domingo, 5 de outubro de 2014

Resenha: "Battle Royale" (Koushun Takami)

Por Sheila: Oi pessoas! Como vão todos e tod@s? Resenha de um livro que eu levei um tempão para terminar de ler, não por que não fosse bom, mas em função da quantidade de páginas (664!) e por causa da densidade da história.

Mas vamos lá, este é o livro de um autor Japonês, chamado Koushun Takami, e que foi publicado por lá em 1999 – ou seja, um tempão, quase 15 anos atrás. Mas ficou tão famoso por lá, que até virou filme e mangá. 

A sinopse é mais ou menos a seguinte: num futuro, que infelizmente o autor não deixa distante o suficiente para que nos sintamos seguros, o governo escolhe jovens entre 15 e 16 anos para participarem de um jogo. A regra? Matar todos, sendo ganhador aquele que conseguir sobreviver à carnificina.

Ele explica as condições sociais e de governo que levaram a aprovação da lei conhecida como ATO BR, mas confesso que não entendi muito bem essa parte, talvez sejam questões de uma cultura local que eu não domino muito bem. Mas é essa lei que justifica a criação e manutenção dos jogos. 

Shuya Nanahara e Yoshitoki Kuninobu são melhores amigos. Os dois são órfãos e estudam na mesma escola, estando à espera da “viagem dos sonhos” que farão junto com alguns outros alunos. Em algum momento da viagem todos dormem e, quando acordam, descobrem-se em uma sala, com uma coleira contendo um rastreador.

Nesta sala, são orientados de que participarão de um jogo chamado “O Programa”. O objetivo? Matarem uns aos outros. O mais cruel do jogo é que, se em 72 horas sobrar mais de um aluno vivo, a coleira de todos irá explodir, não havendo nenhum vencedor.

Os alunos são então colocados em uma ilha, onde vemos despontar os mais diversos tipos de comportamento, desde aqueles que deixam de lado seus princípios e buscam preservar-se participando de forma efetiva do jogo, ou seja, matando; até aqueles que tentam unir-se para superar as adversidades.

Por mais que o kit básico de sobrevivência inclua apenas água, um pouco de comida, e uma arma, pior quanto melhor se considera o jogador, isto de nada adianta; os melhores jogadores em alguns momentos enfrentam aqueles com menos capacidade, e conseguem tomar-lhes as armas melhores, que supostamente geraria equilíbrio.

O livro é cheio de ação, cenas brilhantemente escritas, e sangue. Muito sangue. Se você não tem estômago para este tipo de leitura, não leia. Talvez por isso eu tenha demorado um pouquinho para conseguir ler todo. Além disso, Tamaki consegue descrever seus personagens em termos tão complexos e humanos, que tornam a trama fortemente imprevisível e cheia de reviravoltas.

Tive muita dificuldade com o nome dos personagens, devido a questão cultural – são nomes difíceis! – e a quantidade de alunos inicialmente participando dos jogos, o que dificultou um pouquinho a leitura. Sei que em algum momento rolou uma discussão sobre a similaridade deste livro com a trilogia “Jogos Vorazes” de Suzanne Collins mas, afora a temática semelhante, as obras não poderiam ser mais distintas.

Mas poderíamos citar outros livros clássicos com núcleos parecidos. Se não levarmos em conta o tema distópico, Willian Goldin já falava em “O Senhor das moscas” como os homens, na ausência de uma lei maior reguladora do comportamento, as vezes deixam-se levar por seus instintos mais vis como forma de sobrevivência.

Lançado agora em 2014 pela Globo livros, o livro ficou muito bem diagramado, assim como a textura da capa. Recomendo, mas com as ressalvas anteriores no que tange à alta presença de violência. Abraços e até a próxima.

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Ana Liberato