criação do universo, provérbios e, até mesmo poesia, encontrada em um viveiro onde os coelhos já não sabiam mais exatamente como era ser selvagens.

Ao mesmo tempo em que o livro é uma fabula lindíssima, e você não deixa de em algumas passagens pensar num "ah, que coisa mais ffoffa" - afinal, gente, são coelhinhos! Os seres felpudos mais cuti-cuti do universo - há passagens carregadas de drama, violência, loucura e muita agressividade, o que faz a leitura ficar um tanto quanto sombria.


O autor aproveita para trabalhar muitos temas fortes em sua narrativa, como a opressão de um sistema autoritário e fascista, delírio coletivo e loucura, sobrevivência do mais forte, alienação cultural entre outros; mas também fala de solidariedade, empatia, generosidade e dos benefícios de se viver em uma comunidade onde há respeito e união.

Uma curiosidade é que o autor nunca imaginou a grandiosidade que sua obra atingiria. Começando como uma história para entreter suas filhas em uma longa viagem de carro, "Em busca de Watership Down" ganhou a Medalha Carnegie, a Medalha Guardian Prize e outros prêmios literários e foi rejeitado por todas as grandes editoras de Londres, sendo quase um Harry Potter da década de 70.

Ah, e claro, o livro foi re-impresso em capa dura com imagens em alto relevo, folhas amarelas e de alta qualidade e uma diagramação LINDA que fazem com que esse livro mereça destaque na minha estante! Muito obrigada Editora Planeta por esse relançamento MARAVILHOSO!

Livro recomendadíssimo!

Ps: Ah! Já ia esquecendo! Neste ano, a Netflix confirmou o lançamento de uma série de animação baseada no livro. Ansiooooooooosa já! Bjinhus!

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comentários

  1. Puxa, confesso que também não conhecia o livro e muito menos fazia ideia de que era um clássico deste nível.
    Adorei essa nova versão,já que fui procurar a primeira e as diferenças são muitas! Fábulas sempre tem o poder incrível de nos transportar para verdadeiros mundinhos à parte e fazer com que pensemos mais a respeito da vida e das amizades.
    Vai para a lista de desejados com certeza!
    Beijo

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Ana Liberato