segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Resenha: "Apesar de tudo" (Dipacho)

Tradução de Mel Brittes

Por Stephanie: Apesar de tudo é um livro infantil do ilustrador colombiano Dipacho. A história é bem simples e aborda a relação entre dois pinguins que vivem em meio à ameaça do aquecimento global.

A obra possui poucas cores, ilustrações simples e frases curtas, mas repletas de significado. É o tipo de livro que, dependendo do leitor, pode ser interpretado de formas distintas. Acredito que as principais mensagens sejam de amor e união; de fazer tudo o que for possível para estar perto de quem se ama.

Os traços de Dipacho são encantadores, é impossível não achar os dois pequenos animais no mínimo simpáticos. A predominância do amarelo me agradou muito e acho que cumpriu muito bem o papel de transmitir a mensagem de preservação ambiental que o autor provavelmente desejava.

(Clique para ampliar)

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Independentemente da idade do leitor, Apesar de tudo é uma obra tocante e gostosa de ler. Fiquei com o coração aquecido ao fechar esse livro tão belo e sensível. Fica a recomendação para os pequenos e grandes!

Até a próxima, pessoal!

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sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Resenha: "Minha História" (Michelle Obama)

Tradução de Débora Landsberg, Denise Bottman e Renato Marques

Por Stephanie: Minha História é o livro de memórias escrito por Michelle Obama, ex-primeira dama dos EUA e esposa do primeiro presidente negro da história desse país. Por meio de uma narrativa leve e poderosa, Michelle nos conta sua trajetória desde a infância até os dias vividos na Casa Branca, entre os anos de 2009 e 2017.

Eu conhecia muito pouco sobre Michelle, só aquilo que ouvia na mídia mesmo. Sabia que ela era uma mulher forte e determinada, mas ao ler seu relato, pude ver que sua personalidade distinta já se mostrava desde pequena, quando morava na região de South Side, em Chicago. Apesar de não ter passado por dificuldades financeiras, ela morava com a família em um bairro de classe média que ao longo dos anos foi se tornando predominantemente negro (e pobre).

O início do livro foi a parte mais arrastada para mim; a autora nos conta em detalhes como era a dinâmica familiar com seus pais e irmão mais velho, que moravam na casa acima de seus rígidos tios. A disciplina sempre fez parte da vida de Michelle, mas percebi também que ela viveu em um lar muito unido e amoroso.

Depois, somos apresentados à vida adulta e à carreira de Michelle, que eu nem sabia que era advogada (!). Adorei os tópicos abordados por ela durante essa parte, porque vemos claramente o racismo e machismo velado que existia nos anos 80 nas faculdades de renome (Michelle se formou em Princeton e Harvard).

"(...) Tentava não me intimidar quando a conversa em sala era dominada pelos alunos homens, o que era bastante comum. Ao escutá-los, me dei conta de que não eram mais inteligentes do que nós. Eram apenas mais incentivados a falar, navegando na maré ancestral da superioridade e estimulados pelo fato de que a história nunca lhes dissera o contrário."

Ao falar sobre sua carreira, a autora acaba entrando em uma parte muito relevante e conhecida para a maioria do público: seu relacionamento com Barack. Como eles se conheceram no ambiente de trabalho, Michelle traça diversos paralelos entre sua vida profissional e pessoal, como a ascensão de sua carreira e algumas das decisões difíceis que precisou tomar em prol do sucesso de Barack. Acho que essa foi minha parte favorita do livro; o relacionamento deles é muito maduro e repleto de momentos fofos. Adorei ver Barack como um rapaz sonhador e romântico e Michelle como uma mulher que se apaixonou mas nunca abriu mão de sua independência por amor.

"Nunca fui de ficar presa aos aspectos mais desmoralizantes de ser afro-americano. Fui criada para pensar positivo. (...) Mas, ouvindo Barack, comecei a entender que sua versão de esperança era bem mais ampla: eu me dei conta de que uma coisa era sair de um lugar empacado; outra, totalmente diferente, era tentar desempacar o lugar."
"O que acontece quando um individualista que gosta de solidão se casa com uma mulher sociável e extrovertida que detesta solidão? A resposta, imagino eu, é provavelmente a melhor e mais sólida dr todas para qualquer pergunta que surge num casamento, para qualquer pessoa e qualquer questão: você dá um jeito de se adaptar. Se o casamento é para sempre, não tem escolha."

Por fim, vemos a carreira de Barack até a chegada à presidência e como foram os anos da família Obama na Casa Branca. É muito interessante conhecer mais sobre esse mundo da política pelos olhos de Michelle; ela é uma mulher muito pé no chão e sempre fez questão de passar isso para suas filhas (por exemplo, as camareiras foram avisadas por Michelle que as meninas tinham que fazer a própria cama), sem permitir muito deslumbramento, afinal, aquela era uma residência apenas temporária.

Passei a admirar muito Michelle após ler seus feitos durante o período em que foi primeira-dama. Ela sempre quis fazer a diferença e aproximar a Casa Branca da população, organizando eventos abertos ao público e criando projetos para melhorar a saúde e a vida como um todo dos norte-americanos. E em meio a isso, teve de lutar contra o machismo e a futilidade da mídia (e da oposição), que julgava seu corpo, suas atitudes e suas palavras sempre que possível.

"A forma mais fácil de desmerecer a voz de uma mulher é resumi-la a uma pessoa rabugenta."
"O poder de uma primeira-dama é uma coisa curiosa – suave e indefinido como o próprio papel. (...) A tradição mandava que eu emanasse uma luz suave, agradando ao presidente com minha devoção, agradando à nação sobretudo ao evitar confrontos. Mas eu começava a ver que essa luz, se usada com cuidado, tinha um poder maior (...)."

Michelle é uma mulher corajosa e por mais classe que possua, deixa seu posicionamento bem claro ao falar sobre a posse de Trump. Confesso que senti um aperto muito grande no peito ao ler seu depoimento sobre o dia da posse e foi inevitável enxergar as semelhanças com a nossa situação política atual.

É impossível resumir em apenas alguns parágrafos a história tão grandiosa de uma mulher como Michelle Obama. São quase 500 páginas de um relato muito verdadeiro, inspirador e emocionante, que mostram ao leitor a força e persistência de uma mulher que nunca se contentou em ser mediana e lutou para não ser resumida apenas à sua aparência ou suas fraquezas.

A edição da obra está muito bem feita, com uma parte dedicada a fotos em alta qualidade de momentos marcantes da vida da autora. Só acho que essas imagens poderiam ter ficado como um adendo ao final do livro, em vez de no meio de um capítulo.

No mais, é uma super indicação para qualquer pessoa que goste de biografias e livros de memórias e queiram conhecer mais sobre a vida dessa mulher que junto à seu marido e família, marcou a história dos EUA e do mundo (e continuará marcando, com certeza). Acredito que vá entrar para os meus favoritos de 2019 com facilidade!

Até a próxima, pessoal!

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terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Resenha: “Gente de Resultados” (Eduardo Ferraz)


Manual Prático para formar e liderar equipes enxutas de alta performance


Por Kleris: O livro certo, na hora certa, para o propósito certo! Se você sente que precisa alinhar seu modus operandis de líder, é este o livro. É com certeza o manual para (re)começar as atividades com o pé direito. 
[...] será de extrema importância você conhecer seu estilo, não para mudá-lo, mas para aproveitá-lo ao máximo e, ao mesmo tempo, para fazer as melhorias necessárias. O objetivo será ajustar a forma, não o conteúdo.

Mais uma vez, o autor ousa em retratar o potencial que temos cá conosco; mais uma vez é luz para nossa caminhada. Para quem não sabe, Eduardo já trouxe um livro sobre desempenho profissional, chamado Gente que convence (veja resenha aqui). Aqui em Gente de Resultados, foca-se mais na gestão de pessoas, como podemos ter mais suporte quando se trata de liderança e alcançar altos voos. Afinal, líder que é líder não opera sozinho.


 

É comum que muitos assumam um cargo de autoridade apenas “indo” – acontece de em algum momento de sua caminhada profissional tornar-se líder e ter que tomar responsabilidades por um empreendimento e seus subordinados. O livro vem justo para dar amparo aos tantos desesperos anseios e deveres do cargo, sobre como podemos nos reorganizar enquanto gestores e trazer resultados mais prósperos a todos. Para tanto, é essencial saber quem somos, que perfil temos, o perfil do empreendimento, a demanda, como podemos agregar pessoas para essa jornada e fazer tudo funcionar. Alcançar a alta performance é isso: manejar o melhor de todos para um propósito maior – e por isso, uma relação win-win.

 
Para alcançar excelentes resultados, a equipe deve ir além das simples obrigações. Contudo, esse algo a mais só existirá se as pessoas sentirem que o líder tem credibilidade e transmite confiança. 
Só é possível continuar obtendo grandes resultados com as pessoas certas nos lugares certos [...]

Mas a sacada master aqui é que, além de ser um suporte prático, o livro é voltado para os líderes de pequenos empreendimentos e organizações. Achei interessante isso, pois traz uma visão mais direta e próxima da realidade, coisa que já me decepcionei em outros livros e/ou estudos na área. Desta forma, Eduardo traz um rol de conhecimentos dos grandes para os pequenos, possibilitando acesso e ferramentas para engrenar qualquer plano de ação. Aliás, meu relatório de desempenho para este ano (do coletivo cultural de participo) praticamente se fez sozinho durante a leitura.


Semelhante ao livro anterior, há narrativas e estudos de caso, todos descritos de maneira bem simples e clara. Mas nada fica só no campo da teoria ou dos conselhos. Para além das ótimas observações e/ou análises, podemos tecer nossos próprios planos de ação, desde os pessoais (como líderes) aos da organização (como empreendimento). Me surpreendi com como é traçado os perfis “operacionais” de cada um, do líder ao subordinado, para que se tenha o melhor aproveitamento. Eduardo, nesse sentido, é muito didático em nos fazer entender em que pé estamos, no que podemos mexer e em como agir, sendo assim este guia necessário. 
No começo, a empresa pode ficar um pouco bagunçada, mas faz parte da cura.

Para isso, reserve papel, caneta, marca-texto e, claro, um momentinho de dedicação, pois não há como fazer as mudanças certas se não houver a disposição certa para aprender. É interessante também que, mesmo quando nos focamos numa linha de liderança (há um teste para se identificar e você pode realizar online; aqui!), podemos seguir curiosos e atentos às outras narrativas-exemplo, pois nada como acompanhar outros casos para acrescentar mais ao nosso repertório. 
Se ainda tiver dificuldade de formar uma equipe de alta performance, dê um passo para trás.

Minha parte favorita, por certo, foi sobre como podemos influenciar pessoas ao nosso redor para atingir a alta performance. As atitudes podem ser pequenas e não menos significativas por isso. Também pude reavaliar as últimas e a atual liderança; ao ver um panorama mais claro, ficou mais fácil de identificar as faltas e falhas que deixei passar. Muitas vezes as decisões se tratam de sair da zona de conforto e do quanto podemos nos disponibilizar para fazer dar certo, tanto da parte do líder, quanto da sua equipe. 
Equipes bem-sucedidas dependem muito da dedicação e do talento de seu líder para tocar a gestão do dia a dia. No entanto, muitas vezes esse sucesso torna o gestor refém de si mesmo, pois ele sofre uma grande tentação de centralizar decisões e executar tarefas desnecessárias.

 

Gente de resultados me revelou o quanto seguimos muito “instintivos” na hora de assumir uma liderança. Por vezes a gente não sabe bem pra onde tá indo ou como ir, só vai, e segue aprendendo na marra na tentativa e erro. Ter esse livro conosco é justamente a lanterna que nos ajuda a tomar a decisão mais certeira. Além de dar visão sobre o caminho que estamos a andar, nos dá noção de quem somos em poder deste conhecimento, sendo possível, ainda, ver quem está ali perto e o que podemos fazer a respeito. É algo que a capa instiga muito bem: para chegar em algum lugar, você precisa de pessoas e é muito mais jogo quando você sabe o que tá fazendo e porque está fazendo. 
O sucesso só vira se a pessoa mantiver toda essa garra e motivação no decorrer das semanas, dos meses e dos anos seguintes, mesmo com todas as dificuldades e todos os desafios que certamente ocorrerão.

Gente de resultados é, assim, uma leitura que esclarece, instrui, norteia e agrega. Em seus toques de coaching e consultoria, Eduardo trabalha de modo pontual para extrair o melhor de nós e, por consequência, impulsionar o ambiente empreendedor da melhor maneira possível. Não importa do que se trata seu empreendimento (se serviço, produto ou conteúdo), mas se você lida com pessoas e precisa gerir o todo, esse livro é pra você. Eduardo é O cara para te impulsionar!

Re-co-men-da-dí-ssssssssssssssiiii-mo! 
[...] esta obra é um precioso guia para nos orientar pelo tortuoso caminho de criar empresas fora de série, a partir daquilo que qualquer organização tem de mais importante e valioso: gente que faz a diferença. Ricardo Amorim. 
Desenvolver uma equipe de alta performance em sua organização requer um forte sistema de gestão de pessoas: uma liderança preparada para inspirar pessoas a realizarem objetivos e metas, mas, ao mesmo tempo, dar oportunidade aos sonhos delas! Janete Vaz.

Aos curiosos de plantão, deixo aqui o site oficial do livro pra conferir o índice e mais dos tópicos abordados. Lá, o autor também liberou 20 páginas para degustação. Clique na figura abaixo para ser direcionado:

Até!

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sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Resenha: "Céu sem Estrelas" (Iris Figueiredo)

Esta resenha pode ser encontrada também em O Clube da Meia Noite

Sinopse: Cecília acabou de completar dezoito anos, mas sua vida está longe de entrar nos trilhos. Depois de perder seu primeiro emprego e de ter uma briga terrível com a mãe, a garota decide passar uns tempos na casa da melhor amiga, Iasmin. Lá, se aproxima de Bernardo, o irmão mais velho de Iasmin, e logo os dois começam um relacionamento. 

Apesar de estar encantado por Cecília, Bernardo esconde seus próprios traumas e ressentimentos, e terá de descobrir se finalmente está pronto para se comprometer. Cecília, por sua vez, precisará lidar com uma série de inseguranças em relação ao corpo — e com a instabilidade de sua própria mente.

Por Ili Bandeira: Na história, iremos conhecer a Cecília, uma garota inteligente e um pouco gordinha que não aceita bem o seu corpo. Cecilia tem alguns problemas familiares e de auto-estima, os quais a  levam a ter medos e incertezas. A jovem está fazendo 18 anos, mas esse dia não está nada fácil. Ela perdeu o emprego, brigou com a mãe e foi expulsa de casa.

Sem ter onde morar, Cecília vai passar um tempo na casa de sua melhor amiga, Iasmin. A garota agora terá que conviver com o irmão de Iasmin todos os dias. A questão é: Cecília nutre um sentimento platônico por Bernardo desde criança.

A vida de Bernardo também não é um mar de rosas. Ele precisa enfrentar suas inseguranças com base em relacionamentos anteriores que não deram certo. Cecília, por outro lado, está sofrendo por causa do desentendimento com sua mãe e, a cada dia, está mais depressiva com várias  desventuras em sua vida.

“Eu era grande e gorda, então as pessoas me chamavam de fortinha. Eu não me sentia forte. Demorei muito tempo até encontrar minha própria força.”

"Céu sem Estrelas" é um livro doloroso que aborda a fase mais complicada na vida de uma jovem. A autora trabalha esse período entre o final da adolescência e o início da vida de adulta através dos medos e anseios que a maioria dos jovens sentem. Além disso, a escritora, Iris Figueiredo, retrata muito bem a depressão, a ansiedade, ataques de pânico e até autoflagelação. Tais assuntos são tratados como tabus para várias pessoas, no entanto, ainda bem autores como Iris decidem explorar esse universo. O intuito que o livro tem de orientar as pessoas que passam por isso ou conhecem alguém que sofra dessas doenças do século.

A narrativa do livro é em primeira pessoa e intercala entre Bernardo e Cecília - o que nos dá uma perspectiva sobre os seus sentimentos e inseguranças que eles enfrentam ao longo do seu dia a dia, afinal, ambos passam por problemas de família, amizade e relacionamentos. Aqui temos um alerta para a necessidade de respeitar o momento de cada um, pois cada pessoa tem seu tempo e sua forma de lidar com seus medos e anseios.

Sem dúvida esse livro é muito importante para refletir. Uma mensagem de superação para aqueles que passam por isso diariamente ou para os que não passam, terem mais empatia.

Por fim, queria agradecer muito a autora, Iris Figueiredo, por ter escrito um livro que me tocou muito. Simplesmente maravilhoso. POR FAVOR, LEIAM ESSE LIVRO!



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segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Resenha: "O Clube dos Jardineiros de Fumaça" (Carol Bensimon)


Sinopse: Em um cenário formado por coníferas milenares, estradas sinuosas e falésias, a região californiana do Triângulo da Esmeralda concentra a maior produção de maconha dos Estados Unidos. É lá que o jovem professor brasileiro Arthur busca recomeçar a vida, depois dos acontecimentos que o levaram a deixar Porto Alegre. Aos poucos, ele se insere na dinâmica local e passa a fazer parte de uma história que começa com a contracultura dos anos 1960 e se estende até o presente. À vida de Arthur e daqueles com quem estabelece vínculos — o atormentado Dusk, a solitária Sylvia, a indecisa Tamara — mistura-se a de personagens reais que participaram do embate que levou à descriminalização do uso da maconha, fazendo deste um poderoso romance panorâmico. Cruzando história e ficção, com uma linguagem original e ousada, a meio caminho entre Brasil e Estados Unidos, Carol Bensimon compõe em O clube dos jardineiros de fumaça um brilhante retrato da geração hippie e de seu legado.

Por Jayne Cordeiro: Quando tive acesso ao livro, a primeira coisa que me chamou a atenção, foi o título do livro. Na época, eu não fazia a mínima ideia que o tema do livro girava em torno da Maconha. Mas achei o título e uma parte interessante da história bem criativa. Sobre o livro, ele foi escrito por uma brasileira e tem como protagonista um brasileiro, que vai para a Califórnia aprender a arte de criar desta planta tao polêmica. E o que a autora busca é nos apresentar diversos personagens, com pontos de vistas e histórias diferentes, que de alguma forma já se relacionaram com esse produto e possuem pensamentos diferentes sobre ela.

Ele queria entender tanta coisa. Lua sangrenta. A falha de San Andreas. Aquilo que parece fumaça e que chamam de Via Láctea e você pode ver quando está longe das cidades. As moscas da beira da praia. Impostos sobre gorjeta. Certas tatuagens. Uma mulher surfista com um rabo de cavalo grisalho. Ciclistas de roupas fluorescentes viajando pela Highway1. Adesivos de para-choque dizendo ‘veterano do Vietnã’. O canabidiol e os endocanabinoides. Entender de verdade. Lugares onde de repente todas as árvores morrem. A morte de sua mãe. A garota que faz bijuteria e seu discurso urgente sobre karma. Espiritualidade.

A autora cria vários personagens que trazem pensamentos e histórias bem interessantes. Muitos se tornam uma verdadeira surpresa. Ao mesmo tempo em que mostra suas histórias, também conhecemos pessoas e momentos históricos reais que influenciaram na produção de Maconha e seu uso, que se tornou permitido em determinados locais nos EUA. De certa forma, a autora busca tratar positivamente o assunto, e faz isso de forma delicada, sem levantar bandeiras, ma através de uma história que consegue ser envolvente, pela boa escrita dela.

Quando as pessoas são crianças, elas querem ser astronautas, detetives, cientistas. E depois elas olham para si mesmas e estão trabalhando em setores de contabilidade e recursos humanos e querendo se matar toda segunda-feira de manhã. O que aconteceu aí?

Muitas vezes a autora utiliza de capítulos curtos e de suas pesquisas para jogar temas no meio da história, o que dá uma quebra no enredo. Para muitos isso torna o livro leve e interessante, mas particularmente para mim (e digo isso porque é realmente um gosto pessoal) isso atrapalhou um pouco. Na verdade, eu tive um problema com o livro, e sei que é porque não me dou bem com estruturas assim, porque o enredo busca mostrar vários momentos que definem a produção de Maconha na região e a relação das pessoas com ela. Vemos fatos que acontecem no decorrer do livro com os personagens, mas para mim é difícil criar foco em um livro onde as coisas aparecem de forma muito aleatória, sem se encaminhar para um ápice. A sensação de que não vai dar em lugar nenhum, e não há aquela ansiedade para ver o que vai acontecer depois.

Tamara respira fundo, como se um pouco de maresia fosse restabelecer sua paciência com Arthur. Eles se conhecem há apenas duas semanas, mas ela já tem a sensação de que está sendo um pouco maternal demais, o que se revelou um erro em outros pontos da sua vida. É simplesmente angustiante agora perceber que isso vai continuar acontecendo. -Não é uma atividade como qualquer outra, Arthur. -Tudo bem, a gente não lê mesmo sobre isso nos folhetos turísticos. -A maioria vende pro mercado ilegal. Eles não têm licença nem nada. Eu não tô aqui há muito tempo, sabe? As pessoas também não saem me mostrando seus jardins. Não dá pra você só relaxar um pouquinho? Eles passam por uma fileira de hotéis cujos quartos têm varanda com vista para o mar e grandes portas envidraçadas. Um homem está fumando no segundo andar. É estranho ver a vida das pessoas acontecendo nos quartos, como se o prédio tivesse sido seccionado para um estudo antropológico.

Para quem gosta de uma drama calmo, sem grandes reviravoltas ou momentos dramáticos, mas que gosta do tema da legalização da Maconha ou de histórias realistas e simples, esse livro é sua escolha certa. Apesar de não ser o meu tipo de leitura, ele traz fatos interessantes, e é possível reconhecer que a autora tem uma escrita legal, bem elaborada e até poética. Vale a pena conferir.



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sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Resenha: "Série The Royals: Príncipe Partido - Vol. 2" (Erin Watt)

Tradução de Regiane Winarski

Por Clarissa: Olá gente bonita, bom primeiramente um ótimo 2019 para todos nós, que rendam muitas leituras, saúde e paz. Bom faz um tempinho que não apareço aqui, a vida está uma correria e atolada de deveres, mas cá estou trazendo esta série apaixonante "The Royals - Príncipe Partido (livro 2)" De Erin Watt. Como sempre falo, nunca julgue um livro pela capa, pode parecer que só fala sobre princesas e arco-íris, mas não, é um livro com conteúdo adulto, partes quentes e muita emoção. 

Antes de conferir esta resenha dê uma olhadinha na resenha do primeiro livro Princesa de Papel - Livro 1. Deu uma olhadinha? Então vamos seguir adiante!

Tudo começou com Ella Harper, uma jovem órfã que sobreviveu aos acasos da vida e até que um dia aparece um melhor amigo de seu pai - super rico - querendo adota-lá e que prometera a seu melhor amigo que cuidaria de Ella, oferecendo tudo de bom e de melhor, tirando-a dessa vida miserável. Ella como sempre com um pé atrás aceitou a ajuda e foi para a casa - mansão - dele, que era puro caos e nenhum afeto, até que ela mudou este conceito e o caos diminuiu. Conhecendo seus filhos e se apaixonando por Reed e assim criando uma história de romance com diversos desafios e calmarias. Mas como a família é bem problemática o final não terminaria com o famoso Felizes para Sempre. E é bem na parte mais impactante que o primeiro livro termina e mal poderia esperar pelo segundo.

No segundo livro a história é mais voltada aos pensamentos, atitudes e a vida de Reed. Nesta trama toda, Reed vai ter que lidar com mentiras de pessoas que moram junto com ele, perda das pessoas que mais ama, saudade da pessoa que mantinha sua mente sã, raiva de tudo e de todos, e a grande busca do amor de sua vida que mantinha uma esperança que era uma boa pessoa e que fazia o certo.

Reed comete um deslize e Ella se afasta por completo, trazendo caos a família Royal. Reed vê seu mundo desmoronar, e toda esperança de viver um romance com ela desaparece.

"Ela não pode voltar logo para casa e gritar comigo? Preciso que ela me diga que sou um babaca que não merece o tempo dela. Preciso dela na minha frente, cuspindo fogo. Preciso que ela grite comigo, me chute, me bata.
Eu preciso dela, porra."
A garota dos sonhos de Reed não quer mais saber dele, porque tem certeza de que, se ficarem juntos, isso vai destruí-los. Ella pode estar certa. Ao mesmo tempo que um salva o outro, juntos são como uma granada prestes a explodir. Mas no amor tudo vence e, as vezes, suporta. Com o seu ponto de paz sumida de casa, Reed procura um escape para sua raive e dor, assim cria confusão, arruma brigas, há caos na escola, em casa, e em toda sua vida. E tudo o que ele quer é um perdão de uma pessoa especial e ele vai atras disso.
"Você sabe que eu faria qualquer coisa por você... Qualquer coisa pra proteger você."
Enquanto Ella foge de toda essa dor e caos, ela perde tudo o que tinha conquistado de bom nos últimos tempos, o que jamais tina sonhado. Ela preferiria sua vida miserável de volta do que sentir esta dor. Recomeçar do zero longe disso tudo, mas com uma pontinha de querer voltar e resolver.

O que me atrai nesta série é que se passa no mundo atual, mesmo tendo "reinado" é voltada ao poder, quem tem mais dinheiro é o que manda nos outros, o jogo do poder. Muitas vezes submisso a esse poder e não tem uma vida plena, na história as personagens vivem mentiras, trapaças e acordos para não acabar com o nome e dinheiro. E estas situações vemos no mundo real, manipulação nas autoridades maiores, pessoas cegas pelo dinheiro, perda de respeito pelas minorias, bullying, e é retratado com comoção que o leitor sente raiva e quer exterminar essa personagem da história, e isso que é o tcham de uma história, levar o leitor para dentro da trama.

Resumindo, tudo que eu tenho a dizer sobre esse livro é MANO DO CÉU!, que finalzão - até arrepiei agora - gente do céu, vocês irão ficar de queixo caído e querer voltar pelo menos todos os capítulos e começar tudo de novo rsrsrs. O começo do segundo livro mostra as consequências do final do primeiro, o que torna empolgante, esclarecedor e meio triste. Mais para o meio do livro fica meio parado e some um pouco a empolgação, mas mais para o final o êxtase volta e começa a sentir uma tensão, de querer saber o que acontecerá. E como eu disse chega o final com o ápice de surpresa, quando você acha que tava tudo de boa, chega uma nova surpresa e uma melhor que a outra. E como era de se esperar o livro CONTINUA...

É desesperador não ter o livro seguinte em mãos e mais perguntas aparecem em sua cabeça, cria milhões de teorias para o final, mas tudo o que queria é ter o outro livro. É bem parecido com história mexicana, tem brigas, poder, paixão, dramas e na hora H o livro continua...

Mas é uma história maravilhosa, com personagens complexos e com seus diferenciais, leitura de simples entendimento e captação de atenção. Super recomendo!

Espero que tenham gostado e comentem, compartilhe deixem suas ideias!

Até a próxima pessoal!


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segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Resenha: "Hogwarts - "Um Guia ImPerfeito e ImPreciso" (J. K. Rowling)

Sinopse: Contudo, o Ministério da Magia percebeu que construir uma estação bruxa adicional no meio de Londres seria demais até para a notória determinação dos trouxas de não perceber a magia, ainda que exploda bem na cara deles. - J.K. Rowling
Pottermore Presents é uma coleção de textos de J.K. Rowling dos arquivos do Pottermore - pequenas leituras que foram apresentadas originalmente em pottermore.com. Esses e-books, com curadoria do Pottermore, levarão você além das histórias de Harry Potter, pois neles J.K. Rowling revela suas inspirações, detalhes intricados das vidas dos personagens e surpresas do mundo bruxo.
Hogwarts: um guia imperfeito e impreciso leva você numa jornada à Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Você vai se aventurar pelos terrenos de Hogwarts, conhecer melhor seus residentes permanentes, aprender mais sobre as aulas e descobrir segredos do castelo... Tudo ao virar de uma página.

Fonte: Amazon

Por Eliel: No terceiro volume das Histórias de Hogwarts somos convidados para embarcar no Expresso que leva os alunos para a mais famosas escola de bruxaria da história. Desde a Estação de King's Cross até os segredos do castelo e seus habitantes.

J. K. Rowling revela curiosidades que enchem as paredes do castelo e as páginas de livros tão queridos e alguns segredos que ficaram apenas nas idéias da autora e agora ela compartilha nesse eBook incrível.

São curiosidades sobre os fantasmas, mais precisamente Nick Quase-Sem-Cabeça; sobre os retratos que enfeitam as paredes do castelos, como Sor Cadogan e os antigos diretores que auxiliam seus sucessores. Mas esse não é um guia definitivo, afinal não tem como ser, precisariam muitas páginas (que eu espero que venham) para se tornar um guia definitivo. A própria a autora define isso:

Então, aqui ficamos: não é uma visita guiada, nem um registro
inteiramente completo, mas agora vocês estão inteirados de alguns dos
muitos segredos da famosa escola de bruxaria. Deixamos você com
alguns conselhos: tenha cuidado ao usar um vira-tempo, pare de
procurar a Câmara Secreta (a não ser que seja ofidioglota) e não fique
tempo demais diante do Espelho de Ojesed.

Conhecer mais sobre as personagens, os cenários e as tramas criadas por J. K. Rowling é uma revisita ao Universo Mágico muito bem vinda. Recomendo fortemente aos fãs da série Harry Potter, afinal essa é uma história viva e merece várias releituras.


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sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Resenha: "Histórias de Hogwarts - Poder, Política e Poltergeists Petulantes¨ (J. K. Rowling)

Sinopse: Nenhum Primeiro Ministro trouxa jamais pôs os pés no Ministério da Magia, por razões que foram sucintamente resumidas pelo ex-Ministro Dugaldo McPhail (mandato de 1858 a 1865): "seus cerebrozinhos não conseguiriam lidar com isso". - J.K. Rowling
Pottermore Presents é uma coleção de textos de J.K. Rowling dos arquivos do Pottermore - pequenas leituras apresentadas originalmente em pottermore.com, com algumas novidades exclusivas. Esses e-books, com curadoria do Pottermore, levarão você além das histórias de Harry Potter, pois neles J.K. Rowling revela suas inspirações, detalhes intricados das vidas dos personagens e surpresas do mundo bruxo.
Essas histórias sobre poder, política e poltergeists petulantes lhe oferecem um vislumbre do lado mais sombrio do mundo bruxo, revelando as raízes da implacável Professora Umbridge, informações sobre os Ministros da Magia e a história da prisão de Azkaban. Você poderá sondar mais a fundo os primeiros anos de Horácio Slughorn como mestre de Poções em Hogwarts - e sua relação com Tom Servolo Riddle.

Fonte: Amazon

Por Eliel: Esse segundo volume de Histórias de Hogwarts é igualmente interessante e que amplia nossas impressões sobre a saga Harry Potter, porém um pouco mais sombrio que o anterior. J. K. Rowling apresenta fatos e curiosidades sobre a criação e o contexto de dois importantes representantes da Sonserina, a origem de Azkaban e um pouco de política ao tratar sobre o Ministério da Magia.

Dolores Umbridge é sem sombra de dúvidas uma das personagens mais odiosas que Harry teve o desprazer de conhecer, exceto por Lord Voldemort. Curioso que esses dois deixaram cicatrizes em Harry. Uma pessoa ambiciosa e sem escrúpulos que não se importa com quem terá que pisar para atingir seus objetivos. Extremamente racista e preconceituosa esconde sua personalidade por trás de muito rosa e gatinhos fofos (ela me dá náuseas).

Ela sempre teve uma carreira importante no Ministério da Magia, e que tal conhecer um pouco da política no mundo bruxo e como ele se relaciona com o mundo dos trouxas? Desde a sua origem até os dias atuais temos uma lista dos Ministros e suas contribuições (ou não).

Uma delas foi a prisão de Azkaban, um habitat de dementadores que fez muitas vítimas atrás de seus portões e é usada até hoje como a mais importante prisão bruxa e que ninguém quer conhecer de verdade.

Para mim, a história do Professor Slughorn e sua predisposição a escolher os alunos mais talentosos para seu Clube do Sluge. Um professor excepcional, ambicioso e muito ingênuo. Sua relação com Tom Riddle e por ter compartilhado o segredo das Horcruxes atormenta a consciência desse pobre professor que só queria estar cercado de alunos promissores.

Falando em ambição, não podemos nos esquecer do Professor Quirell que achava que poderia vencer o Lord das Trevas e acabou se envolvendo de corpo e alma com ele. Inteligente e com um futuro promissor como educador, porém teve um triste fim por causa de escolhas erradas.

Já em Hogwarts temos um conto de uma das entidades mágicas mais petulantes, o poltergeist Pirraça. Embora, por motivos de roteiro ele não esteja presente nos filmes ele tem bastante participação nos livros, seja provocando os estudantes ou participando da Grande Batalha de Hogwarts.

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Ana Liberato