sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Resenha: “Fiquei com seu número” (Sophie Kinsella)

Tradução de Regiane Winarski

O livro já foi resenhado anos atrás pela Juny – aqui.


Por Kleris: Ao decidir por uma releitura, a gente já imagina o que vai encontrar, porque, bem, já passou por aquele lugar. Costumo reler livros em viagens, porque não quero ficar naquela de “será se vai ser uma boa leitura?”; quero entrar na leitura com a certeza de que vou gostar. E foi assim, my friends, que puxei mais uma vez Fiquei com seu número da prateleira e Sophie me deixou no chão: rolando de rir, sem ar, chocada. Quase sem palavras sobre como eu a admiro.

E me perguntando seriamente POR QUE RAIOS EU PASSO TANTO TEMPO SEM LER CHICK-LITS. Descobri o porquê, mas ainda não estou satisfeita – o que é outra história. Vamos à resenha!

Poppy se vê numa situação bem... complicada. Ao meio de uma reunião com as amigas e colegas para surtar sobre o anel de noivados, o hotel que hospeda um evento social vira um pandemônio quando a sirene de incêndio soa, e ao meio do transtorno, Poppy perde o anel – da família do noivo, Magnus. Entramos na história justo no momento de maior desespero de Poppy, enquanto ela revira o saguão do hotel atrás da joia. Sem muita esperança, ela tem que esperar notícias e então... lhe roubam o celular na rua. Nem preciso dizer que sua síncope toma maiores proporções, né? Mas no meio do pânico, uma luz surge: ela acha um celular no lixo e resolve usá-lo até arranjar outro, até porque Poppy NÃO PODE perder nenhuma notícia sobre o anel nesse meio tempo.

É assim que ela entra no mundo de Sam, o responsável pelo aparelho. Que, aliás, acaba de perder a assistente e precisa da ajuda de Poppy para fechar um negócio ali mesmo no hotel. É apenas ÉPICA a cena que ela salva o mundo corporativo – ou pelo menos a empresa de Sam. E é essa gentileza – e mico da vida – que faz Sam repensar sobre o aparelho celular e permitir que eles dividam a caixa de mensagens. Chamar mais confusão que isso não sei dizer – que é, na verdade, só uma pontinha do iceberg desta trama. São tantas reviravoltas que não consigo dizer mais que isso.
Conforme vou descendo os e-mails, começo a me sentir desconfortável. Nunca tive tanto acesso ao celular de outra pessoa. Nem ao dos meus amigos. Nem mesmo ao de Magnus. Tem certas coisas que não se compartilha. 
Isso é totalmente surreal. E emocionante. E um pouco angustiante. Tudo ao mesmo tempo. 

Confesso que tinha um receio de reler este livro por motivos de 1) li tem quase 5 anos, e 2) depois que se muda algumas filosofias de vida (como o feminismo), diversos livros ganham nova visão e é provável que essa nova experiência de leitura seja... ruim. Estaria eu preparada para deixar minha Sophie ir? Ou melhor, estragar minha visão da autora? Posso dizer agora que: não se preocupem, não só continua MARAVILHOSA, quanto minha admiração subiu mais uns degraus e marquei ainda mais cenas do que já tinha marcado #totalwin

Sophie entrega mais que uma história apaixonante, ela OUSA, ela quebra barreiras, e chuta na cara de quem fala que chick-lit é uma narrativa fácil ou rasa. Bem, tudo depende da abordagem, né? Apesar de apresentar situações que encaixam fácil no estilo, a maneira com que Sophie nos induz faz toda a diferença. Em Fiquei com seu número então, tem inúmeras razões que confirmam isso. Diria até que é a marca da autora dar essa rasteira nos desconfiados e/ou haters.
Não.
 Não não não não não.
 :( Não faz isso.
 Você não pode.


Arrisco dizer ainda que os melhores “e se?” se encontram também nesta leitura. São situações absurdas e totalmente plausíveis. Não tem nada que te faça ficar “hmmmm, não me parece possível” ou “aham, colega”. São fatos que seguram nossa atenção do começo ao fim em um mega deleite do chamado “romance slow burn” – aquele que queima devagar e de maneira progressiva.
E não quero soltar. Não quero que isso termine. Embora eu esteja tropeçando e com frio e no meio do nada. Estamos num lugar onde jamais nos encontraremos de novo.

Além daquele lance de ver/ler coisas que não tinha percebido na primeira leitura, outra coisa super interessante sobre reler livros é o quanto de informações que a nossa mente apaga! Costumamos nos agarrar a algumas coisas, e esquecemos totalmente outras, tão marcantes quanto, e é isso que faz ser uma experiência tão impressionante. Não achei que seria possível amar muito mais a Kinsella <3

Nem preciso dizer o que foi reviver minhas cenas preferidas, né? A cena da Poppy enrolando os japoneses, a cena do sabão na janela, as NOTAS DE RODAPÉ, as palavras-cruzadas, o BOSQUE... FEELS EVERYWHERE. Não duvido que serão, em sua maioria, as mesmas das de vocês ^^ entendedores entenderão e não, não é spoiler!
Não há resposta, mas não ligo. É catártico apenas digitar.

Enfim, é uma leitura gostosa, alucinante, mil e umas reviravoltas aloucadas, apaixonante, genial, irresistível... I N C R Í V E L. Procura uma leitura contemporânea bem fresh? De cair o queixo e lhe faltar o ar pelas gargalhadas? Com conspiração, mistérios e armações? Mulheres em busca de sua independência? Com muita tragicomédia e amor? Pois se prepare pra vomitar arco-íris e ao mesmo tempo nadar neles. Leve Fiquei com seu número a g o r a <3 E se já leu, vale ler de novo!

Se recomendo?! Minha vontade é de sentar o dedo na letra i e não soltá-lo nunca mais: recomendadíiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiissiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimo!
50. Antiético é o mesmo que desonesto? Esse é o tipo de debate moral sobre o qual eu poderia ter perguntado a Antony. Em circunstâncias diferentes.

Até a próxima!

Confira os melhores preços no Buscapé e ajude o blog a crescer ;)





Curta o Dear Book no Facebook
Siga @dear_book no Twitter e @dearbookbr no Instagram

0 comentários

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós! Pode parecer clichê, mas não é. Queremos muito saber o que achou do post, por isso deixe um comentário!

Além de nos dar um feedback sobre o conteúdo, contribui para melhorarmos sempre! ;D

Quer entrar em contato conosco? Nosso email é dear.book@hotmail.com

 
Ana Liberato