segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Resenha: "Pequenos contos para começar o dia" (Leonardo Sakamoto)


Por Kleris: Leonardo escrevia microcontos no Facebook para os amigos e suas historietas – todas inspiradas em alguma experiência jornalística – tiveram incrível repercussão. O livro nasceu daí, uma maneira de registrar histórias do povo, histórias de uma geração, ficção e realidade, e abrir nossa percepção diariamente. 

Primeiro, foram os nomes dos netos. Depois, a literatura que amava. E ela foi se despindo na frente de todos. Foi estranho, mas o Alzheimer lhe concedeu o direito a uma só lembrança. O que é forte o suficiente para vencer o vazio?


As narrativas são variadas, assim como todos os sentimentos envolvidos. Não há um norte, nem um tema direto, senão esse convite a enredos rápidos. É um livreto de doses literárias para serem bebidas pouco a pouco. Leituras pausadas como esta são uma ótima garantia de companhia, seja para começar o dia (como o livro propõe), seja para respirar entre uma e outra coisa da vida corrida.

Nem todos os contos são 10/10. Tem aqueles que te tocam profundamente, tem aqueles que te levam à reflexão imediata e aqueles que “passam passando” – vai da história de vida e da sede de conhecimento do leitor para abraçá-los. 
Quando ficava de cama, seu pai trazia um velho livro cuja últimas três páginas haviam sido arrancadas. Então, ela se aninhava em seus braços para inventarem juntos o final. Na gripe, a princesa fugiu do castelo e foi ser repórter. Perna quebrada: deixou o príncipe em casa cozinhando e saiu com as amigas. Amídalas? Juntou-se a outras e mudaram o mundo. Ontem, já crescida, foi comprar o primeiro livro para a filha. Escolheu com carinho, arrancou as três últimas páginas e, sorrindo, pediu: “para presente”.

Mas é certo que algumas histórias ficam cá conosco e precisam de bandeirinhas para marcar seu lugar no livro. Não à toa as melhores partes ficam exato no meio, pois é comum que Leonardo lance os cenários e nos arrebate nas frases finais, bem centralizadas nas páginas.




É pra você que procura leituras que não precisam de grande imersão, que pode passar dias sem ler e não se perder. Cabe na bolsa e pode ficar bastante tempo na cabeceira. 
Largou tudo. Comprou um sítio. Produz morangos. Tem cachorro. Vive um amor. E perdeu o medo de usar o ponto final. 
E juntos descobriram que, na verdade, os biscoitos não estavam vazios.

O livríneo me lembra bastante de Recorte! da miga Talita Guimarães – quem me presenteou ♥️ Aliás, recomendadíssimo para dar de presente!


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Até a próxima!

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Ana Liberato