sexta-feira, 12 de junho de 2015

Resenha: “Kamaleon” (Camila B. Monteiro)

Por Kleris: Tenho a impressão (e é uma impressão bem recorrente nos últimos tempos rs) de que conheci a Camila por algum RT e, por conseguinte, Kamaleon, que me chamou a atenção logo no primeiro segundo. Não sei se pelo nome diferente, a capa bacanuda ou seu conjunto. Foi só uma questão de tempo para me aventurar por essas páginas.

Lilly está se preparando para um dos eventos mais importantes de seu reino, um lugarzinho chamado Kamaleon. A noite da escolha é uma cerimônia que acontece de tempos em tempos e reúne conselheiros e todos os seres viventes, os lampys, para determinar aquele (ou aquela) lampy que melhor detiver potencial para controlar a energia de seu mundo, pois Kamaleon é um reino que depende dessa força.

Lilly é uma forte candidata e já tem em mente seu mentor do Conselho, Milom. Mas dele esconde alguns sonhos que vinham a perturbando com frequência, sonhos em que se via cara a cara com um lampy que, embora familiar, não conhecia. O que mexia com Lilly era o fato de que sempre que ela chegava perto dele, uma figura de vestimenta preta, ela não conseguia trocar a coloração, que é um poder treinado por todos os lampys, e não conseguir mudar nada era como anular sua magia.

Como as cores em Kamaleon podem ser bem subjetivas, isso a assustava e a descontrolava. Lilly poderia representar um novo perigo para o reino. 

— Oh, não! Sou uma bomba de tinta ambulante!
— Esse ficou bonito! – exclamou o mentor, passando a achar graça da situação.Lilly bufou e encostou-se em uma parede que mudou de cor, primeiro para rosa e logo em seguida para roxo. Afastando-se rapidamente, tocou sem querer na mesa – antes azul – tornando-a laranja.


— Mas, por todas as cores, se essa garota tem todo esse poder descontrolado até agora, certamente o campo de força que nos protegia foi derrubado!
— Detel, o que você sugere que façamos? – perguntou Monac, impaciente – Precisamos pensar na nossa escolhida agora.
— Há alguns anos, em algum momento dessa loucura toda, nós paramos de pensar em nosso protegido...
— Você realmente acha que estamos vivendo isso novamente? Acha mesmo que Lilly seguirá os passos de Devox?

Devox era um lampy que fora banido de Kamaleon fazia uns anos por, na cerimônia de coloração (o segundo evento mais importante do reino), ter perdido o controle da energia das cores e vitimado vários lampys ao tirar-lhes a coloração, logo, a vida. O que ele queria de volta nestas terras e por que Lilly era seu ponto de conexão? Era ele, afinal, a figura desconhecida que aparecia nos sonhos da garota.

Kamaleon é um conto encantado para ser lido num só sopro. De ações rápidas, a narração assume o tom de juvenil dos contadores de histórias, que muito se deslumbra por aquele espaço, admira sua sociedade e guarda certa inocência conforme nos conta essa história em especial; nesse sentido, sua escrita é fluída e convidativa. Contudo, senti falta de um gás pra segurar as entradas de voz, como quando conversa com o leitor e tenta nos explicar mais da história.
Lilly entendeu. Sentia um misto de tristeza e raiva naquele momento. O que havia lhe ferido no dia anterior, agora servia como combustível para suas energias.O pouco que conheço sobre lampys já é mais que o necessário para afirmar que, quando eles estão alegres, transformam seu mundo em um pote de cores magníficas, mas quando sentem raiva – o que é extremamente raro, diga-se de passagem – tornam tudo mais denso.

Como é um conto bem curto, a trama é muito ligeira em suas reviravoltas e em tempo de ação. Isso reflete em algumas atitudes dos personagens, que deixam umas pontas soltas e às vezes suas decisões e atitudes são confusas, senão súbitas. No entanto, é uma história que apresenta um bom potencial. Diria que é como um ponto de partida, que dele a autora tem muito a explorar. E aquele final fofo... só reforça o encanto de Kamaleon.

Com um toque doce de imaginário, Kamaleon é indicado para quem curte leituras rápidas, mundos paralelos e fantasia.
Às vezes isso me fazia lembrar um formigueiro. Todos aceitavam seus encargos, pois entendiam que era para o bem geral, e isso era algo que eu nunca havia visto antes. Mas essa garota, Lilly, era diferente, curiosa. E é ela que transforma esta história em um conto de fadas. 

Vale uma nota para a revisão da edição, que precisa de umas pinceladas, mas nada demais que interrompa diretamente a leitura.

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Até a próxima!




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Ana Liberato