segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Littera Feelings #12 – O Clichê “Clicherado”

Oláaaaaa, amigos leitores, como vai essa segunda-feira?
Podem atirar seus marcadores em mim, eu gosto de segundas (não apenas pela coluna). E quartas. Não sei por quê. Anyway, estou gostando mais dessa segunda porque tô aos poucos retomando minhas leituras \o/ e, oh, my, como eu precisava de uma dose literária nos neurônios pra sobreviver!

Falando em dose literária...

Está cada vez mais difícil de nos surpreenderem, não é mesmo? Também estão sentindo isso? Como as coisas andam caindo em... lugares comuns?

Tenho nos últimos tempos pensado muito sobre a ”ação dos clichês”. Além de conversar com os amigos, gostaria de ouvir de vocês também, se já pararam para uma reflexão ou se por agora estão ponderando rs :) 

Quem tem um mínimo de 50 livros lidos, uns 100 filmes e/ou séries e desenhos assistidos, além de uma novela por ano, sabe, ou pelo menos intui, quem são esses "agentes dos clichês".

O que tem neles que amamos? Que sabemos? Que odiamos? Por que já reviramos os olhos e nem damos chance? Sexta-feira no Globo Repórter? O que, afinal, tomamos por clichê?


Ouso dizer que é o déjà-vu da literatura, do teatro, do cinema. Conforme vamos nos alimentando de cultura, e embora culturas diversas, vamos encontrar uns mesmos caminhos e dificuldades. Ações, personagens e ambientes. Quem tem uns mínimos de referências vai perceber isso. 

Ok, e se fizer o contrário? Se a mocinha dessa vez, ao invés de correr em linha reta em um beco escuro, correr em zigue-zague, e não ser atropelada, mas ser morta de qualquer jeito, não é clichê também?

Como diria meu antigo prof. de Filosofia, fugir da ideologia é também uma ideologia, a tangente já não é tão diferente do centro.

Mas então como lidar?

Bom, não sei por exato dar uma resposta, assim, na lata rs Quero que pensem, em que padrões já temos formados, personagens já fechados num “tipo”, ações predefinidas, ambientes "clássicos" (e por que "clássicos"?), começos, meios e fins que se repetem... E aí, o clichê é assim tão ruim? Você abrir um livro, ler duas páginas e já saber começo, meio e fim?


Às vezes fico incomodada mesmo, e não só por já de início “prever” todo ou metade do roteiro do livro, é por como o clichê em si é tratado dentro da história. Ele é, por muitas vezes, banalizado! Ele não vem “encorpado”, não dá aquele desenvolvimento à história, e às vezes também pela própria maneira de narrar. Daí que vem minha teoria de como odiar/desprezar os clichês, vocês veem.

Mas, ok, depois dessas considerações, pensem mais uma vez comigo: e quando encontramos um livro que desconstrói todo esse esquema?

Se a mocinha fica com um cara nada a ver; se quem não devia morrer, morre; se depois de todo um esforço, nada se ganha; se o vilão alguma hora não quebra a cara; se o carinha não move mal as palhas, que dirá mundos e fundos; se termina o livro e a história fica pela metade...


A gente não briga? Não ficamos zangados? Decepcionados, quem sabe?


O que eu quero dizer é que a gente busca por isso - não busca? Pelo final feliz, pelo encanto, pelo sorriso bobo. Digo até que Frozen – Uma Aventura Congelante poderia ser uma referência #EPICWIN pra esse post se não se tratasse de um filme, mas lá, a gente vê claramente o show de clichês e como todos foram tão bem trabalhados que o sucesso é geral :D No final das contas, não é tão ruiiiiim assim, né? 


E daí que é clichê?

Se me convencer, estou ok com isso.
E com você?

Até o próximo post,


Kleris Ribeiro.

3 comentários

  1. PERFEITO esse post! Você conseguiu colocar em palavras exatamente o que pensamos qndo lemos/assistimos um livro ou filme.
    Reclamamos qndo o clichê esta lá e tbm reclamamos qndo não esta.
    Vai entender!? hahaha

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  2. Amei o post! Diz tudo que penso e não consigo dizer. Talvez o problema seja justamente esse: o que não é clichê? A própria vida se repete num círculo infindável, como na ficção seria diferente? Talvez a questão seja mesmo a dificuldade que alguns escritores tem em trabalhar as estórias e nos "convencerem"

    bjinhu

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  3. CONCORDO COM TUDO! U.U kkkkk sério, é sempre a mesma coisa, a mocinha acaba ficando com o mocinho depois de ele enfrentar monstros e mil aventuras. Cade vez mais dificil de nos surpreender ainda mais o leitor que um dia quer ser escritor :(

    Ameeei *-* Bjos

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Ana Liberato