sábado, 20 de dezembro de 2014

Resenha: "Sociedade dos Meninos Gênios" (Lev AC Rosen)

Tradução por Henrique Monteiro
Por Eliel:  Sinopse: Chantagem, mistério, confusões de gênero, coelhos falantes e um assassino autômato: mergulhe na trajetória de Violet Adams, que assume a identidade de seu irmão gêmeo para conseguir uma vaga na mais prestigiada universidade de Londres, que é exclusiva para meninos. Inspirado em clássicos como Noite de reis, de Shakespeare, e A importância de ser honesto, de Oscar Wilde, SOCIEDADE DOS MENINOS GÊNIOS traça um retrato pitoresco e provocativo da aristocracia vitoriana, oferecendo diversão, aventura e uma reflexão bem-humorada sobre a questão do gênero.Fonte: SKOOB
Esse é o romance de estréia do americano Lev AC Rosen. E tudo começa na Londres de 1884, porém com uma repaginada steampunk. Estou fascinado com a quantidade de títulos que abordam essa temática que vem chegando aqui em terras tupiniquins.
Tinham sido como os Três Mosqueteiros na juventude e descobriram que esse encontro casual repentino e, também, o vinho, os trazia de volta à mesma condição. Formavam um grupo de crianças bastante inteligentes, o tipo que as pessoas gostam de admirar, desde que não sejam os próprios filhos.

Vivendo em uma época em que as mulheres não tinham tanto destaque na sociedade, Violet Adams, tem um intelecto genial, porém não pode colocá-lo em uso fora das paredes de seu laboratório particular. Após o anúncio de uma viagem de trabalho de seu pai que duraria um ano, ela decide que vai provar a importância da mulher para a sociedade cientifica. O modo de fazer isso é entrar na renomada Universidade de Illyria, o problema é que lá são aceitos apenas meninos; a solução é assumir a identidade de seu irmão gêmeo, Ashton. Então, mudam-se para Londres e Ashton ajuda sua irmã à assumir uma identidade e aparência menos feminina.


Todos somos mais do que a sociedade diz que somos, mas se é para a sociedade nos chamar de alguma coisa... e ela vai chamar... então podemos muito bem escolher.

Sob uma nova aparência, mas com o mesmo intelecto, ela se torna uma das poucas pessoas selecionadas para frequentar as salas de aula de Illyria. Como Violet, começa a surgir fortes sentimentos pelo Duque de Illyria - sim, o dono da universidade. Como Ashton, se torna alvo dos sentimentos de Cecily - sobrinha do duque e uma das únicas mulheres permitidas em Illyria, além de ter uma inteligência anormal.

Apesar de todas as dificuldades em manter diariamente seu disfarce masculino, ela acaba fazendo grandes amizades, que juntos se unem para desvendar os mistérios obscuros da universidade. Um trem subterrâneo, um porão habitado por robôs assassinos e um professor que esconde um segredo terrível só são algumas das aventuras que Violet irá enfrentar durante o tempo que passará em Illyria.

A inspiração é bastante fácil, e importante, embora as pessoas se esqueçam disso às vezes.

O autor consegue dialogar com vários temas, como a definição de gêneros, a liberdade da mulher de escolher o que fazer com seu corpo, a homossexualidade etc. Tudo isso com a roupagem steampunk, o que faz tudo ficar um pouco mais intenso e interessante. Em resumo, uma boa leitura e muito agradável, apesar da enorme quantidade de páginas. Recomendadíssimo.


2 comentários

  1. Tirando as matanças de animais, o livro é bom. Não gostei da parte das quimeras. Mas, foi muito bem feito o livro, mas creio que muito rápido no final, poderia ter sido dois volumes ou três, uma trilogia, achei bem corrido.

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  2. Oi, Eliel. Desde o momento que li a sinopse, só lembrei de um filme: Ela é o Cara, e aí descobri que a produção tbm é baseada em Noite de Reis de Shakespeare (http://universal.globo.com/programas/grimm/materias/filmes-baseados-em-pecas-de-shakespeare.html), só que ambientada no velho modelo high school. É um pouco bobo, mas legal, então ver que levaram essa trama um pouco mais além, me deixou curiosa. Vai ter um lugarzinho especial na minha wishlist o/

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Ana Liberato