quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Resenha: Sombras na Place des Vosges (Georges Simenon)

Por Sheila: Oi pessoas como estão? Mais um livro de Georges Simenon, um re-lançamento da editora Cia das letras, de um autor que já foi mais de uma vez comparado à grande Agatha Christie, principalmente devido ao seu personagem principal, o Comissário Maigret.

Na verdade, são 28 livros de investigação, ambientados na França do século passado. Já resenhamos "A Dançarina do Cabaré" aqui no Dera Book, caso alguém queira conferir. Basta clicar aqui.

Mas vamos à resenha. Como em outros livros do autor, um crime aconteceu e o Comissário foi chamado ao local para investigá-lo. Desta vez, o crime ocorreu nas imediações da localidade que nomeia o livro, em um conjunto habitacional.

O dono de um laboratório farmacêutico, chamado Couchet, foi morto com um tiro. O motivo, parece ter sido o furto de uma quantia considerável de dinheiro contida no cofre da empresa do falecido.

Um escritório banal. Móveis claros. Papel de parede liso. E um homem de quarenta e cinco anos, sentado numa poltrona, a cabeça tombada sobre os papéis espalhados à sua frente. Morto com uma bala bem no meio do peito.

Logo no início, somos apresentados à várias situações simultâneas, que serão apresentadas para compor o mistério, e que nos farão avaliar os possíveis suspeitos pelo crime:

- Couchet, apesar de casado, possuía uma amante de longa data, com quem havia marcado de se encontrar na noite de seu falecimento, e que claramente tinha problemas financeiros para manter-se;

- A ex mulher de Couchet é moradora do mesmo conjunto onde ficava o laboratório da vítima, residindo com seu novo companheiro apenas um andar para cima e à poucos metros de distância. Separou-se por acreditar que o marido não lhe daria bom futuro, mas tinha que ver-lhe todo dia prosperar, agora rico, enquanto ela ainda levava uma vida mediana;

- O filho de Couchet tinha problemas com entorpecentes, e só procurava o pai para pedir-lhe dinheiro;

- Há uma moradora com problemas mentais no conjunto habitacional, que mora com sua irmã, que tem o costume de escutar por detrás das portas.

- E, claro, há a nova mulher de Couchet, mais nova e da ala sociedade, que casou com este muito provavelmente por este ser um dos novos ricos, ou seja, mais pelo que tinha nos bolsos do que por amor verdadeiro.

Diante destes fatos, Maigret vai apertando o cerco, conferindo álibis e horários, e deixando sua mente dedutiva trabalhar, a fim de resolver este misterioso assassinato e fazer justiça. Algumas reviravoltas acontecem e outros fatos curiosos vem à tona, mas para sabê-los, terei que deixar que você leia o livro.

O livro tem cerca de 130 páginas e é constituído em sua maior parte por diálogos, o que torna sua escrita leve, fluída e de fácil entendimento. É um daqueles livros que pode ser lido em uma tarde, sendo bem leve apesar de sua temática (mistério/suspense policial), endo inclusive algumas passagens divertidas.

Sei que Simenon é considerado um autor consagrado mas, mais uma vez, não consegui gostar do livro. E não concordo com a comparação com Agatha Christie e seu famosíssimo detetive belga Hercule Poirot. Enquanto Agatha constrói um mistério, dá-nos pistas, deixando a verdade à ossa vista e, no final, explicando de forma magistral a linha d raciocínio de seu personagem, Maigret me pareceu um tanto raso.

Além disso, não consegui criar empatia com os personagens, e acredito que os diálogos ficaram muito forçados. Simenon tem um estilo de escrever de forma a não completar as frases, deixá-las soltas, numa tentativa de criar ma atmosfera de mistério que, na minha opinião, não deu certo.

Mais uma vez também não gostei da capa. Me pareceu confusa e sem conexão com o livro em si. Mas recomendo que você leia e diga aqui nos comentários o que achou.

Abraços e até a próxima.

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Ana Liberato