terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Littera Feelings #11 – A Missão (Im)Possível para Espiões de Capas

Olá, belos espiões, como estão?
Espiando desde sempre? Espero que sim.


Janeiro passou e só pude ler um, Devan Sipher pelo menos me deu uma alegrada :) Também estão no aperto? Já é época de prova? Apesar de sempre ter livros pela minha mesa, entre literários e teóricos (doze, contei – 3 de literatura, 9 de teoria), apenas a um estou podendo me deter por agora (socorro, voltei aos mantras), que fica entre a ficção e a teoria.
Coincidentemente, é ele quem ilustra o post de hoje :)

Adoro encontrar pessoas com livros nos ônibus (aqui não tem metrô e não pego van), seja com eles abertos, seja fechados. Espio e às vezes posso espiar descaradamente. Por maioria, o que vejo são livros e apostilas de cursos - e, acreditem, gosto de admirar, nem que seja, sei lá, de Semiologia Médica ~me chamem de louca~ Só que lindo mesmo é quando carregam os de literatura. Salto do transporte até com um sorrisinho no rosto - para depois procurar no skoob sobre.

Mas não limito aqui as espiadas aos transportes, pode ser em lanchonetes, banquinhos de praça, saguões de shopping, sala de espera em clínicas, onde mais o leitor der na telha de levar, a curiosidade só acompanha. E como!

Quem pegou ônibus comigo no outro dia me viu com esses dois. Um (A Confissão – Flávio Carneiro) levava para emprestar a uma amiga e outro (A Língua de Eulália: novela sociolinguística – Marcos Bagno) era para matar tempo enquanto a esperava se eu sabia que iria chegar primeiro (quem nunca?). Adivinha com quem estou estudando...

Notei sim que algumas pessoas bateram o olho no que eu trazia aos braços, assim me mexia de vez em quando a favor da visão deles. Por falar nisso, queria pedir a vocês que se mexessem mais e facilitassem as espiadas dos outros, tem gente que sofre com isso rs Vai saber? Já fiquei doida tentando adivinhar uns.

Mas perde a graça pra vocês quando a capa é revelada assim, logo de cara? Até acho que não interfere muito, só que é legal ficar adivinhando, ah, isso é. Triste se torna quando ou você ou o(a) dono(a) do livro vai embora antes de completarmos a fase desse “jogo”, vai e perdemos a chance de descobrir algo mais. Tô aqui frustrada por não saber que livros são esses nessa foto aleatória que peguei no Google.


Quanta informação podemos extrair de uma única olhada (in)discreta, não é verdade? 

Autor, título, arte de capa, editora, tema, estilo... Já consegui adivinhar editoras por causa do tipo de letra adotado, era Sextante e Intrínseca se bem lembro. Desta última, não sosseguei até ver a capa, pois uma garota lia do meu lado e não reconheci pelos personagens ou trechos qual era (O Heróis Perdido - Rick Riordan) e da outra editora, fiquei tão na dúvida que esperei o leitor passar página naquele minutinho de distração só pra perguntar que livro era aquele. O Guia do Mochileiro das Galáxias, livro 1 (Douglas Adams). Contou-me também que relia a série pela terceira vez, de tão fã que se tornara. Fiquei na promessa de ler desde essa dica, por todo seu entusiasmo e emoção que me convenceram em meros minutos. 


Então traí o movimento também :)
E talvez tenha traído mais (ops!) quando deixei um tio desconfortável num saguão do shopping de tanto ter dado umas encaradas para descobrir a capa do que ele lia - eu não estava com os melhores ângulos. De longe era linda, lembro que era um verde bem escuro e um pouco brilhoso, o formato era grandinho, arrisco um 16x23cm. Falhei de conseguir algo “concreto” para não dar mais na cara que isso (felizmente, quem andava comigo não notou nada). Depois de tanto prejuízo pensei em perguntar logo diretamente, só que, ao notar que o tio tava desconfortável, melhor mesmo foi deixar meu epic fail pra lá. 

Vou voltar a treinar a técnica, ser discreta e cuidadosa, afinal, a graça maior da "missão" vem daí, né? Grande aliada nossa é a visão periférica e, claro, aquele sorrisinho suspeito que "ninguém" dá conta. 

Isso sem esquecer, por outro lado, que quando não espiamos, somos nós os espionados. Há quem diga que existe toda uma máfia, todo um esquema para isso rs - se não me engano, havia um blog (ou era tumblr?) dos E.U.A. que postava imagens de leitores no metrô. Algo assim.

De qualquer forma, um dia para espiar, outro para ser espiado... O que vocês preferem?

Se tiverem alguma estratégia específica, digam lá. 

Já abordaram ou preferem ficar nas intocadas? Tem mais experiências epic win ou epic failCostumam carregar constantemente livros consigo? Qual o último que identificaram? Quais já te perguntaram?

Bom, se bem me lembro de um senhorzinho... e de uma mulher... Ah, não, já deixei vocês me espiarem, agora quero saber das histórias de vocês.

Até a próxima,

Kleris Ribeiro. 

3 comentários

  1. O ultimo que descobri foi Bem Profundo. Eu vi parte da capa (muito pouco) e a parte "undo"... tive que usar toda a minha memória, a moça pareceu um pouco desconfortável então parei de encara-la, para minha sorte a esta altura eu já sabia qual era o livro! ^-^
    Também detesto quando não consigo descobrir, é uma "bela" frustração.
    no momento eu estou andando com A Menina Que Roubava Livros e também já notei alguns olhares de outros espiões.
    Letras & Versos

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  2. Já aconteceu comigo de não ver qual livro estava com a pessoa, e sai correndo atrás para perguntar, sempre pergunto se não vejo, se não fico com isso na cabeça, então abro a boca e pergunto.

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  3. Levei "O diário de Anne Frank" pra ler enquanto esperava a hora de uma consulta, e notei que todos na pequena sala, tentavam dar uma espiadinha na capa. Talvez, na esperança de descobrirem o título. Mas confesso que dificultei bastante pra eles... é que a brincadeira estava tão divertida! rs

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Ana Liberato