segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Resenha: "A Metade Sombria" (Stephen King)

Tradução de Regiane Winarski

Por Stephanie: Quando li a sinopse de A Metade Sombria, logo fiquei interessada. Não sei por que eu havia esquecido que o livro tinha uma pegada sobrenatural, por isso fui surpreendida desde o começo. O clima sombrio já é notável nos primeiros capítulos, e a escrita característica de King consegue nos deixar imersos e curiosos para ver o que virá pela frente.

Não é novidade que Stephen King gosta de escrever sobre escritores. Eu adoro ler sobre esse tipo de personagem porque sempre acabo me identificando muito com seus pensamentos (afinal, um dia ainda quero publicar meu livro). Ver Thad, o protagonista, refletindo sobre seus trabalhos e sobre sua relação com o pseudônimo George Stark foi fascinante e me despertou grande empatia.

(...) afinal,  ele era escritor de ficção… e um escritor de ficção no fundo não passava de um sujeito pago para contar mentiras. Quanto maiores as mentiras, melhor o pagamento.

Por falar em Stark… que personagem aterrorizante! Toda vez que ele surgia, eu sabia que algo terrível estava para acontecer. O aspecto vilanesco dele poderia ter soado caricato ou forçado, mas acho que combinou com essa obra em específico. Talvez seja graças a escrita densa de King, que consegue transmitir toda a maldade de maneira crua. Porém, é bom lembrar que o autor tem como característica a prolixidade, ou seja, não espere um livro super fluido (o que não o desmerece de forma alguma).

(...) Mas, quando estava escrevendo como George Stark, e particularmente sobre Alexis Machine, Thad não era o mesmo. Quando ele… abria a porta, talvez seja a melhor forma de dizer… quando ele fazia isso e convidava Stark pra entrar, ficava distante. Não frio, nem mesmo morno, só distante. (...)

Como um bom livro de King, é preciso avisar: há cenas pesadas, que chegam a embrulhar o estômago. Se você for muito sensível, não recomendo. A parte policial e de investigação é bem empolgante, mas achei um pouco inverossímil em algumas passagens (parece que a polícia é meio burra, às vezes…).

O desfecho é bem satisfatório. Acho que dentro das possibilidades, King soube fechar os arcos com maestria e ainda deixar aquela pulguinha atrás da orelha da gente, hehe. Recomendo muito essa leitura pra quem está atrás de uma boa história sobrenatural com doses de drama e investigação!

Até a próxima, pessoal!

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Ana Liberato