sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Resenha: "Nerve" (Jeanne Ryan)

Por Sheila: Oi gente! Como estão? Resenha de um livro que terminei de ler em uma tarde e resolvi trazer logo para vocês! Lançado no Brasil pela Planeta, é também o nome do filme homônimo com Emma Roberts - que não assisti ainda.

Logo no prólogo somos apresentados a Abigail, e descobrimos que Abigail esta fugindo.
Ela correu para aumentar  a distância e se encolheu em meio aos galhos de um imenso arbusto de rododendro.
Os passos ficaram mais altos e pesados, um peso que sugeria alguém grande. Era essa a tal "consequência" que aqueles cretinos que comandavam o jogo ameaçaram impor se ela não ficasse disponível para os fãs? Mas ninguém podia esperar que fosse simpática com os babacas que ligavam a qualquer hora, os malucos que a abordavam nos banheiros ou os doentes que criaram aquele site horrível com imagens dela e de outros jogadores sob uma mira telescópica.
Mas vamos descobrir que Abigail talvez venha a se arrepender - e muito - de ter aceito participar de um certo jogo que parece ter virado febre entre os adolescentes. Esta mistura de jogo com Reality Show é o Nerve, onde pessoas comuns se inscrevem ao fazerem vídeos contendo a realização de desafios muitas vezes extremamente vexatórios.

Neste ínterim acabamos conhecendo Vee, uma adolescente que esta participando de uma peça de teatro junto com os amigos da escola. Mas, ao contrario de sua amiga e estrela da peça Sydnei, Vee é apenas a maquiadora, ficando sempre por detrás dos holofotes enquanto sua amiga recebe todas as atenções.

E é em função de se desentender com sua amiga, que da um beijo mais prolongado do que o necessário no seu par romântico da peça, sabendo que Vee tem uma paixonite secreta pelo mesmo menino, que Vee resole provar que é uma pessoa de atitude e se inscreve para um dos desafios Nerve. Acompanhada de Tommy, um amigo, Vee vai até uma cafeteria e precisa adotar um comportamento inusitado.
Sou capaz disso? A pergunta se repete enquanto levanto o copo sobre a cabeça. É surpreendente que meu braço ainda funcione. Com uma voz que é um pouco mais que um sussuro, digo:
- Água fria me deixa quente.
Jogo o resto da agua do copo sobre a cabeça. O choque gelado clareia meu raciocínio. Ai meu Deus, eu consegui! E agora estou ensopada, queredo mais que nunca ter o poder de desaparecer.
Parece haver pelo menos três complicadores no jogo: em primeiro lugar, deve-se cumprir desafios muitas vezes em meio de pessoas que não fazem idéia do que a pessoa esta fazendo, o que pode se tornar constrangedor ou, como veremos adiante, perigoso. Segundo, há os observadores, que nem sempre conseguem manter a distância necessária e acabam as vezes atrapalhando. E, terceiro, a dificuldade dos desafios vai aumentando progressivamente.

Mesmo assim, Vee prova do gosto da adrenalina e acaba querendo mais. Além disso, o jogo promete premiá-la com as coisas que mais deseja, como se a conhecessem de forma íntima. E pe num desses desafios que Vee conhece Ian, que passará a ser seu par nesse jogo que promete muitas emoções e perigos.

Empolgados? Por que eu não fiquei nem um pouco. Nem com a história, nem com os personagens, nem com a narrativa, e acredito que talvez isso acabe sendo transposto para as palavras que escrevo. Há vários furos na história, mas talvez eu possa destacar três pontos para que ela não tenha me chamado a atenção.

Em primeiro lugar, os personagens. Não consegui criar nenhuma empatia por eles. Por mais que, no fim, haja por trás da história uma critica a busca de fama e notoriedade, isso se perde no meio da trama. Os personagens são rasos e futeis. A Vee então, me parece uma bela de uma cabecinha de vento. Assim, nos momentos de tensão, não há tensão. É difícil você se preocupar com o futuro incerto do personagem quando você não gosta dele.

Em segundo lugar, esperava desafios muito mais difíceis e assustadores. Nem mesmo o desafio final, que deveria ser o clímax, me pareceu ser algo "de verdade". Não senti emoção alguma junto com os personagens nem consegui me prender na narrativa das dificuldades que os mesmos enfrentaram próximo ao desfecho.

Por fim, parece que foram jogadas muitas informações aleatórias que poderiam ter sido aprofundadas, exploradas, explicadas, sei la, qualquer coisa, e não foram. Fiquei com a sensação de que ficou tudo muito no raso - personagens, histórias e desfecho. É uma boa leitura, mas nã é uma leitura arcante ou que eu repetiria.

E vocês o que acharam? Não deixem de comentar! Abraços e até a próxima.

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Ana Liberato