quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Resenha: "Dearly Departed - O amor nunca morre" (Lia Habel)

Por Sheila: Oi Pessoas! Como vão todos e tod@s? Tudo tranquilo? Mais uma resenha para a qual me senti incompetente para escrever um resumo decente ... então, vou "pegar emprestado" o resumo do skoob, e depois partir para meus singelos comentários.
Ela é Nora Dearly, uma garota neovitoriana de 17 anos que sofre com a morte dos pais e vive infeliz aos cuidados da tia interesseira. Ele é Bram Griswold, um jovem soldado punk, corajoso, lindo, nobre ... e morto! No ano de 2187, em meio a uma violenta guerra entre vitorianos e punks, surge um perigoso vírus, capaz de matar e trazer novamente à vida.
As pessoas tornam-se zumbis, mas nem todos são assassinos e devoradores de carne. Há os que lutam para que o vírus não se espalhe ...
Apenas Nora tem o poder de cura em suas mãos, ou melhor, em seu sangue. Ela não sabe disso e corre perigo. É papel de Bram protegê-la ...
A era Vitoriana foi escolhida pelo povo de 2187, que sobreviveu à guerras e acidentes nucleares, como o modelo de sociedade perfeita, onde o quase holocausto vivido no último ´seculo nunca se repetiria;  seria uma volta à uma época de valores mais tradicionais, em que o respeito às figuras de autoridade, como pais e governo, era algo indiscutível.

Como os Estados Unidos foram devastados, as pessoas que sobreviveram tiveram que migrar mais para o sul, onde entraram em conflito com os chamados "punks", que consideram o modo de vida dos neovitorianos hipócrita e sem sentido, já que continuam existindo estratificações em sua sociedade pretensamente perfeita, onde a escala social que está mais abaixo só consegue ascensão por meio do casamento.

Nora esta em período de férias da escola, sozinha em casa com sua tia indiferente, quando é brutalmente arrancada de seus devaneios e tristeza pela invasão de um exército de mortos-vivos que, ao contrário do zumbi clássico, raciocinam muito bem para quem já esta morto.

A editora ID nos faz uma proposta: ler a página 66 para saber se nos IDentificamos com a estória... então bora lá, transcrevo a 66 para vocês.
Segurando a respiração, fiquei imóvel. Não me considerava covarde, e agora era o momento de provar isso a mim mesma. Decidi olhar, como na noite anterior. Nada então, nada agora. Provavelmente eram apenas meninos brincando no escuro.
Abri as cortinas.
Uma caveira me encarou com olhos escuros soltos nas órbitas, sem carne em volta.
E sorriu.
O punho da coisa entrou pela janela. Gritei e pulei para trás. O mundo pareceu explodir, com estilhaços de vidro voando e mais cadáveres saltando para dentro do estúdio.
É a única maneira de descrever o que via.
Eram homens. Quer dizer, pareciam homens, pareciam humanos, mas, como alguém que já morreu há meses, há anos, estavam em estágios diversos de decomposição - a carne pendia solta dos membros, havia ossos expostos em algumas partes, outros tinham pedaços dos corpos faltando. Alguns usavam uniformes cinza desbotados com insígneas. Desnecessário dizer que não fiquei ali para descobrir a identidade de cada um.
Disparei para fora do cômodo, batendo a porta atrás de mim. Sem a chave-mestra não poderia trancar a porta. Atrás dela, havia mais coisas entrando, gargalhando, falando.
De uma hora para outra, Nora se vê ao meio do segredo mais bem guardado do atual governo e - pior ainda! - do seu pai, com quem achava compartilhar tudo. Há zumbis. Alguns não comem pessoas, são zumbis "bonzinhos". Outros, demoram para reviver, e estão num estado tal de composição que é impossível que "acordem" como outras coisas que não máquinas de matar.

Se não bastasse tudo isso, Nora descobre ser imune ao vírus, e que o estudo de seu sangue pode criar uma vacina que evite a disseminação do contágio - e que talvez esteja se apaixonando por um zumbi, Bram, que por mais que tenha um aspecto exterior horripilante, mostra-se alguém com qualidades inigualáveis.

E aí, o que vocês acharam?  Eu acabei colocando este livro à frente de outros "vou ler" que estavam na estante, e confesso que não me arrependi. A questão é: Lia Habel consegue pegar alguns tem,as aparentemente batidos - amores impossíveis, zumbis, mundos pós-apocalípticos -  e criar uma trama tão rica e envolvente, que as páginas do livro praticamente se viram sozinhas.

Muitas perguntas ficam ao final deste livro, afinal é o primeiro de uma série -  não consegui descobrir se de três ou de mais, alguém sabe? - mas que eu realmente espero sejam respondidas nos próximos volumes. Nunca gosto de avaliar uma série antes de lê-la em sua totalidade, mas uma coisa é certa: fiquei com muita vontade de continuar lendo.

Abraços e até a próxima.

2 comentários

  1. Eu tenho esse livro só que na edição de Portugal. Preferi não arriscar de comprar a nocional devido as reclamações e o descaso deles.
    O que você achou da revisão? Vi muitas pessoas reclamando que tem muita coisa escrita errada. Questionei a editora e tudo que eles fizeram foi me ignorar ¬¬


    avidadeumabookaholic.blogspot.com.br

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    1. Oi Evelyn obrigada pelo seu comentário! Quanto a revisão, já ouviu falar daquela história que "não ipomtra em qaul odrem as Lteras de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia Lteras etejasm no lgaur crteo"? Acho que foi mais ou menos isso que aconteceu comigo, pois realmente não os vi ...

      abraços!

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Ana Liberato