quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Resenha: "A Garota Perfeita" (Mary Kubica)

Tradução: Fal Azevedo

Por Sheila: E aí galerinha! Tudo tranquilo? Hoje a resenha é de uns dos tipos de literatura que eu mais AMO por isso minhas expectativas com essa leitura foram altíssimas! Tenha isso em mente ao ler os comentários sobre o que achei do livro ok?

Mas vamos ao livro! Nele temos três narradores, sendo que a história será contada pelo ponto de vista de cada um deles. Nosso primeiro narrador é Eve e, quando tudo começa, ela esta tomando um chocolate quente, fazendo-nos de cara pensar em como somos pegos desprevenidos pelas grandes reviravoltas da vida. Um telefonema. E tudo muda.

Mia fará 25 anos em apenas um mês, no dia 31 de outubro. Ela nasceu em um Hallowenn, e presumo que Ayanna esteja telefonando para falar sobre isso. Ela deve estar planejando uma festa surpresa para minha filha. 
- Senhora Dennet, Mia não veio trabalhar hoje - explica Ayanna.

Mas, infelizmente Mia, uma professora de Artes e filha-problema do importante juiz James Dennet não irá comemorar seu aniversário com a família, muito menos com os amigos neste ano. Não que o juiz realmente acredite que algo tenha acontecido com a filha, no que é acompanhado por sua filha-prodígio Grace, mas isso ficaremos sabendo através de do detetive Gabe Hoffman, nosso segundo narrador,
O juiz se sobressalta.
- Minha filha não é uma pessoa desaparecida. Ela esta em um local desconhecido. Com certeza, fazendo algo irresponsável e negligente, algum ato imprudente. Mas não esta desaparecida.
E, por fim, vamos encontrar a narrativa de Colin. O que é um pouco inusitado por que ... bem, por que Colin é o Raptor de Mia. Assim, somos brindados em primeira mão sobre o que o motivou a raptá-la - dinheiro, óbvio - mas em algum as coisas saíram um pouco do eixo. E o que era para ser um trabalho fácil, limpo e rápido, acaba se tornando uma verdadeira bagunça para sua mente pragmática.

Deveria sair na Wacker, mas não faço isso. Continuo Dirigindo.
Sei que é burrice. Sei que tudo pode dar errado. Mas faço isso mesmo assim. Espio pelo espelho retrovisor, para ter certeza de que não estou sendo seguido. E então acelero. Desço a Michigan, para  Ontário, e estou na interestadual 90 antes de o relógio dar 14h15.

Colin é um personagem que as vezes nos deixa confuso. Afinal de contas, quanto de nobreza há em suas atitudes, e quanto são atos feitos total e exclusivamente em benefício próprio? Muitas vezes ele deu um nó grande em meus pensamentos. Afinal, ele era o vilão. Ou será que não?

- Eles encontraram o caderno de esboços na cabana, junto com suas coisas e as de Colin. Presumo que isto lhe pertença.
- Você levou isso com você para Minnesota? - Pergunta Grace.
Mia dá de ombros. Seus olhos estão fixos nas imagens de Colin Thatcher. Claro que ela não sabe. Grace sabe que ela não sabe, mas pergunta assim mesmo. Ela esta pensando a mesma coisa que eu: ali estava aquele bastardo raptando-s e levando-a para gluma cabana abandonada em Minnesota, e ela encontra um meio de levar com ela um caderno de esboços, acima de qualquer outra coisa?
E aqui esta a grande maestria por de trás da escrita de Mary Kubica: a história irá seguir uma trajetória não linear, alternando entre capítulos que se passam antes e depois do sequestro de Mia. Como tudo aconteceu, seguido de todos os efeitos e danos causados à jovem, como perda de memória e uma alteração drástica da personalidade.

"A  Garota Perfeita" apesar de em alguns momentos ser comparada ao célebre "Garota exemplar" tem de parecido com este apenas o título. O livro é um thriller psicologico que nos envolve do começo ao fim, que é apresentado de forma perfeitamente amarrado pela autora. que consegue criar as idas e vindas na narrativa sem deixar de ser objetiva ou soar confusa.

Um ótimo livro para ser lido todo de um vez. Recomendo.

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Ana Liberato